Exposição em Curitiba e Joinville celebra Itália com arte em seda

A “2.8 Seta-Re” será um dos destaques da programação oficial do Mia Cara 2019

28/05/2019 17:11

Diferentes facetas da Itália retratadas com muita arte num suporte inusitado: lenços de seda, também chamados de “foulards”. É isto que traz simultaneamente para as cidades de Curitiba (PR) e Joinville (SC) a exposição “2.8 Seta-Re”, que chega ao Brasil após ter sido apresentada em cidades italianas.

A mostra fica em cartaz na capital paranaense entre os dias 29 de maio e 9 de junho, no Solar do Rosário, e na cidade catarinense entre os dias 30 de maio e 9 de junho, com entrada gratuita, no Instituto Juarez Machado.

Obra do português Eduardo Bragança, que fugiu do tradicional expressionismo abstrato de seu trabalho para alcançar um paradigma mais realista nos lenços
Obra do português Eduardo Bragança, que fugiu do tradicional expressionismo abstrato de seu trabalho para alcançar um paradigma mais realista nos lenços - Divulgação

A exposição faz parte da programação oficial do Mia Cara 2019, evento que celebra a cultura italiana. Na mostra “2.8 Seta-Re”, quatro artistas foram convidados a criar estampas que apresentassem diferentes aspectos da cultura daquele país, tendo como curadoras a curitibana Consuelo Cornelsen e a italiana Nadia Calzolari. A mostra reúne trabalhos dos artistas Fernando Canalli, André Brik, Eduardo Bragança e Thiago Goms.

André Brik brinca com texturas e volume em seus desenhos, com toque de humor
André Brik brinca com texturas e volume em seus desenhos, com toque de humor - Divulgação

A “2.8 Seta-Re” traz um intercâmbio entre os países e formas de expressão. “O mundo não tem mais fronteiras”, comenta Consuelo. “Hoje, tudo converge: arte, inovação, história, conhecimento, tecnologia, culturas, Itália e Brasil, seda e arte. Esse é um projeto inspirado nessas convergências, que busca criar novos pontos de contato e troca entre culturas diferentes”, explica a curadora.

Fernando Canalli busca inspiração na leveza da seda unida ao movimento do desenho, refletindo famosas construções italianas
Fernando Canalli busca inspiração na leveza da seda unida ao movimento do desenho, refletindo famosas construções italianas - Divulgação

A Itália, país que valoriza cultura, arte e beleza há séculos, entra em contato com o Brasil, mais especificamente com a seda produzida em Maringá (PR) com o casulo de maior prestígio, Bombyx Mori. Os artistas convidados se encarregaram então de soltar a imaginação para criar as estampas, retratando ícones italianos em arquitetura, gastronomia, paisagens, arte e moda, entre outros.

Lenço, foto de Camila Cornelsen
Lenço, foto de Camila Cornelsen - Divulgação

A mostra foi apresentada inicialmente na Itália, em províncias como Reggio Emilia e Correggio, no Palazzo della Seta, e na FICO Eataly World, um dos maiores polos turísticos voltado à gastronomia da Itália. Agora chega ao Brasil completa, com 16 desenhos de cada um dos quatro artistas.

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O nome da exposição faz referência à data e ao local onde a seda chegou na Itália. Segundo a história, no dia 2 de agosto de 1502 a nobre italiana Lucrécia Bórgia levou a seda para o país europeu. Seta significa seda, em italiano. O “Re” faz alusão à região de Reggio Emilia.

Thiago Goms, conhecido por personagens humanos com cabeças de gato, trouxe este conceito para os trabalhos
Thiago Goms, conhecido por personagens humanos com cabeças de gato, trouxe este conceito para os trabalhos - Divulgação

A exposição “2.8 Seta-Re” ficará em cartaz entre os dias 29 de maio e 9 de junho, no Solar do Rosário (Rua Duque de Caxias, nº 04), em Curitiba, e entre os dias 30 de maio e 9 de junho, no Instituto Juarez Machado (Rua Lages, nº 994), em Joinville. Informações: www.miacara.com.br.