Georgetown, descubra o lado histórico de Washington, D.C
Com charme histórico e clima descontraído, Georgetown mistura arquitetura colonial, lojinhas estilosas e paisagens à beira de um canal
Se você acha que Washington, D.C. é só política e monumentos, tá na hora de rever seus conceitos. A capital dos Estados Unidos tem muito mais a oferecer —e outubro é um ótimo mês pra explorar tudo isso com estilo.
Imagine passear por bairros cheios de personalidade, como Georgetown e Adams Morgan, onde cafés charmosos, murais coloridos e lojinhas independentes dão o tom. Ou curtir um fim de tarde no The Wharf, com música ao vivo, comida boa e aquele visual de pôr do sol que rende foto de perfil.

E se bater aquela vontade de cultura, os museus da Smithsonian são gratuitos e têm exposições que vão de dinossauros a naves espaciais. Tudo isso com aquele clima de início de outono, perfeito pra caminhar sem pressa e se apaixonar por cada cantinho da cidade.
Mas se a ideia é conhecer o lado histórico de DC, como a capita federal é carinhosamente chamada, o lugar é Georgetown.
Georgetown é mergulho na história de Washington, DC
Georgetown é o bairro mais antigo de Washington, DC, fundado em 1751, décadas antes da criação da capital americana. Às margens do rio Potomac, nasceu como um porto estratégico que impulsionou o comércio colonial e logo se consolidou como um dos primeiros centros urbanos da região.
Caminhar por suas ruas é quase como folhear as páginas de um livro vivo. As casas coloniais do século 18, com fachadas de tijolos e janelas ornamentadas, permanecem de pé e contam silenciosamente a história da formação do país.

Muitas foram restauradas e transformadas em residências charmosas, boutiques de grife e restaurantes acolhedores, sem perder a aura do passado. Essa convivência entre memória e vida contemporânea dá a Georgetown uma atmosfera única, em que o visitante se sente em dois tempos ao mesmo tempo.
E não é à toa que o bairro se tornou palco de encontros importantes ao longo da história americana. Políticos, escritores e artistas sempre se deixaram seduzir por suas ruas arborizadas e cafés discretos, reforçando sua imagem de refúgio sofisticado e culturalmente efervescente dentro da capital.
Entre becos históricos e energia cosmopolita
Um dos maiores encantos de Georgetown está na sua arquitetura. Diferente da monumentalidade clássica que domina o centro de Washington, aqui prevalecem as fachadas de tijolos vermelhos, as janelas coloridas e as entradas ladeadas por lanternas de ferro.
O bairro abriga também a Old Stone House, datada de 1765, considerada a residência mais antiga de Washington aberta ao público.

Outro cartão-postal é o C&O Canal (Chesapeake and Ohio Canal, em inglês), um canal artificial construído no início do século 19 para facilitar o transporte de mercadorias. Hoje, restaurado e transformado em parque histórico nacional, o canal se tornou um refúgio bucólico, perfeito para caminhadas, passeios de bicicleta ou até mesmo tours guiados que revelam a história da região.
Já os becos escondidos, os famosos “alleys”, revelam surpresas que vão de cafés charmosos a pequenas galerias de arte. E para quem busca experiências únicas, Georgetown oferece muito mais do que contemplação: é possível fazer um walking tour com a DC by Foot, um tour de arquitetura com a DC Design Tours, um passeio temático ao longo do C&O Canal, ou ainda explorar o bairro em português com a guia brasileira Isabella Rocha, do DC em Português, que traz um olhar local e adaptado ao público brasileiro.
Gastronomia e vida cultural em Georgetown
Mas Georgetown não é apenas passado. Sua vida cultural e gastronômica pulsa nas principais artérias do bairro —a M Street e a Wisconsin Avenue— repletas de restaurantes estrelados, confeitarias tradicionais e lojas exclusivas. Para os cinéfilos, a escadaria eternizada no clássico “O Exorcista” segue como atração imperdível.
É também aqui que está a renomada Georgetown University. Seu campus neogótico e a vida estudantil conferem uma energia jovem ao bairro, criando um contraste fascinante com seu peso histórico. Estudantes, turistas e moradores dividem os mesmos bares, livrarias e espaços culturais, reforçando o espírito cosmopolita que marca o distrito.