Gonçalves, um pedaço de céu ao sul de Minas Gerais
Localizado no Sul de Minas, cidade encanta por suas belezas naturais e pelo clima agradável
Se você planeja uma viagem para tirar a cabeça da selva de pedra, entrar em contato com a natureza e relaxar, seu próximo destino é Gonçalves (MG).
Tudo isso com boa gastronomia, vários passeios 0800 que é o famoso rolê Catraca Livre e tempo de sobra pra aproveitar como quiser.
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Aqui o @entaovah te conta como foi a experiência para Gonçalves, na Serra da Mantiqueira ao sul de Minas Gerais, cheio de cervejarias artesanais e o sabor de Minas. Quem me acompanhou nessa aventura, foi o Gab Martins, fotógrafo e colaborador nessa matéria!
Hitting the road
Em horário de pico saímos de São Paulo rumo a Gonçalves. O bom humor foi junto o que foi providencial para encarar a saída.
Estávamos ansiosos e a estrada seria longa e foi, levamos 4 horas por uma estrada linda durante o dia e difícil pela noite, cheia de curvas. Se você é um amante the road trips, essa entra para alguma lista sua com certeza!
Chegamos na pousada Solar d’Auracaria e fomos recebidos pela Claudia, que nos conta um pouquinho da história de fuga do RJ, lenta até ser definitiva com a família toda para um outro estilo de vida.
Jantamos no restaurante do hotel, Nó de Pinho com a melhor sopa de abóbora com gorgonzola já comida na vida inteira. Daqueles pratos que vão te fazer aguar em uma segunda feira no transito só de lembrar. Truta, costela, risoto e purê nos colocaram para dormir ao pé da lareira no quarto que mais parecia um abraço.
Hitting the earth
Quando dormimos tínhamos ideia da paisagem que nos esperava, mas acordar de frente para uma cachoeira, céu azul e muito verde em um quarto todo de vidro foi muito melhor do que esperávamos.
Com um bom dia desses ficamos animados e fomos fazer a trilha da Pedra do Forno. Toma café, GoogleMaps, entra no carro e bora. A entrada é feita pelo restaurante do Zé Ovídio e da querida Dona Julia e custa 5 reais.
A trilha é de dificuldade média e um tanto íngreme, mas boa de fazer, mais fechada o que ajuda a segurar o sol. A finaleira é para os mais fortes, em uma escadinha de ferro e um corrimão não lá muito confiável.
A vista é bem massa, ainda mais depois de ganhar da escada! Subimos os 1.970 metros em uma hora e dez (sem pressa e parando) e descemos em cinquenta minutos. Leve água e protetor solar! ;)
Voltamos ao restaurante morrendo de fome e naquele dia Dona Julia não estava servindo almoço e sim preparando o almoço do dia seguinte. Nos perdemos em um pouco de prosa enquanto via Dona Julia com a mão na massa, literalmente. Nossa fome aumentou e partimos para matar o que estava nos matando!
Fomos ao restaurante Ao Pé da Pedra e rolou um banquete por R$ 35 por pessoa. Inacreditável.
Na saída passamos no Mirante Carola Fernandes, um dos muitos mirantes de Gonçalves que não está no mapa, mas é muito fácil de chegar e vale a pena. Super bem cuidado e de vista estonteante, está à esquerda, descendo por uns 3 minutos saindo do restaurante. Realmente tem que estar atento! <3
Ficamos ao sol e deu sede, o que nos fez ir conhecer a cervejaria 3 orelhas, e provar algumas opções. Eles fazem degustação para os amantes da gelada e tem uma vista lindíssima.
Não sentíamos fome mas mesmo assim queríamos jantar no jardim do bem dizer, uma pizzaria fera dirigida à firmes e fortes braços de mulheres de fibra. Sílvia, uma mulher doce, que emociona e se emociona nos recebeu dando o tom do lugar. A pizza de burrata local é imperdível, de criação da Marcela, filha da Silvia e irmã da Gabriela, às mãos dos drinks maravilhosos, mulheres que juntas saíram da selva de pedras. Tomamos um vinho dos bons e fui dormir achando tudo incrível e apaixonada por Gonçalves.
Hitting the water
Acordamos com calma percebendo a natureza em volta, já em outro ritmo.
O destino era a Cachoeira Sete Quedas com previsão de chuva. Não desesperamos e saímos com tempo confiando no céu que não decepcionou e o dia todo foi lindo.
No caminho fomos conhecer a Feira de Orgânicos da Mantiqueira, com produtores locais, feira, plantas e comidinhas. Recomendo que você não volte pra casa sem a caponata de figo turco da Sra. Renata, uma explosão de sabor. Por ali dá pra se perder, tomar café e levar sabores mineiros.
Chegar na Cachoeira é bem fácil e tem estacionamento, a entrada também é 5 reais! A estrutura é ótima com quiosque, mirante e super bem sinalizada. A trilha é feita por uma escada tranquila, mas, recomendo que antes você vá a Cachoeira do Cruzeiro.
Simplesmente maravilhosa por uma trilha fácil, não deixe de seguir subindo para vê-la de cima.
Estávamos em um slow day e voltamos pro hotel! Mas o centro de Gonçalves tem bastante coisa! A Padaria São Francisco é parada obrigatória para levar a manteiga segredo das receitas de Gonçalves, a Senhora das Especiarias também está por ali. Passe pela Dona Terra Decor e tome um café no Café com Verso. No Bar do Marcelo você garante a autêntica cachaça mineira.
Fomos jantar no Restaurante Porto do Céu e não acredite no anel de croissant, vá de Capeletti in Brodo. Ali rola uma música ao vivo com couvert. O cara é bom!
Hitting the sky
Acordamos literalmente com a cabeça nas nuvens, era dia de parapente com o querido Flavio, da Conexão Gonçalves, um cara de bom papo e fácil, que conhece os bairros todos. Numa dessas andanças ele nos levou na Confra Empório Bar, do Júlio, um cara de alma que ama o que faz. Sediada em Barão Geraldo, Julio segue nas andanças defendendo as boas cervejas e boas causas. Que presença. A cerveja no meio do paraíso é muito saborosa e queríamos ficar por horas que não tínhamos, pegamos então para viagem em garrafas que virarão vasos.
Flavio era o cara dos encontros e nos proporcionou mais um dos bons com o Anderson, que nos levaria para voar, passando muita segurança além de nos tirar boas risadas todo arrumado para voar e cheio de histórias! Adoro voar, então tava naquela animação de realmente dividir o céu com os pássaros de Gonçalves.
Terminamos o voo querendo fazer um curso no Chile para voarmos sozinhos com o Anderson nos dizendo que faríamos isso em alguns dias de treinamento intensivo com ele.
Quero AND preciso!
De lá, com fome de comida mineira, fomos para o Quintal da Bel, uma paulistana de mãos mineiras que criativa fez um mexidão mineiro pra mineiro nenhum botar defeito. O único UAI, é de que delícia! O tutu de feijão é de comer com a cara, porque só com a boca é pouco para tamanho sabor.
Não tinha como ser diferente, Bel é uma pessoa que se reconhece, senta à mesa, compartilha histórias entre cigarros e cafés e claro, não podia fazer nada que não fosse verdadeiramente bom.
Kibe de linguiça, pimenta, carne de lata, cafezinho e uma lojinha pra levar um pedaço desse céu do sul de Minas.
Iremos voltar infinitas vezes.
Já foi planejar a sua aventura? #entaovah
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