Guia completo para visitar Iporanga, a ‘capital das cavernas’
Cidade do Vale do Ribeira abria o Petar, parque com mais de 300 cavernas catalogadas
Iporanga, conhecida como a “Capital das Cavernas”, é um destino fascinante no coração do Vale do Ribeira, no sul do estado de São Paulo, que encanta os amantes de ecoturismo e aventura.
Localizada em uma das regiões com maior concentração de cavernas do Brasil, a cidade abriga o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar), conhecido por suas mais de 300 cavernas catalogadas, repletas de formações rochosas impressionantes, rios subterrâneos e paisagens deslumbrantes.
Além das cavernas, Iporanga oferece trilhas exuberantes em meio à Mata Atlântica preservada, rica em biodiversidade, e a oportunidade de vivenciar uma conexão única com a natureza. Ideal para quem busca adrenalina, como rapel e boia-cross, ou simplesmente deseja contemplar um dos cenários mais incríveis do país.
- Bok Tower Gardens: 6 razões para incluir a atração em viagem à Flórida
- Sinais de AVC: sintomas incomuns e como identificá-los
- O que está por trás dos altos preços de Trancoso?
- TDAH e o método pomodoro: como melhorar a produtividade diária
Iporanga, destino de aventura
Na última década, Iporanga se tornou um dos destinos mais procurados pelos turistas que buscam aventura e natureza.
Paraíso escondido entre vales e serras, a visita ao destino também pode incluir o contato com comunidades tradicionais e quilombolas que habitam a região.
Às margens do rio Ribeira de Iguape e da foz do Ribeirão Iporanga, o município –que em do tupi ignifica “água bonita”– integra a região turística Cavernas da Mata Atlântica e oferece pousadas para todos os perfis de turistas, incluindo famílias, casais e grupos de viajantes.
Melhor época para visitar Iporanga
A melhor época para visitar o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) depende do tipo de experiência que você busca.
Entre abril e setembro, durante a estação seca, o acesso às cavernas e trilhas é mais fácil, pois os rios estão com níveis mais baixos, garantindo segurança e melhores condições para explorar as grutas.
Já na temporada de chuvas, entre outubro e março, a vegetação fica mais exuberante e as cachoeiras mais volumosas, mas algumas cavernas podem ter acesso restrito devido ao aumento do nível dos rios.
Entre as cavernas imperdíveis no Petar estão:
Caverna de Santana: Uma das mais visitadas do Petar, destaca-se por suas incríveis formações de estalactites e estalagmites.
Caverna do Morro Preto: Combina uma trilha até a entrada com um salão interno impressionante.
Caverna Água Suja: Requer mais preparo físico, mas recompensa os visitantes com um rio interno cristalino e formações deslumbrantes.
Caverna Temimina: Famosa por suas claraboias naturais, que criam um espetáculo de luz e sombra no interior.
Independentemente da época, é fundamental visitar com guias credenciados para garantir a segurança e a preservação das cavernas.
O Petar
Para facilitar as visitações às cavernas, o Petar foi dividido em quatro núcleos distintos: Santana, Caboclos, Casa de Pedra e Ouro Grosso.
O núcleo Santana, bairro da Serra, é o principal núcleo de visitação do Petar. Localiza-se no vale do rio Betari, uma das paisagens mais notáveis da região e oferece diferentes roteiros de visitação tais como as caverna de Santana e Água Suja, a trilha do Betari e a do Morro-Preto Couto.
Próximo à entrada do núcleo encontra-se um quiosque de onde se iniciam as trilhas que levam às cavernas distantes. Dispõe de área para camping, com sanitários, lavanderia e ambulatório.
No bairro da Serra, distante 14 quilômetros do centro, também fica a maioria das pousadas.
A sede do núcleo Ouro Grosso também fica no bairro da Serra e tem como principal atrativo a Caverna Ouro Grosso, um grande abismo composto por cachoeiras e piscinas, um dos mais verticais da região.
Próxima à entrada desta caverna está uma gigantesca figueira com raízes tão grandes que se pode passar por entre elas de pé. O rio Betari também faz parte do cenário deste núcleo, que conta com um centro de educação ambiental para o desenvolvimento de atividades junto à comunidade local, possuindo um pequeno museu com utensílios tradicionais da região.
Localizado na parte alta do parque, o núcleo Caboclos é o que possui menor infraestrutura. Além disso, há poucas cavernas próximas ao núcleo, sendo que as trilhas para a maioria delas são longas e extenuantes, explicando por que este é o núcleo menos visitado.
Mas essa falta de estrutura é muito bem compensada com lindas cavernas, paisagens muito bem preservadas além de se ter a verdadeira sensação de estar isolado da civilização. Neste núcleo estão situadas a Pedra do Chapéu e várias trilhas como a do Mirante e a Sete Reis, que conduzem às cavernas do Chapéu, Aranhas, Água Sumida, Arataca, Pescaria, Desmoronada, Teminina, entre outras.
O núcleo Casa de Pedra conta com uma base de fiscalização e controle turístico. Seguindo por uma bela trilha que margeia o rio Maximiniano e, depois de uma longa caminhada, chega-se à caverna Casa de Pedra, que tem um dos maiores pórticos de entrada do mundo (215 metros de altura), possuí cerca de sete quilômetros de extensão, com salões magníficos e conta também com cânions e abismos de grandes proporções.
Durante a trilha é possível encontrar exemplares típicos da Mata Atlântica, como figueiras, bromélias, paus-brasil e perobas.
Ao lado do Petar está o Parque Estadual Caverna do Diabo, que acrescenta riquíssima biodiversidade, sítios arqueológicos e históricos.
Como chegar
Para quem está em São Paulo, o acesso é pela Rodovia Régis Bittencourt (BR-116) até a saída 475. Depois, seguir pela Rodovia José Edgar Carneiro dos Santos (SP-193) e pela Rodovia Benedito Pascoal de França (SP-165).