Guia de viagem elege 15 lugares para não se visitar em 2025

Ranking deste ano inclui destinos bem populares entre os viajantes

05/02/2025 07:39

Nos últimos anos, diversos destinos vem adotando medidas contra o “overturism” (turismo de massa, em português). Além disso, a superlotação de algumas cidades pode transformar a viagem numa verdadeira roubada. 

O guia de viagem Fodor divulgou uma lista com 15 lugares para não visitar em 2025, para quem quiser evitar “perrengues”.

Intitulada “No List”, o ranking deste ano inclui destinos bastantes populares entre os viajantes. Confira a seguir:

Os 15 lugares para não se visitar em 2025

Bali (Indonésia)

Bar em praia de Seminyak, em Bali, Indonésia; destino é um dos lugares para não se visitar em 2025
Bar em praia de Seminyak, em Bali, Indonésia; destino é um dos lugares para não se visitar em 2025 - iStock

O crescimento acelerado e descontrolado do turismo tem comprometido os habitats naturais da ilha, deteriorando sua herança ambiental e cultural. O excesso de plástico e lixo é um dos maiores desafios da região, que depende do turismo, mas também sofre com seus impactos.

Koh Samui (Tailândia)

Com 3,4 milhões de visitantes em 2023 e projeções de aumento, a ilha enfrenta desafios ambientais e estruturais. Problemas como o acúmulo de lixo e o crescimento desordenado ameaçam a sustentabilidade do local.

Monte Everest (Nepal)

Foto registrada em maio de 2019 mostra “congestionamento” de alpinistas no monte Everest
Foto registrada em maio de 2019 mostra “congestionamento” de alpinistas no monte Everest - Project Possible

O turismo massivo tem afetado a comunidade Sherpa e a montanha sagrada, que acumula toneladas de lixo e excrementos humanos. Pequenos vilarejos foram transformados em complexos hoteleiros para atender a demanda crescente.

Agrigento (Sicília, Itália)

A cidade histórica enfrenta uma crise hídrica severa, agravada pelo aumento do turismo. O consumo excessivo pode comprometer ainda mais seus patrimônios culturais e a qualidade de vida da população local.

Ilhas Virgens Britânicas

Praia de Virgin Gorda, nas Ilhas Virgens Britânicas
Praia de Virgin Gorda, nas Ilhas Virgens Britânicas - cdwheatley/iStock

A ênfase no turismo de cruzeiros tem afastado os investimentos das comunidades locais. A falta de um plano de turismo estruturado gera incertezas sobre o desenvolvimento e infraestrutura do arquipélago.

Kerala (Índia)

O turismo intenso tem agravado os efeitos de desastres naturais, comprometendo os ecossistemas e comunidades locais. O crescimento do setor, embora positivo para a economia, tem gerado danos ambientais significativos.

Kyoto e Tóquio (Japão)

Templo de Daigoji, em Kyoto, no Japão
Templo de Daigoji, em Kyoto, no Japão - Divulgação/Quickly Travel

O fenômeno da “poluição turística” preocupa os japoneses, que veem o custo de vida subir e a infraestrutura local ser sobrecarregada pelo fluxo excessivo de visitantes estrangeiros.

Oaxaca (México)

Moradores locais têm protestado contra a comercialização de sua cultura e o aumento das desigualdades geradas pelo turismo. O crescimento desordenado também tem prejudicado o meio ambiente.

North Coast 500 (Escócia)

As falésias de Duncansby Head, perto de John o’Groats, na ponta nordeste do continente escocês
As falésias de Duncansby Head, perto de John o’Groats, na ponta nordeste do continente escocês - Peter Burnett/iStock

Criado para impulsionar o turismo na Escócia, o circuito tem gerado congestionamentos, acidentes e transtornos para os moradores locais, que veem a infraestrutura sobrecarregada.

Barcelona, Maiorca e Ilhas Canárias (Espanha)

A explosão do turismo elevou os preços dos aluguéis e gerou protestos. Em Barcelona, mais de 10 mil propriedades são usadas como alojamentos turísticos, impactando negativamente os residentes.

Veneza (Itália)

Veneza vem adotado medida para reduzir o impacto causado pelo turismo em massa na cidade
Veneza vem adotado medida para reduzir o impacto causado pelo turismo em massa na cidade - iStock

O turismo em massa tem causado transtornos ambientais e sociais. Apesar da implantação de taxas para visitantes de um dia, a cidade continua lidando com superlotação e degradação de sua infraestrutura histórica.

Lisboa (Portugal)

Com cerca de 60% das moradias voltadas ao turismo, Lisboa enfrenta um êxodo populacional e o aumento do custo de vida. A cidade é uma das menos acessíveis financeiramente para seus próprios habitantes.