Ilha de Alcatrazes, no litoral de SP, é aberta ao turismo náutico
O desembarque em terra e acesso com lanchas particulares seguem proibidos
O arquipélago de Alcatrazes, localizado a 45 km da costa de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, foi aberto ao turismo náutico no último dia 16 de dezembro.
O passeio, no entanto, só pode ser feito por empresas autorizadas pelo ICMBio (conforme lista abaixo), de quarta a domingo, das 8h às 16h.
O desembarque em terra continua proibido por questões de segurança e preservação ambiental. Barcos particulares continuam proibidos de parar no local.
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É permitido fazer mergulho autônomo e livre ou visita embarcada com mergulho de flutuação e observação de fauna marinhas (aves, peixes, mamíferos e tartarugas).
O ICMBio não cobra taxa de ingresso no Refúgio de Alcatrazes. Os valores cobrados ao visitante são valores de operação das empresas cadastradas.
Durante a cerimônia que marcou a abertura de Alcatrazes para o turismo marítimo, a Brazilian Luxury Travel Association (BLTA) fez um repasse de cerca de R$ 26 mil do seu fundo de sustentabilidade para a gestão e apoio às atividades ambientais no parque marítimo.
Diversidade e beleza
Apesar de ter sido local de exercícios de tiros da Marinha por décadas, o arquipélago de Alcatrazes abriga uns dos maiores ninhais do país, com nidificação de fragatas, atobás e gaivotões. Lá, já foram registradas 91 espécies de aves, das quais 12 são consideradas ameaçadas de extinção.
A vegetação é caracterizada por áreas de mata atlântica e campos rupestres. O local é também o principal local de abrigo, alimentação e descanso de tartarugas marinhas da costa paulista. Em suas águas também são encontradas cerca de 260 espécies de peixes. Há, também, a presença marcante de baleias e golfinhos.
Além de exuberante beleza e expressiva biodiversidade, o arquipélago dos Alcatrazes faz parte do patrimônio arqueológico, histórico e cultural da região, e foi citado nos relatos históricos logo após a colonização do Brasil.
No local, foram encontradas cerâmicas que indicam o uso da ilha pelos povos que viviam na região antes do descobrimento do Brasil. O paredão granítico de 316 metros de altura no meio do oceano impressiona os navegantes por sua beleza e suas águas com boa visibilidade, e a grande quantidade de vida marinha faz um convite ao mergulho contemplativo.
Mesmo quando for aberto para visitação, o arquipélago não deixará de ser preservado, pois o plano de manejo de Alcatrazes cria regras de funcionamento para garantir que as atividades ocorram com o mínimo de impacto aos ambientes naturais.
A pesca e qualquer tipo de degradação ambiental são proibidas na área do refúgio. Já as atividades turísticas, como mergulho e passeios, serão permitidas apenas de dentro das embarcações em áreas definidas pelo ICMBio. As empresas interessadas em fornecer os serviços precisarão atender aos critérios e fazer um cadastro que será analisado pelo instituto.
Com informações do ICMBio