Itália vai conceder cidadania europeia a descendentes com estes sobrenomes

Erramos: ao contrário do que divulgamos anteriormente, não há garantia de que o sobrenome garanta cidadania europeia

13/05/2025 15:56 / Atualizado em 15/05/2025 10:08

Alterações no decreto que restringem a obtenção da cidadania por direito de sangue  – iStock/cabuscaa
Alterações no decreto que restringem a obtenção da cidadania por direito de sangue  – iStock/cabuscaa - Getty Images

Muitos países europeus reconhecem o direito à cidadania com base na descendência, um conceito jurídico conhecido como jus sanguinis.

Por esse critério, indivíduos que comprovem vínculos familiares com nacionais de países como Itália, Espanha, Irlanda ou Portugal podem requerer a nacionalidade, o que lhes garante não apenas um passaporte europeu, mas também o acesso a direitos como residência, trabalho, estudo e livre circulação nos países-membros da União Europeia.

O que muda com a nova regra de imigração? 

Em março deste ano, o governo italiano aprovou um pacote de medidas para restringir a transmissão de cidadania por direito de sangue, o chamado “jus sanguinis”. A medida acontece em meio ao aumento vertiginoso de pedidos de descendentes em países como Brasil e Argentina.

O jus sanguinis deixa de valor com a decisão? Não, o jus sanguinis na Itália não foi abolido. Segundo informações divulgadas pela Agência de Notícias Italiana (ANSA) houve alterações no decreto que restringem a obtenção da cidadania por direito de sangue. Ou seja, a partir de agora, apenas filhos e netos de cidadãos italianos poderão solicitar a cidadania, e a Itália terá um órgão central em Roma para avaliar os processos.

Como obter a cidadania italiana?

O processo de reconhecimento da cidadania italiana envolve a apresentação de documentos que comprovem a linha de descendência direta com um antepassado nascido na Itália. Ter um sobrenome de origem italiana pode indicar a possibilidade de elegibilidade, mas o fator determinante é a documentação que comprove a transmissão da cidadania ao longo das gerações, sem interrupções legais.

No caso da Itália, o governo tem buscado facilitar o processo para quem comprovar ter ascendência italiana para sobrenomes históricos como Abate ou Fiore. Isso inclui não só a nacionalidade, mas também o tão desejado passaporte europeu — porta de entrada para circular livremente pelos países da União Europeia.

Ter um destes sobrenomes italiano pode ajudar no caminho. Embora não garanta a cidadania automaticamente, a linhagem familiar indica possível vínculo histórico que facilita a análise. 

Quais são os passos?

O processo pode parecer burocrático, mas segue etapas bem definidas:

  • Acesse o site do consulado italiano responsável pela sua região.
  • Preencha o formulário com seus dados pessoais.
  • Confirme a inscrição por e-mail.
  • Agende um horário para entregar a documentação.
  • Compareça ao consulado com os documentos exigidos, especialmente os que comprovam o vínculo familiar com seu  antepassado italiano.
  • Entre os documentos mais importantes estão: certidões de nascimento, casamento e óbito em linha direta, todas devidamente traduzidas e legalizadas conforme as exigências consulares.

Um caminho com história e oportunidade

Segundo o Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional da Itália (MAECI), o país valoriza a conexão com os descendentes de italianos ao redor do mundo, principalmente na América Latina, onde milhões têm raízes em regiões como Calábria, Sicília, Toscana e Lombardia.

iStock/Oleksii Liskonih
iStock/Oleksii Liskonih - Getty Images/iStockphoto

Conquistar a cidadania italiana não é apenas um reconhecimento jurídico — é também uma forma de celebrar a herança cultural e abrir novas possibilidades para o futuro. 

Descubra a origem do seu sobrenome e onde ele é mais popular 

Se você tem curiosidade sobre a origem do seu sobrenome, sobre quantas pessoas no mundo também o carregam e em que país ele é mais popular, saiba que existe uma plataforma que pode te ajudar com essas e outras informações do gênero. Trata-se do Forebears, que reúne dados coletados em diferentes países.