Jericoacoara: felicidade e pé na areia

Por Naná Coutinho e Fabiano Battaglin, do blog Lá Vai Naná

Jericoacoara –ou Jeri, para os íntimos– é daqueles lugares que fazem qualquer ser humano repensar a vida e compreender que tudo pode ser bem mais simples e leve. Não é difícil achar alguém que tenha ido e, estando lá, pelo menos por algum momento não tenha tido vontade de largar tudo e ficar para sempre.

A cidade, a 300 quilômetros de Fortaleza, reúne tudo que quem gosta de #ViverBem precisa: qualidade de vida, paz, sensação de segurança, liberdade e muita opção de lazer. Desde o luau na praia, passando pelo famoso forró da região, até os movimentados bares e pubs lotados de turistas, diversão é o que não falta na cidade de clima praiano e ruazinhas cobertas de areia e simpatia.

Por falar em praia, nesse quesito Jericoacoara dá um show à parte. Com uma longa extensão, sua orla é toda desenhada por belíssimas paisagens de charme e beleza diferentes em cada cantinho.

Na parte central fica a famosa Duna do pôr do Sol. O nome vocês já podem imaginar por quê. É lá onde os turistas esperam tranquilamente o dia ir embora enquanto admiram o espetáculo. Dá uma olhada.

Quando o sol cai, começa o show de capoeira na área mais movimentada da praia, próxima à vila. É lá onde se concentram diversas barraquinhas que vendem bebidas e petiscos, além dos vendedores de passeios.

O lado esquerdo das dunas, menos agitado, costuma ser reduto dos velejadores que aproveitam o vento da área para praticar o esporte.

O que não falta em Jeri é coisa pra fazer. Tem passeio a cavalo, stand up paddle, sandboard e vários tours. Os que saem para a Pedra Furada, Árvore da Preguiça, Lagoa Azul e Lagoa do Paraíso são os mais procurados. O meio de transporte fica à escolha do freguês: bugre (guiado por um condutor habilitado) ou quadriciclo. No segundo a aventura é maior: o próprio turista conduz o veículo, sempre com um guia que vai de moto à frente para evitar atolamento, muito comum por lá. Fiz os dois e digo: ambos valem muito a pena.

Também é possível fazer tudo isso por conta própria, indo de jardineira (uma espécie de ônibus-caminhonete) para as lagoas e caminhando até a Pedra Furada. No segundo caso, tem que ter disposição, mas dá. E sai bem mais barato. Um passeio com guia custa em torno de 180 reais. A jardineira sai por uns 10 reais por pessoa, mas se perde um pouco o encanto do caminho, já que a jardineira vai por uma estradinha e, não, pelas dunas. Mas… Tudo nessa vida é questão de e$colha.

Para comer, não tem com o que se preocupar. Tem restaurantes para todos os gostos e preços. Aliás, para quem curte frutos do mar e culinária italiana, não faltam opções maravilhosas. Experimentem os risotos e o camarão no abacaxi.

Jeri é coisa de louco! É de fazer qualquer urbanóide babar, queixo cair, cabeça pirar… Só conhecendo eu entendi por que todas as pessoas com quem eu conversava sobre a cidade tiveram um desejo sério de ficar pra sempre. E também entendi por que quem volta não volta o mesmo e para sempre leva um pouco de Jeri dentro do coração e da alma.

Para curtir o paraíso, leve só um coração leve, um chinelinho confortável, algumas roupas leves e um pouquinho de disposição para encarar algumas horas de viagem.


Como chegar:

– Transfer 4×4: O transfer custa cerca de R$ 600 por trecho e o carro comporta até 4 pessoas. O horário e o local podem ser combinados. A viagem tem duração aproximada de 4 horas e não é necessário trocar de veiculo em Jijoca. Se você estiver disposto a pagar o preço desse conforto a mais, há diversas empresas que oferecem o serviço.

– Ônibus + jardineira: Todo o trajeto sai a cerca de R$ 60. Um ônibus sai em seis horários diferentes da rodoviária de Fortaleza, passa em diversos pontos da avenida Beira Mar e no aeroporto. O trajeto até jijoca, onde se troca de transporte, dura cerca de seis horas. Aí é só mais uma horinha sacolejante e pronto. Se joga.