Joinville é um convite à dança
Quer um bom gancho de viagem com cultura, história, belezas naturais, boa gastronomia, ao lado do maior festival de dança do mundo? Então corra para Joinville, Santa Catarina. Desde esta terça até dia 29 de julho, acontece ali o maior festival de dança do mundo, que este ano está na sua 35ª edição. São 7.000 participantes, entre bailarinos, professores, coreógrafos, estudantes, e artistas consagrados, que irão ampliar a sua ideia da própria dança e do que ela pode significar
Se dançar é viver, como afirmava a grande dançarina Isadora Duncan, a cidade com nome francês, jeito alemão e um toque russo, oferece aos viajantes a pulsação dessa arte do movimento, em leituras clássicas e contemporâneas.
O trivial desemboca no fantástico, do comum irrompe o insólito, e assim uma dimensão nova de dança –e de arte, se manifesta nesse evento que ocupa praças, teatros, shoppings, hospitais e ruas de Joinville. Nessa maratona dançante, com apresentação de 408 grupos de dança, brasileiros e estrangeiros, estão presentes todos os gêneros: neoclássico, clássico, contemporâneo, jazz, sapateado, danças populares e danças urbanas.
Durante 12 dias, serão mais de 240 horas de espetáculos, sendo 200 delas gratuitas. O que difere esse evento dos demais realizados mundo afora, são que as atrações principais são as escolas de dança, que priorizam amadores e estudantes, o que o torna esse tipo de festival único no mundo. A beleza do improviso será o processo criativo que empolgará o público, para que ninguém saia indiferente aos espetáculos.
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Impossível ver essa diversidade que reúne grupos de diferentes estilos e países sem a grande lembrar da grande coreógrafa e dançarina alemã Pina Bausch que dizia “que por meio da dança as pessoas falam sobre a alma”. A comprovação disso vem em grande parte com os destaques do Festival. Na abertura o espetáculo ficará com a apresentação de “Cão sem Plumas”, de Débora Colker. Já na Noite de Gala, programada para o dia 24 de julho, e uma das noites mais concorridas, é a vez do Ballet Bolshoi sob a condução de Marcelo Misailidis, e com projeções de telas do artista plástico Juarez Machado.
Mas outras apresentações mainstrean se jogam nas paradas de sucesso, como a carioca ‘Cia Híbrida’, a trupe de Goiás vem com ‘Ateliê de Gosto’, a turma de São Paulo representada pela ‘Cia Fragmento de Dança’, os cearenses com ‘Auto-Matismos’, entre muitos outros grupos consagrados. Na Ásia e na Europa a dança é nutrida pela fé religiosa e pelas mitologias da terra, e geram coreografias inspiradas nos contos de fada ou nas histórias de amor. Já a dança no Brasil nasce pelo ritmo forte do movimento e dos gestos. São estes que irão protagonizar a evolução do espetáculo. Ao assistir o desempenho dos grupos, ou dos solos de dança, fluem à nossa mente as palavras da coreógrafa e dançaria alemã Pina Bausch: “o palco é tão complexo como a vida, e a dança é sua mais refinada forma de experiência”.
O Festival de Dança de Joinville é um desses eventos que a gente tem vontade de abraçar todo mundo e dizer “obrigado”.
Dica: Em vários pontos da cidade está o calendário indicando, dia, horário e local, onde vão rolar as apresentações dos grupos de dança.