Juma Lodge oferece imersão na selva Amazônica

Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez? Com esta interrogação na cabeça embarquei para Manaus (AM) para, enfim, conhecer a Floresta Amazônica. Por ser uma pessoa extremamente urbana, a experiência seria ainda mais desafiadora, principalmente por ficar quase que incomunicável durante a viagem.

Desde que comecei a trabalhar com jornalismo de viagem, há mais de dez anos, conhecer a Floresta Amazônica estava na minha “wish list”. Já tive algumas oportunidades, mas por questões de agenda nunca consegui ir.

Desta vez, à convite da GOL e suas empresas, Smiles (programa de fidelidade) e Smiles Viagens (agência de turismo do grupo), a viagem saiu do papel.

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Chegamos à capital amazonense no começo da madrugada para um pernoite rápido no hotel-boutique Juma Opera, que fica bem em frente ao belíssimo e imponente Teatro Amazonas. A estadia seria curta, pois logo pela manhã partiríamos para o destino final: o Juma Amazon Lodge, em Autazes.

Foram três horas divididas entre van, barco, ônibus e lancha rápida para percorrer pouco mais de 100 quilômetros de Manaus até o lodge na floresta.

Durante o percurso, ainda na primeira parte da travessia, fomos brindados pelo encontro dos rios Negro e Solimões, cuja suas águas não se misturam. Desses caprichos da natureza. Era só o começo de inúmeras descobertas que ainda estavam por vir.

No segundo trecho de barco, os olhos quase não piscaram com a imensidão verde e a água a perder de vista. Cada som vindo da mata despertava a imaginação. A certeza era única: Por que não vim antes?

A exuberante selva incentiva você a se desconectar do mundo e a experimentar algo verdadeiramente diferente do seu cotidiano. E olha que era só o começo da aventura.

Hotel em harmonia com a natureza

Depois de cerca de 50 minutos de viagem entre rios e vaivém de barcos com moradores e turistas, os bangalôs suspensos do Juma Amazon Lodge começam a despontar no horizonte. 

Ao chegar ao hotel, você é imediatamente recebido pela simpática equipe, em sua maioria nativos da região. Como o nível das águas ainda estava baixo, foi preciso subir uma escada para chegar à recepção. Todo o empreendimento foi construído sobre palafitas, na copa das árvores.

Este procedimento é necessário para atender à época de chuvas (março a agosto), onde às águas podem subir até 15 metros. Época ideal para se visitar os igapós, como são conhecidas as terras inundadas, em toda sua beleza. 

O Juma possui apenas 20 bangalôs, com sua construção em perfeita harmonia com Floresta Amazônica sem deixar de lado o charme e conforto. 

Os bangalôs ficam distantes um dos outros, mesmo sendo totalmente interligadas por passarelas. Em estilo rústico da selva, sem excessos, as acomodações oferecem o conforto necessário para garantir uma experiência marcante e segura. 

Os hóspedes podem escolher entre diferentes tipos de acomodações, todas equipadas com ventiladores, redes mosquiteiras e varandas privadas, proporcionando uma experiência autêntica. Algumas contam com ar-condicionado.

Dos 20 bangalôs, seis possuem vista para a floresta, novo para o rio Juma, um panorâmico com vista 360º (fiquei neste), três maiores para famílias e um “presidencial”, inaugurado no ano passado. 

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Além dos traslados, os pacotes incluem quatro refeições diárias –café da manhã, almoço, lanche da tarde (servido na recepção) e jantar. Tirando os sucos, as demais bebidas (refrigerantes e alcoólicas) são pagas à parte.

Passeios e atividades na Floresta Amazônica

As atividades oferecidas pela Juma Amazon Lodge dependem da quantidade de dias de sua estadia. Existem pacotes de três a seis dias onde passeios noturnos de barco e pesca de piranha, por exemplo, só são possíveis se você ficar hospedado nas opções mais longas.

Os guias experientes, muitos deles nativos da região, conduzem excursões que vão desde caminhadas pela selva até passeios de canoa ao entardecer. Durante as caminhadas, os visitantes aprendem sobre a flora e fauna locais, bem como sobre a utilização de plantas medicinais pela população indígena. O ponto alto é a contemplação de uma sumaúma quase centenária.

Os passeios de barco são uma oportunidade única para observar a vida selvagem em seu habitat natural. É comum avistar botos-cor-de-rosa, macacos, jacarés e uma infinidade de aves exóticas.

Para os mais aventureiros, a pesca de piranhas, a focagem noturna de jacarés e o pernoite na floresta são atividades imperdíveis que acrescentam um toque de adrenalina à experiência. Ainda é possível fazer uma escalada na copa das árvores, a cerca de 40 metros de altura.

Também está incluso no pacote a visita a casa de um caboclo, que permite conhecer a vida e as tradições dos ribeirinhos, promovendo um intercâmbio cultural enriquecedor. Os passeios podem variar de acordo condições climáticas.

Ao final dos passeios, é possível relaxar na piscina especialmente projetada sob um deck flutuante protegido por grades submersas e que utiliza a água do próprio rio, tornando a experiência de nadar no rio mais segura e autêntica possível. Ao redor dela, é possível tomar sol e usufruir de um bar muito aconchegante.

A gastronomia do Juma

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As refeições são servidas no restaurante com uma bela vista para o rio Juma. Todas as refeições (café-da-manhã, almoço e jantar) são servidos em bufê. 

No cardápio, os pratos em sua maioria são de peixes amazônicos como o pirarucu, famoso por ser o maior peixe de água doce do mundo. Também são servidas outros espécies, como o surubim, tucunaré, piranha e tambaqui.

Mesmo para quem não é muito fã de peixe, recomenda-se experimentar o tambaqui, pois ele é considerado o mais saboroso de todos. A variedade de frutas é outro forte. Experimente os sucos de taperebá e ingá. Você vai amar.

Lembra que no começo a minha maior preocupação era ficar quase que incomunicável. Você passa a maior parte do dia sem sinal de telefone ou wi-fi, já que no hotel apenas em um ponto específico (a salinha do wi-fi) é possível acessar a internet.

Confesso que gostei de ideia de se desconectar das redes sociais. Verdadeiro detox digital, mesmo em partes do dia. 

Quem leva

A GOL tem quatros voos diários entre São Paulo (Guarulhos) e Manaus (AM). São dois diretos –com partida às 13h20 e 22h10– e dois com conexão –6h10 e às 15h45.

A Smile Viagens oferece três tipos de pacotes completos para o Juma Amazon Lodge: Mutum (3 noites), Tucano (4 noites) e Uirapuru (5 noites).

Os valores dos pacotes custam a partir de R$ 9.990,00 até R$ 11.840,00 e incluem passagens aéreas, hospedagem e transfer.

*O jornalista viajou a convite da GOL, Smiles e Smiles Viagem