Livro inspira viajantes e incentiva doações para escolas públicas

A fisioterapeuta brasiliense Rayane Azevedo, 31 anos, viajou sozinha por trinta e oito dias para comemorar seu aniversário de 30 anos e superar a “crise dos 30”. Ela não pensou duas vezes, pegou uma pequena mala de rodinhas e foi se aventurar pela Holanda, Alemanha, Polônia, República tcheca, Hungria, Áustria e Espanha e escreveu tudo o que aconteceu num diário de bordo.

O diário virou o livro “Trintando pela Europa. Um livro que não é mais um guia de viagens cheio de roteiros. É um diário de bordo sobre o dia a dia em solo europeu, com histórias que inspiram e motivam, e sobre algumas respostas que ela encontrou no velho continente às várias perguntas que teve durante sua crise dos trinta anos.

A fisioterapeuta Rayane Azevedo no complexo Auschwitz – Bikernau, na Polônia

A ideia de escrever o livro surgiu seis meses depois que Rayane chegou de viagem. Ela pegou seu diário de bordo e começou a ler enquanto fazia o scrapbook da viagem. “Lendo tudo o que passei, percebi que poderia ajudar outros viajantes a evitar tantos perrengues. E, ao mesmo tempo, estimular mais pessoas a explorar o mundo viajando, pois, por mais que a viagem não tenha saído conforme planejei, ela foi muito melhor do que esperava”.

Optou pela publicação independente através do financiamento coletivo porque quer participar de todas as etapas de produção. Caso escolhesse fazer com uma editora, o livro poderia ser modificado e isso ela não queria. Outro ponto que a fez escolher o crowndfunding foi a porcentagem de direitos autorais, que varia de 5 a 15%, dependendo da quantidade de livros vendidos. E, com um repasse tão baixo, ela não poderia investir no projeto de trabalho voluntário mundo afora e em poder doar exemplares para escolas e bibliotecas públicas e casas de acolhimento.

“Quando decidi publicar o livro, pensei no retorno que ele me daria. Não o retorno financeiro, pois minha intenção não é viver dele, mas o quanto eu poderia contribuir para tornar o mundo melhor e inspirar mais pessoas a ajudar ao próximo. Na viagem, a cada cidade que deixei para trás, deixei também uma muda de roupa para o primeiro morador de rua que encontrasse. Cheguei no Brasil com apenas 5 peças de roupas e um casaco que comprei lá para enfrentar a chuva de Viena e, mesmo assim, me sentia a pessoa mais feliz do mundo por ter recebido sorrisos por onde passei. Ou ponto importante é mostrar para quem ainda tem dúvidas se vale viajar sozinho que, apesar de todos os perrengues que passei, a viagem mudou para sempre minha vida. Não quer dizer que voltei de lá uma nova mulher, apenas que deixei o vazio que sentia por lá e voltei mais completa”.

Para quem quiser ajudar a Rayane a ter o livro publicado e apoiar uma causa tão bacana, as doações e recompensas podem ser acessadas no site www.catarse.me.