Lua de mel com a benção do dragão em Taiwan
Por Heitor e Silvia Reali, do site Viramundo e Mundovirado
Traçar novos rumos, emprestar outro colorido à vida, abrir horizontes, são desejos de uma nova vida a dois. Aproveitando a onda da mudança, que tal passar a lua de mel em Taiwan, em cenário tão romântico quanto inusitado?
- Escovar os dentes ajuda a prevenir grave doença, revela Harvard
- América Central: 5 países para incluir na sua próxima viagem
- Férias com crianças a 40 minutos de São Paulo
- Já ouviu falar de transplante de sobrancelha? Veja curiosidades sobre o procedimento
Delicados pastéis recheados de camélia, monges de cabeça raspada envoltos em túnicas cor de laranja caminham lado a lado de jovens taiwanesas com seus trajes orientais, ônibus de turismo equipados com poltronas que massageiam, hotel designer ao lado de centenário arrozal, templos de devoção e templos de consumo, spas com banhos de chá: assim é Taiwan, se espera uma coisa e acontece outra, fazendo do inesperado o encantamento de uma viagem à Ilha de Formosa.
À primeira vista Taipé, a capital, confirma seu acento chinês. Ao amanhecer nos parques da cidade veem-se taiwaneses praticando tai-chi-chuan acompanhados pelo suave tilintar de sinos. Em contraponto, as ruas fervilham de gente apressada, lambretas, bikes e o pisca-pisca intermitente dos letreiros luminosos em ideogramas.
Outros locais ganham atmosfera com ares americanos com gigantescos prédios de estrutura metálica, como o Tower 101, com 508 metros de altura, mas com toque oriental –o desenho foi inspirado na forma do bambu. Nos primeiros andares do Tower há lojas de luxo onde circulam as adoráveis e esguias figuras das taiwanesas. Muitas gostam de se vestir com seus trajes típicos, pois sabem o quanto modelos justos cortados até o alto das coxas, valorizam o corpo.
A escritora Elizabeth Gilbert viajou pelo mundo e escreveu suas experiências em “Comer, Rezar, Amar”. Em Taiwan, ela teria vivido todas as sensações em apenas um único lugar. A começar pelos templos onde a aura de mistério que cerca a cultura chinesa se manifesta com mais força. No de Lungshan, construído em 1738, durante o dia acontecem celebrações com oferendas de flores e frutas aos deuses. À noite o templo se reveste de uma atmosfera vibrante, o incenso perfuma o ar e jovens enamorados seguram pequenas peças de bambu em formato de meia-lua que representam o Yin e o Yang. Juntos jogam as peças três vezes ao solo para saber o que os deuses reservam ao casal.
Depois da visita ao Templo, ainda sublinhando o exótico, caminha-se até o mercado noturno de Hwahsi com ruas que recendem a uma profusão de aromas, sabores e cores. Entre as centenas de iguarias feitas na hora, prove o dim-sum –bolinho de arroz cozido ao vapor em cestas de bambu–, noodles com os mais diversos acompanhamentos e bolinhos da sorte temperados com cardamomo ou anis estrelado.
Outra paixão taiwanesa são os banhos em águas sulfurosas que brotam em locais com cenário que exalam serenidade. Mergulha-se em tinas de madeira com chá, ou em piscinas de águas termais, e em seguida deita-se em macios futons para receber massagem perfumada com puríssimos óleos essenciais. Outras terapias incluem pedras de rio aquecidas, ou ba guan (pequenas ampolas que formam um vácuo), gua sha (massagem com chifre de búfalo do Vietnã), além de acupuntura e as especiais massagens nos pés.
Assim vive-se em Formosa. Este é o nome da ilha porque é mesmo bela, e ali existem coisas belas e almas felizes que consultam os deuses e se fundem a natureza para que aflore o melhor do ser humano. Como o dragão que na cultura taiwanesa é um animal sagrado, permite o nascimento do novo, e a transformação. Belo augúrio para a nova vida de um casal, não?
Para chegar Taiwan é preciso fazer uma combinação de voos, pois não existe voo direto de São Paulo a Taipé. Pode-se ir via Los Angeles, Amsterdã, Roma, Paris ou Frankfurt. O ideal é fazer um stopover em uma dessas cidades. A Receptur, tel. 11-3259-4066, representante da China Airlines no Brasil, oferece também viagens personalizadas
O que comprar
Em Taipé as compras de eletrônicos e câmeras fotográficas têm preço abaixo da metade dos encontrados no Brasil; mas valem também peças orientais em bambu ou cerâmica, chás, lanternas pintadas à mão, e roupas em seda bordada.
