Maior expedição do mundo de paramotor chega em Florianópolis

Um grupo brasileiro de pilotos de paramotor partiu na última segunda-feira, dia 15, de São Vicente, na Baixada Santista, para voar mais de dois mil quilômetros até o Uruguai.

Idealizada pelo piloto José Roberto Gerolamo, que há 22 anos pratica a atividade, a expedição nasceu de uma vontade de voar todo o litoral brasileiro e após quatro dias de viagem, e muitos desafios, os pilotos pousaram em Florianópolis, antes de enfrentar os cerca de 1.000 km restantes até Montevidéu.

F​ormada por seis pilotos de São Paulo, quatro do Paraná, dois do Mato Grosso do Sul​ e um do Rio de Janeiro, a expedição ainda conta com uma equipe de terra, composta com motorhomes, oficina móvel ​ e monitoramento via satélite que permitirá o acompanhamento da expedição com precisão.

“Meu planejamento era ir até o ​ponto ​mais ​extremo do Brasil, mas comecei a ver as belezas e valores históricos do ​Uruguai e o trajeto foi se esticando​, ganhando corpo e adesão de amigos e pilotos qualificados. Hoje, já concluímos cerca de 50%  do trajeto e estamos prontos para continuar e quebrar e levar nossa expedição para o “Guinness Book”,  destaca o piloto.

​ Com autonomia de voo para, em média, 300 km por dia, os 14 pilotos não conseguiram atingir este número ainda, devido às más condições de tempo e vento. “Nosso principal desafio até agora foi a região da Cananéia (SP), na qual já era conhecida para a maior parte dos pilotos, mas o vento simplesmente virou e o tempo ruim fez com que a distância percorrida por dia fosse menor. Mas o bom da atividade é exatamente isto: os desafios e surpresas diárias”, diz Dhiego Rendeiro, piloto há 16 anos e um dos responsáveis pela estratégia de solo da expedição.

Os pilotos ficam na praia do Santinho, em Florianópolis até este sábado pela manhã e seguem em direção à Xangri-lá, no litoral gaúcho. A chegada ao Uruguai está prevista para o dia  23.

A expedição, além de inédita, já que percorre uma rota nunca feita, é considerada a maior do mundo em quantidade de pilotos e distância percorrida. De acordo com Ricardo Maciel, um dos cinco instrutores “master” do mundo e co-organizador da expedição, uma das principais dificuldades da viagem é voar em formação, o que requer muito planejamento, além da constante exposição ao sol e aos fortes ventos existentes na região sul.

“Mas a satisfação de voar por uma rota nunca feita por paramotores e com quase nenhum acesso dos humanos é algo que não tem preço”, diz.

Toda a expedição pode ser acompanhada através do site www.paramotortrip.com.br e nas redes sociais do projeto.