Mamanguá e Paraty-Mirim, destinos perfeitos para se isolar
É natureza que não acaba mais, numa região onde ainda tem mais de 300 praias e 60 ilhas
Mamanguá e Paraty-Mirim, ao contrário da badalada Paraty, é um refúgio silencioso e isolado, cercada de montanhas cobertas de floresta, e praias paradisíacas, numa região inserida em três áreas de proteção. O Saco do Mamanguá é um fiorde tropical, o único do Brasil. Já Paraty-Mirim é uma vila de pescador, onde há também uma aldeia Guarani.
É natureza e verde que não acaba mais, numa região onde ainda tem mais de 300 praias e 60 ilhas. O destino perfeito para viajar com segurança nessa pandemia. O Juju na Trip passamos uma semana lá, e voltamos com todas as dicas.
Como chegar em Paraty-Mirim e Mamanguá
Paraty-Mirim fica a 20 minutos da cidade histórica de Paraty. É só seguir pela BR-101 e, depois, pegar 10 minutos de estrada de terra, passando pela Aldeia Guarani. Nós montamos base em Paraty-Mirim, que é a uma braçada de mar (10 minutos de barco) do Mamanguá, e foi perfeito.
#DicaCatraca: sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel, respeitar o distanciamento social e sair de casa somente se necessário! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado?
Para chegar no Mamanguá, preciso pegar um barquinho no cais de Paraty-Mirim. Chegar lá e conseguir a embarcação é fácil. Mas se quiser pre-agendar, fale com seu Celinho (wpp 24 99974-1152).
Onde se hospedar em Paraty-Mirim e Mamanguá
Nós alugamos a Casa de Vidro, porque ainda não nos sentimos seguros para ficar em hotel. Foi incrível. (reserve aqui pelo booking ou pelo airbnb).
Se quiser opções mais econômicas, tem são a Casa da Areia e a Casa do Mamanguá.
A Casa de Vidro é linda, e acomoda 10 pessoas. Tem 3 suítes, 1 quarto, vários deques, tem acesso ao mar e uma piscina com uma vista surreal. O projeto é incrível. No lugar de paredes de tijolos, a casa é feita de janelões de vidro, madeira e pedra.
E apesar de estar na encosta, e não tem acesso por carro, é facílima de chegar: é só pegar o barco do seu Celinho no cais de Paraty (leva 5 m minutos de trajeto) ou ir pela trilha (menos de 10 minutos). Cada trecho de barco custa R$ 30 (é cobrado por trecho, e não por pessoa, e no barco cabem dez passageiros).
O carro precisa ficar em Paraty-Mirim, e o estacionamento custa em média R$15 por dia.Tem vários no caminho para o cais.
O que fazer: passeio pelas ilhas de Paraty
As escunas estão saindo muito cheias de Paraty, mesmo com a pandemia. Optamos pelo privativo com o @palombetaboat,e a experiência valeu à pena. Recomendo. O passeio dura 6 horas em uma lancha confortável, parando nas praias mais lindas e com a tranquilidade que os passeios de escuna não têm.
Paramos na Ilha Comprida, Jurumirim, Ilha dos Cocos e Ilha do Algodão, lindas! Sobre valores, os preços começam em R$800 na train (mais lenta) e R$1000 na lancha (mais rápida, e cabem até 7 pessoas)
Dia 2: passeio de barco pelo Saco do Mamanguá
O Mamanguá é o único fiorde tropical do Brasil. O braço de mar invade o continente, formando praias de água cristalina e mansas. É um lugar protegido pela APA do Cairuçu, então é mar e floresta a perder de vista, com dezenas de trilhas, cachoeiras, e vilas caiçaras.
E tudo isso num lugar onde, apesar de toda essa beleza, o turismo não chegou forte e o ritmo do tempo é o das vilas caiçaras. o Mamanguá é um ótimo exemplo de como as áreas de preservação protegem também a cultura local. Passamos um ano novo aqui em 2009 e, mesmo depois da chegada da luz, pouca coisa mudou.
Vale ficar aqui uns dias, ou vir de barco. No Mamanguá não pega nem 3g, e a ideia é isolamento MESMO.
O Saco da Velha foi a primeira parada do passeio, e ela fica n aentrada do Saco. A praia é um escândalo, e tem um gruta enorme para quem gosta de explorar.
A segunda parada na praia do Buraco, já no Mamanguá. E que mar encontramos lá: turquesa, cristalino, e sem ninguém. A terceira do parado foi a Praia do Engenho, gostosinha, cheia de amendoeiras frondosas fazendo sombra na areia, e com uma pequena queda de água doce. Dessa praia saem várias trilhas, para cachoeira e também para o famoso Pico do Pão de Açúcar.
Terminamos o passeio almoçando no restaurante do Dadico, pescador nativo. O lugar é uma delícia, com um deque de madeira sobre as águas. Teve peixe que ele iscou de manhã, e ostra que garfou na hora no mar, ali na nossa frente. Devoramos felizes, com direito a redário depois para fazer a sesta.
Dica extra: vale muito à pena conhecer a cachoeira do Rio Grande. Fomos na primeira vez em que estivemos no Saco, há dez anos, mas não tenho fotos. Para chegar lá, vai de barco até o fim do braço do mar, onde ele encontra com o mangue. Então rema 20 minutos de caiaque pelo mangue e segue mais 20 de caminhada. É o pote atrás do arco-íris.
Cachoeiras de Paraty, Cunha e Paraty-Mirim
Com tantas florestas nessa região, não é de se admirar que aqui existam dezenas de cachoeiras, algumas com acesso facílimo, e outras que exigem mais preparo físico. Para quem tem um dia apenas para elas, recomendo o circuito que fizemos com a Paraty Tours, e no passeio privativo. Eles montaram um roteiro fugindo da aglomeração, com horários e lugares alternativos.
No passeio, fomos a cachoeiras com trilhas curtas e bem fáceis: Pedra Branca, Sete Quedas, Jamaica, Poço Esmeralda e Tobogã. O carro deles é uma land 4X4 aberta, higienizada antes e depois do passeio; valor do privativo é R$800 para o Jeep com até 8 pessoas, e o tour regular custa R$100 por passageiro.
Se for sozinho e estiver em um carro 1.0 ou de carroceria baixa, tenha atenção redobrada porque a estrada tem partes muito esburacada e com muitas pedras altas.
Para outras viagens de isolamento e natureza, veja aqui nosso roteiro sobre Jericoacoara, e nossas dicas sobre Noronha e sobre a Rota Ecológica de Alagoas. E siga o Juju na Trip no instagram.