Mar de Porto de Galinhas guarda naufrágios históricos

Em 1939, o mundo assistia à eclosão da 2ª Guerra, que mergulhou dezenas de países em um profundo conflito. Mas um sobrevivente atravessou o oceano Pacífico para contar essa história debaixo das águas do litoral nordestino.

Gonçalo Coelho, como veio a ser chamado, é um navio de desembarque de tropas, que pertenceu à marinha norte-americana e foi utilizado durante operação militar no Japão, em 1944.

Mergulho autônomo permite explorar navios afundados a mais de 32 metros de profundidade
Mergulho autônomo permite explorar navios afundados a mais de 32 metros de profundidade

Na década de 1970, a embarcação foi comprada por uma empresa brasileira para transportar cargas entre Recife e Fernando de Noronha e, somente em 1999, o sexagenário encerrou suas atividades, vindo a naufragar a 14 quilômetros das piscinas naturais da praia de Porto de Galinhas, no balneário pernambucano de Ipojuca.

O Gonçalo Coelho e outros navios, afundados a uma profundidade entre 32 e 35 metros para servir como um recife artificial, podem ser explorados com a atividade de mergulho, um atrativo bastante procurado no destino e que pode ser praticado por intermédio da Aicá Diving, única empresa da região a ser certificada pela ABTN/INMETRO em gestão de segurança para o turismo de aventura, contando com o apoio de entidades locais como o Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau.

 
 

O passeio subaquático custa R$ 320, para mergulhadores experientes e com certificados, e dá direito a dois mergulhos diurnos, além de lanche. Equipamentos extras podem ser alugados por R$ 30 a R$ 40 cada.

Nesta modalidade, é possível desbravar navios naufragados e adentrar em certos compartimentos de embarcações, além de observar, por exemplo, as âncoras de quatro metros de um Galeão coberto por esponjas e corais, naufragado misteriosamente há mais de 300 anos.

 
 

Os aventureiros inexperientes têm a chance de praticar o batismo, uma modalidade com instrução teórica e prática, pelo valor de R$ 250. Porém, só garante o direito de mergulhar em uma profundidade de seis a oito metros.

Antes da prática, é necessário responder um questionário sobre as condições de saúde, preencher um termo de responsabilidade e participar de uma aula teórica em sala de aula.

O período ideal para mergulhar no local é entre outubro e março. Recomenda-se fazer a reserva com antecedência, de preferência antes de se hospedar no destino.

SAIBA MAIS
Aicá Diving
Onde: Rua Beijupirá, 1.001, Porto de Galinhas. Tel.: (81) 3552-1895
Site: http://www.aicadiving.com.br/.