Maragogi, o Caribe brasileiro

09/06/2015 13:18 / Atualizado em 06/05/2020 21:50

Por Naná Coutinho e Fabiano Battaglin, do blog Lá Vai Naná

O título de “Caribe Brasileiro” dado à Maragogi, em Alagoas, não poderia ser mais justo. São 23 quilômetros de praias paradisíacas, coqueirais e areias brancas e finas.

Maragogi fica no norte de Alagoas, a cerca de 130 km tanto de Recife quanto de Maceió, por isso chegar no aeroporto de qualquer uma das cidades dá praticamente no mesmo. Fabiano e eu decidimos ir por Maceió para começar o passeio por Maragogi e depois seguir para Caneiros, Porto de Galinhas, Recife e Olinda.

Chegamos por volta das 11h no aeroporto de Maceió. O motorista que contratamos já estava lá com uma plaquinha (acho isso engraçado!) com os nossos nomes. A viagem durou cerca de 2h30 até Maragogi e a estrada, apesar da pista simples, era bastante agradável.

Ao chegar, deixamos nossas coisas na pousada, almoçamos e, por já estar tarde para os passeios, ficamos na praia da Vila de Maragogi. A praia em si não é muito bonita, mas tem uma infraestrutura bacana, com muitas opções de hospedagem, bares, restaurantes e lojinhas em sua orla. Nessa praia ficam as embarcações que levam os turistas para as piscinas naturais. Aproveitamos para pesquisar os preços dos passeios e acabamos fechando um para as galés e um de bugue, ambos para o dia seguinte.

Passeio para as galés

Maragogi tem uma das mais ricas formações de corais do mundo! As galés ficam em uma área de proteção ambiental, a 6 km da costa. As águas verde-esmeralda atraem visitantes de muitos lugares, mas, apesar de toda a sua beleza paradisíaca, o balneário ainda não é tão conhecido.

As piscinas naturais, também chamadas de galés, são os principais atrativos da região. O mergulho de snorkel é requisitadíssimo, um dos principais atrativos da região. Nem o meu medo foi capaz de me segurar! Foi a primeira vez que eu mergulhei na vida! Graças àquelas águas absurdamente cristalinas, mornas e tranquilas, deixei qualquer temor de lado e me joguei no paraíso! Acreditem, o título de “Caribe Brasileiro” não poderia ser mais justo.

Para preservar os corais, desde 2010, o Ibama estipulou um número de visitantes limite por dia para visitar as galés. Também não é permitido caminhar sobre os corais nem alimentar os peixes. Os catamarãs levam uns 30 minutos para chegar às piscinas naturais e o tempo máximo de permanência é de 1h30. Após a restrição, foram abertas mais duas áreas de corais para visitação: as piscinas naturais de Barra Grande e as piscinas naturais de Taocas. Nós não fomos nessas, mas ouvimos dizer que também são bastante bonitas, porém menores. Se fizer questão de ir nas galés, certifique-se disso antes de fechar o passeio.

As embarcações saem pela manhã, em horários determinados pela tábua de marés. A época mais propícia para o passeio é durante as luas cheia e nova, que proporcionam as marés mais rasas e no verão, quando as águas ficam ainda mais claras.

Durante o passeio, são oferecidos serviços como aluguel de snorkel, fotos subaquáticas e flutuação guiada com cilindro.

É possível ver vários peixinhos bem de perto nas águas transparentes.

Passeio de buggy

O passeio de buggy pode ser feito tranquilamente na volta do mergulho nas galés e dura duas horas, em média. As agências costumam oferecer duas opções de passeio, uma pelo litoral sul e outra pelo litoral norte, que foi o que fizemos.

Para percorrer um percurso de 20 km de praias maravilhosas, pagamos R$ 180 o casal, depois de chorar um pouquinho com o bugueiro. Agora, pelo que andei pesquisando, o passeio está custando R$ 240 reais. É! Não tá fácil! Mas, apesar de não ser baratinho, vale muito a experiência de passar por diversas praias paradisíacas, com o vento batendo no rosto. É uma sensação de paz e liberdade impagável.

Cabelos ao vento, vistas paradisíacas e muitos quilômetros de praia quase desertas, com areias brancas e águas cristalinas. Não resta dúvida de que a melhor forma de explorar Maragogi, em Alagoas, é alugando um buggy. Dá até pra fazer uma selfie no reflexo do farol de milha.

Só não deixe a brisa fresca e as deliciosas águas mornas te enganarem! Passe o protetor solar porque no nordeste tem dois sóis pra cada um.

O trajeto normalmente contempla as seguintes praias: Burgalhau, Barra Grande, Xaréu, Ponta de Mangue, Dourados e Peroba (divisa de Alagoas com Pernambuco), com direito a paradas para mergulhos refrescantes a hora que você quiser.

 
 

Geralmente, os buggeiros negociam facilmente o tempo de passeio, podendo extendê-lo por alguns minutos ou até por uma hora. Nós conseguimos prolongar por cerca de 40 minutos sem pagar a mais por isso. No fim da tarde ainda conseguimos curtir uma vida mansa em um quiosque bem gostoso e isolado, na praia de Barra Grande, enquanto nosso “piloto” nos esperava despreocupado, deitado na rede, para nos levar de volta à pousada. 

Quando ir

 
 

Quando for a Maragogi preste atenção na tábua de maré, pois, como disse, o passeio às galés só é possível na maré baixa. Nós fomos a Maragogi no mês de novembro e foi tudo perfeito. Segundo o guia com o qual conversamos, o pior mês para visitar o balneário é agosto, quando não se tem uma boa visibilidade nas piscinas. De abril a setembro o volume de chuvas costuma ser bastante alto nessa região. Então, se não quiser ficar embaixo do guarda-chuva, é bom evitar essa época.

Em março também ainda é um pouco arriscado pegar dias com pouco sol, mas outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro são ótimos meses para curtir tudo que Maragogi tem de bom. Apenas não se esqueça da questão da lua! Se quiser visitar as galés, prefira as luas cheia e nova.

Agora que você já sabe de tudo, se joga nesse paraíso que é coisa de cinema.