Muito além de Machu Picchu: o que fazer em Cusco

Por: Márcio Diniz

O Peru é um dos destinos mais procurados da América Latina. E não poderia ser diferente: as ruínas de Machu Picchu, berço da civilização inca, é um dos lugares com atmosfera mais incrível do continente. Mas é preciso ter em mente que o país andino não se resume ao sítio arqueológico mais famoso do mundo.

Cusco reúne uma série de atrações que valem uma estadia um pouco maior. Pensando nisso, o Dubbi, rede social de viajantes, separou algumas dicas para curtir a cidade.

 
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Onde ficar

Cusco tem muitas opções de hostels, para dar conta da demanda de turistas que vão até Machu Picchu –somente em 2015 são esperados 2 milhões de turistas nas ruínas incas. Muita gente passa um dia na cidade peruana, adaptando-se ao soroche (leia mais abaixo). Os viajantes do Dubbi indicam o Loki Hostel (diárias a partir de R$ 30). É um hostel party (conceito de hostel que realiza festas), portanto, caso queira tranquilidade, procure um outro.

Um exemplo é o Hostal El Triunfo (a partir de R$ 100), localizado atrás da Plaza de Armas, classificado como ‘tranquilão’ pela viajante Yoonie, de Fortaleza. O Milhouse (a partir de R$ 40) é a indicação da Mariana Crescêncio, também de Fortaleza. “Bastante limpo, ótimos funcionários, e café da manhã simples, porém bom”, afirma.

Mas, se o viajante quer festa mesmo, além do Loki Hostel, o Wild Rover é outro cotado com as melhores festas de Cusco, até altas horas da madrugada.

Aula de bebida

O pisco é uma aguardente original do Peru, destilado da fermentação da uva. Possui um leve tom âmbar e sabor muito forte, com uma graduação alcoólica que varia entre 42ºC e 52ºC. No Museo Del Pisco (apesar do nome, é um bar) uma série de atividades permite ao visitante aprender a fabricar a própria bebida (mango sour, sandia sour, grape sour, maraca sour, chica sour).

Culinária

 
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O Peru ganhou recentemente, pelo quarto ano consecutivo, como o “melhor destino culinário do mundo”, o World Travel Awards, conhecido como “Oscar do turismo”. Na Plaza de Armas, no centro histórico da cidade, encontram-se dezenas de restaurantes que servem os melhores pratos típicos peruanos. Não deixe de provar o ceviche (peixe cru marinado em em suco de limão), o cuy (espécie de porquinho-da-índia assado), a carne de alpaca, o lomo saltado e a truta.

Sítios arqueológicos

As visitas aos sítios arqueológicos de Cusco é um dos pontos altos. Qorikancha, Sacsayhuaman, Q’enqo, Tambomachay e Pukapukara, são vários os locais para aprender mais sobre a história da civiização inca. O de Qorikancha foi o templo mais importante do império Inca. Dedicado ao Deus Sol, tinha paredes e muros cobertos de ouro. Com a chegada dos espanhóis, construiu-se uma igreja em cima do local.

Todas as agências de turismo fazem o roteiro dos sítios, e custa cerca de R$ 60. Dura aproximadamente cinco ou seis horas.

Artesanato


Mesmo quem nunca foi para o Peru, já deve ter encontrado diversos artesanatos peruanos em cidades brasileiras que a presença desse povo é bastante comum, como São Paulo. Ao longo da Calle Sol, o viajante vai encontrar vários mercados que vendem diversos tipos de artesanatos locais. Trata-se do Centro Artesanal de Cusco, um mercado coberto e repleto de barracas com os mais variados tipos de peças e artesanatos. Prefira comprar lá do que na Plaza de Armas, que são ligeiramente mais caros. E sempre negocie um preço menor, quase sempre os produtos saem mais baratos.

Mal de altitude

A 3.500 metros de altura, como é o caso de Cusco, o ar encontra-se rarefeito, ou seja, há menos oxigênio disponível para o pulmão. Por isso, os batimentos cardíacos aceleram, para fazer o corpo se habituar às novas condições. Os efeitos colaterais, em geral leves e breves, são: dor de cabeça, náuseas, vômitos, tontura, perda de apetite, insônia, falta de ar. Balas e chás de coca estão entre as medidas para amenizar o sofrimento. Evite grandes esforços no primeiro dia, para não piorar o quadro.

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