Museu Hergé, para entrar nas páginas das ‘Aventuras de Tintim’
“Na força de acreditar nos sonhos, o homem os transforma em realidade”, já dizia Hergé
Nesses dias de quarentena penso em morar no Museu Hergé e viver cada dia as aventuras de Tintim e seu inseparável amigo Capitão Haddock.
Às vezes é preciso recorrer à fantasia para dar conta do real, e as histórias em quadrinhos avivam fácil nosso imaginário. Clássico nesse tipo de literatura “As Aventuras de Tintim”, do cartunista belga Hergé, pseudômino de George Remi (1907-83) saborosamente alimentam o mundo onírico.
Para graduar-se nesse universo e sair com diploma de tintinólogo vale visitar o Museu Hergé, em Louvain-la-Neuve, menos de uma hora de trem de Bruxelas (Bélgica), que comemorou seu 10º aniversário, no último 22 de maio.
Mas, quem imagina um museu um tanto escuro e com pilhas de livros, gibis, se engana. O espaço tem que nos aventurar, certo? Para entrar de supetão nas páginas das aventuras de Tintim, ali não há nenhuma linha vertical, as paredes em cores vivas como amarelo, verde, azul, têm perspectivas futuristas, pontes e passarelas em ondas, e tudo iluminado pela luz natural que passa através de janelas no teto.
Os visitantes passeiam pelas histórias de Tintim que estão ali vivinhas da silva em mais de 80 pranchas originais, 800 fotografias, documentos e objetos pessoais, distribuídos no lúdico espaço que é assinado pelo arquiteto francês Christian Portzamparc, que também desenhou a Cidade da Música, no Rio de Janeiro.
O desenho acima alcançou a cifra recorde para uma ilustração de HQ. De acordo com a Artcurial, responsável pelo leilão, a “onda” sobre um dos mais queridos personagens de quadrinhos, o repórter Tintim e seu fiel escudeiro Milu, estava de volta com a reimpressão de toda sua obra.
Agora se você realmente se liga no Tintim, complete a viagem em Bruxelas. Na capital belga, o personagem está presente em livrarias especializadas, lojas que vendem estatuetas com os personagens Tintim, Capitão Haddock, Dupond e Dupont,o cientista Trifólio Girassol, o atiçado Milu, a réplicas do famoso foguete quadriculado em branco e vermelho.
E, mais: uma das suítes do Hotel Amigo, no centro histórico é decorada com quadros e objetos das “Aventuras”, além de grafites nas paredes de edifícios em ruas dessa capital.
“Na força de acreditar nos sonhos, o homem os transforma em realidade”, já dizia Hergé