Museu na Europa abriga o Alien original
Aberto há 22 anos, o museu fica no interior do Château St. Germain, um castelo de mais de 400 anos.
No último dia 6 de fevereiro, foram celebrados os 80 anos de nascimento de um dos artistas plásticos mais fascinantes (e perturbadores) das últimas décadas.
Provavelmente, o nome Hans Ruedi Giger lhe soe desconhecido. Mas esse artista de Chur, a cidade mais antiga da Suíça, ficou conhecido, mundialmente, pela criação dos efeitos visuais de um dos maiores clássicos da ficção científica: Alien.
Seus trabalhos de tons mórbidos e sombrios podem ser vistos no Museum HR Giger, localizado na pacata Gruyères.
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Aberto há 22 anos, o museu fica no interior do Château St. Germain, um castelo de mais de 400 anos. E nada ali dentro se parece com o cenário bucólico do lado de fora dessa pequena cidade medieval, a 147 km de Zurique.
O acervo do Museum HR Giger tem peças como pinturas e esculturas, feitas pelo artista desde os anos 60; e desenhos originais à mão feitos pelo próprio artista, na época das gravações dos filmes do Alien.
O museu abriga também a estatueta conquistada na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles, no Oscar de 1980, pelos efeitos visuais do primeiro filme da saga Alien, dirigido por Ridley Scott.
Sua arte de influências surrealistas impressionam, mas todo mundo parece mesmo estar ali para ver as diversas facetas de Alien, a criação mais popular de Giger.
O local guarda o boneco original do alienígena do planeta LV-426 que deu rumos inesperados à rotina da tripulação da nave Nostromo, no filme de estreia da franquia, em 1979, e ajuda fãs a entenderem o mecanismo por trás do monstro babante que aterrizou a tripulante Ellen Ripley (personagem vivido pela atriz Sigourney Weaver), em uma das cenas mais icônicas da saga.
A viagem pela impactante obra de Giger segue também nos desenhos originais que o artista fez para a versão Alien³, além de esculturas e quadros que fazem referências ao filme.
No entanto, o Museum HR Giger não é um museu dedicado, exclusivamente, ao Alien.
Os três andares de paredes escuras e chão coberto com hieróglifos em alto-relevo guardam cerca de 250 obras como esculturas, desenhos e pinturas monocromáticas em grande formato feitas com aerógrafo (técnica em que pinturas e gravuras são feitas com a pulverização da tinta por meio de compressores de ar).
No último andar, o visitante pode conhecer também sua coleção particular, como as do austríaco Ernst Fuchs, um de maiores influenciadores na obra de Giger, e do catalão Salvador Dalí.
Bar do Alien
Do outro lado da rua, a surrealidade segue no Museum HR Giger Bar, um bar/museu com decoração e projeto arquitetônico assinados pelo próprio H.R. Giger.
Inaugurado em 2003 após uma reforma de quatro anos, o bar possui interior em forma de caverna coberto por uma estrutura de arcos que lembram um esqueleto, e as mesas de vidro são rodeadas pelas famosas cadeiras Harkonnen, outro trabalho de Giger conhecido pelos encostos que imitam uma medula espinhal.
Para estimular as sensações no bar, o artista investiu também em móveis com materiais que fazem o cliente se sentir no interior de um ser vivo como o concreto polido que imita a suavidade de uma pele animal.
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Museum HR Giger
www.hrgigermuseum.com