Museus são atrativos para conhecer mais sobre Joinville

09/02/2017 16:04

Além da serra e do mar, Joinville é rica em história e cultura. Tanto visitantes, como o público local, têm oportunidade de conhecer nos museus da cidade as raízes europeias que colonizaram a região, diversas formas de arte e, até mesmo, a história de populações pré-coloniais que por aqui viveram há milhares de anos.

Fachada do Museu Nacional da Imigração e Colonização, no centro de Joinville
Fachada do Museu Nacional da Imigração e Colonização, no centro de Joinville

Além das diferentes temáticas, uma peculiaridade dos museus de Joinville é que a maioria das unidades conta, também, com amplos espaços ao ar livre onde os visitantes podem aproveitar o cenário para um bom bate-papo, para ler um livro ou, ainda, para fazer um piquenique.

Os museus administrados pela Prefeitura de Joinville são o Museu Nacional da Imigração e Colonização, Museu de Arte (MAJ), Museu Arqueológico de Sambaqui, Museu Casa Fritz Alt, Estação da Memória e Museu da Bicicleta (MuBi).

Interior do Instituto Juarez Machado, que reúne obras do multiartista joinvilense radicado em Paris
Interior do Instituto Juarez Machado, que reúne obras do multiartista joinvilense radicado em Paris

Todos os museus públicos de Joinville abrem de terça a domingo, das 10h às 16h e têm entrada gratuita.

Além dos museus públicos, o Instituto Internacional Juarez Machado, o Museu do Bombeiro e o Museu do Ferro de Passar também compõem o roteiro histórico e cultural de Joinville.

Conheça o que os museus de Joinville oferecem e programe o seu roteiro de visitas.

Museu Nacional da Imigração e Colonização

O casarão onde funciona o principal museu de Joinville foi construído na década de 1910 e se tornou sede da empresa contratada pela corte portuguesa para administrar a colônia. Além do charme da arquitetura neoclássica com traços góticos, a casa se torna ainda mais imponente tendo à sua frente a Rua das Palmeiras, alameda com árvores centenárias, construída com o objetivo de recepcionar a realeza de forma imperial.

No galpão de transportes estão expostas charretes que circularam pelas ruas de Joinville
No galpão de transportes estão expostas charretes que circularam pelas ruas de Joinville

O acervo do museu reúne móveis e utensílios originais da casa, porcelanas, quadros, fotografias, documentos, além de peças doadas por famílias de imigrantes e que retratam a vida e a história da Joinville colonial. Entre as curiosidades, está a xícara “bigodeira”, usada pelos homens da época que geralmente exibiam fartos bigodes e barbas.

Na área externa, o visitante encontra outros dois interessantes espaços. Um deles é a casa enxaimel, que foi originalmente construída em 1907 e transportada para o museu em 2008. O imóvel conta a história da técnica enxaimel e reproduz o estilo de moradia da época. Os cômodos e utensílios expostos na casa transportam o visitante ao passado.

E no galpão de transportes estão expostas charretes que circularam pelas ruas, com diferentes finalidades. A frota inclui carruagens fúnebres e de casamentos, de abastecimento, de entrega de pães e transporte de passageiros.

Museu de Arte de Joinville

 
 

A casa foi residência de Ottokar Doerffel –político atuante e criador do primeiro jornal de Joinville, na segunda metade do século 19– e transformada em museu há 40 anos.

Hoje, o Museu de Arte de Joinville recebe inúmeras exposições de arte contemporânea, em suas diversas linguagens: pinturas, esculturas, performances, intervenções, vídeos, lançamentos de livros, fotos, teatro, música, entre outros.

Além de conhecer a casa e as exposições, o belo e amplo jardim convida o visitante a desfrutar o espaço externo do local.

Também na área externa, dois galpões localizados na Cidadela Cultural Antarctica (localizada em frente ao museu), compõem o complexo do MAJ.

Museu Arqueológico de Sambaqui

Os fartos recursos de pesca oferecidos pela Baía da Babitonga e a biodiversidade dos manguezais, fez a região de Joinville o habitat perfeito para o povo sambaquiano, que viveu por aqui entre dois mil e seis mil anos atrás.

A riqueza deixada pelos sambaquianos tornou Joinville referência mundial em sítios arqueológicos. Todos os anos, professores e especialistas vêm à cidade para estudar e descobrir mais sobre essa sociedade que tinha como principal prática, construir enormes morros de conchas para sepultar seus mortos.

O Museu Arqueológico de Sambaqui possui em seu acervo cerca de 45 mil artefatos. No museu, o visitante aprende sobre a intrigante história do povo sambaquiano e conhece peças como ossos de crânios, da bacia e mandíbulas de indivíduos sambaquianos, pontas de flechas esculpidas em quartzo, zoólitos (animais esculpidos em pedras), utensílios e ferramentas confeccionadas e utilizadas nos sambaquis, fibras vegetais trançadas há cerca de 2 mil anos e, até mesmo, um busto que reproduz o homem sambaquiano.

Museu Casa Fritz Alt

Casa onde viveu o escultor alemão Fritz Alt virou museu em 1975
Casa onde viveu o escultor alemão Fritz Alt virou museu em 1975

O escultor alemão Fritz Alt chegou a Joinville em 1922 e sua obra continua presente em diversos pontos da cidade, como na Rua das Palmeiras, onde está o busto da princesa Dona Francisca, e na Praça da Bandeira, com o Monumento ao Imigrante.

Em 1975, a casa construída por Fritz Alt e onde ele morou por toda a vida com sua família, foi transformada em museu.

Além de conhecer diversas peças do artista, o visitante tem a oportunidade de contemplar a vista panorâmica da cidade e de interagir com a paisagem natural do morro da Boa Vista.

Periodicamente, o Museu Casa Fritz Alt realiza oficinas de arte abertas ao público.

Museu da Bicicleta de Joinville

Museu resgatada a história da bicicleta em várias partes do mundo como meio alternativo de transporte
Museu resgatada a história da bicicleta em várias partes do mundo como meio alternativo de transporte

Por muito tempo, as bicicletas foram o principal meio de transporte utilizados pelos habitantes de Joinville e concedeu ao município o título de “Cidade das Bicicletas”.

O Museu da Bicicleta de Joinville (MuBi) é o único do gênero em toda a América Latina, possui centenas de bicicletas, peças de coleção, miniaturas e objetos pitorescos relativos à bicicleta.

Estação da Memória

Fachada da antiga estação de trem de Joinville
Fachada da antiga estação de trem de Joinville

A antiga Estação Ferroviária de Joinville, construída em 1906, é um importante edifício ferroviário do Brasil e um marco no processo de formação e desenvolvimento do município.

Sua arquitetura e sua estreita ligação afetiva com a sociedade joinvilense a torna um bem cultural representativo da cultura local e um atrativo turístico.

O prédio da antiga estação ferroviária é tombado pelo Iphan e, atualmente, a Estação da Memória abriga a Coordenação de Patrimônio Cultural, área de lazer, cultura e educação, e conta a história da cidade, bem como a memória do trabalho em Joinville e região.

O roteiro completo de museus e outros atrativos da cidade pode ser conferido no “Guia Turístico de Joinville”.