O chamado ‘turismo de vacinação’ e suas polêmicas

É realmente possível viajar para outro país e se vacinar contra o covid-19?

Com a vacinação contra o covid-19 caminhando lentamente na maioria dos países do mundo, a América Latina segue o fluxo e também não tem data para terminar a imunização. Embora o Brasil se destaque no número de doses aplicadas diariamente, tem desempenho sofrível na porcentagem de cidadãos imunizados devido à grande população, à lentidão na distribuição e à escassez de vacinas.

O chamado ‘turismo de vacinação’ e suas polêmicas
Créditos: Pixabay
O chamado ‘turismo de vacinação’ e suas polêmicas

O polêmico “turismo de vacinação” começou a aparecer como opção em agências de viagens da Europa. Segundo o veículo de imprensa alemão Deutsche Welle, a agência de viagens norueguesa World Visitor, por exemplo, passou a oferecer pacotes a partir de 1.428 euros para Rússia e Turquia com “vacina incluída”. A opção na Turquia é se vacinar em um posto de saúde do aeroporto de Moscou, na conexão da viagem.

“No momento, com o descontrole da pandemia no Brasil e a variante nacional, muito mais transmissível, são poucos os países que têm as fronteiras abertas para os brasileiros”, aponta Luísa Dalcin, diretora de comunicação do buscador de voos Viajala.com.br. “Por isso, o movimento de tentar vacinação no exterior ainda não é tão forte aqui como em outros países latinos como México e Colômbia”, explica.

De qualquer forma, Luísa afirma que é muito complexo que uma agência de viagens garanta a vacinação do turista na venda de um pacote, e alerta: “se o turista optar por comprar algo assim, ele deve se certificar de que a agência tem respaldo para isso no país de destino, se há possibilidade legal de vacinação de estrangeiro não residente com visto de turista nesse local e como são distribuídas as vagas para essa vacinação”, avisa.

O polêmico “turismo de vacinação” começou a aparecer como opção em agências de viagens da Europa.
Créditos: Pixabay
O polêmico “turismo de vacinação” começou a aparecer como opção em agências de viagens da Europa.

Não há nada, por enquanto, que proíba expressamente esse tipo de prática, especialmente se o país de destino permitir a vacinação de estrangeiros e forem respeitadas as normas sanitárias e de prioridade de vacinação. Mas, no momento, não há registros oficiais de países que já declarem abertamente que estão recebendo estrangeiros para vacinação.


#DicaCatraca: sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel, respeitar o distanciamento social e sair de casa somente se necessário! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado?


“Em alguns países da América Latina, há um movimento de vacinação nos Estados Unidos – inclusive pessoas importantes, como apresentador mexicano e candidato à presidência do Peru, assumiram que se vacinaram em território americano”, conta a executiva do Viajala.

Isso acontece porque, em alguns estados americanos, não é exigido nenhum comprovante de residência ou cidadania. Porém, com a polêmica vacinação de estrangeiros, a fiscalização está mais apertada por lá.

Os países que têm planos oficiais para vacinar estrangeiros são Rússia, que promete liberar esse tipo de turismo a partir de julho, e Cuba, que depende das fases finais de testes da vacina cubana e ainda não tem previsão de data para disponibilizá-la. A Sérvia, que recebia cidadãos vizinhos de países como Albânia e Montenegro para vacinação, abandonou a prática na última semana alegando que deve focar primeiro na população local.

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