Chapada dos Guimarães: dicas para visitar o paraíso ecológico em MT
Dicas essenciais para explorar o Parque Nacional Chapada dos Guimarães e seus arredores
Localizada a 70 km da capital Cuiabá, a cidade de Chapada dos Guimarães é famosa por seus paredões de rocha, inúmeras cachoeiras, rios de águas cristalinas, cavernas, grutas e muito misticismo.
Para os amantes da natureza, a Chapada dos Guimarães é perfeita para o contato com os animais, avistamento de pássaros, banhos de cachoeira, trilhas ecológicas e mergulho em aquários naturais.
Outro atrativo que leva muitos viajantes à Chapada é o seu lado místico. Alguns fatores fizeram da cidade um dos pontos de atração de místicos do mundo todo.
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Um deles é o fato de a cidade estar bem no centro geodésico da América do Sul, além de ser cortada pelo Paralelo 15 sul, uma linha imaginária que passa por regiões que seriam beneficiadas energeticamente e, de onde nasceria, segundo as profecias do padre italiano Dom Bosco, a civilização perfeita.
O Paralelo 15 sul corta cidades de Porto Seguro, Brasília, Chapada dos Guimarães e o Lago Titicaca, no alto da Cordilheira dos Andes.
A cidade também abriga um Parque Nacional, que abriga grande parte das nascentes dos grandes rios brasileiros –Paraguai, Araguaia, Tocantins, Juruena-Tapajós e São Francisco.
Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
Com 32.630 hectares, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães protege amostras significativas dos ecossistemas locais e assegura a preservação dos recursos naturais e sítios arqueológicos.
No interior do parque nacional estão localizadas algumas nascentes de rios formadores do Pantanal, em especial os córregos e rios da bacia do rio Coxipó, que contribui para grande parte do abastecimento humano de água para a população de Cuiabá.
O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães abriga 659 espécies conhecidas de vegetais, 44 de peixes, 242 de aves e 76 de mamíferos. Além desta diversidade de espécies, o parque protege 10 tipos diferentes de vegetação do Cerrado e é um local onde há diferentes formações geológicas, incluindo áreas de origem desértica e marinhas. Por este motivo se diz que Chapada dos Guimarães já foi mar e deserto ao longo de milhões de anos.
O cartão-postal do parque nacional é a Cachoeira do Véu de Noiva, formada pelo rio Coxipó (neste local chamado de Coxipozinho ou Coxipó-Mirim). O Morro de São Jerônimo, as veredas do Rio Claro, a Cidade de Pedra e o Circuito das Cachoeiras são outros locais que merecem a visita.
O que fazer no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
Algumas atividades podem ser realizadas no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, como:
– Caminhadas de curta, média e longa distância
– Banho de cachoeiras e de rio
– Contemplação da natureza
– Ciclismo em áreas permitidas (somente nas estradas)
– Birdwatching (observação de aves)
– Observação de fauna silvestre
A entrada em todos os atrativos no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães é gratuita.
Para visitar alguns atrativos é necessário contratar um condutor de visitantes autorizado pelo Parque Nacional. O preço cobrado pelos profissionais (guias e condutores) é de interira responsabilidade dos mesmos e não inclui nenhum valor como entrada no parque nacional.
Confira aqui a lista de guias autorizados pelo parque nacional.
Atrativos da Chapada dos Guimarães
Uma das atrações mais procuradas do Parque Chapada dos Guimarães é o Mirante do Véu de Noiva, acessível por meio de uma trilha auto-guiada de 550 metros.
Outros atrativos são o Circuito das Cachoeiras, o Morro de São Jerônimo e o Rio Claro, que necessitam do acompanhamento de um guia ou monitor de turismo cadastrado para visitação.
Mirante da Cachoeira Véu de Noiva
Formada pelas águas do Córrego Coxipozinho, a cachoeira é cercada por paredão de arenito num vale em forma de ferradura. Nele podem ser encontrados ninhos de araras vermelhas, que voam pelo vale e emocionam os turistas.
O mirante da Cachoeira Véu de Noiva é acessado pela entrada principal do Parque (km 50 da MT-251). Do estacionamento até o mirante, o visitante segue por uma trilha rústica de aproximadamente 600 metros de extensão. Não é necessário acompanhamento de condutores.
Além dos trechos em declive, também a falta de sombra é a maior dificuldade do trajeto pois o trecho é a maior parte em área de campo aberto. O atrativo está aberto diariamente das 08h30h às 16h.
Cachoeira dos Namorados e Cachoeirinha
Os balneários da Cachoeira dos Namorados e Cachoeirinha são dois atrativos autoguidos. São duas cachoeiras próximas uma da outra, não é necessário condutor para acompanhar o visitante.
O acesso é feito pela portaria do Véu de Noiva, por uma trilha rústica de 1.300 metros. Na portaria, o visitante deve preencher um Termo de Conhecimento de Riscos. O retorno do visitante é pela mesma trilha de ida.
A Cachoeira dos Namorados é a primeira a que se tem acesso. Formada pelo córrego Piedade, o local possui um espaço ótimo para banho. Alimentos prontos podem ser levados ao local.
O balneário Cachoeirinha fica a 200 metros. É formado pelo rio Coxipozinho. O local é destinado a banho e piquenique. Porém, não há qualquer comércio no local, o visitante deve levar alimentos prontos. Lembre-se de não deixar nenhum um tipo de lixo nos atrativos. A entrada é permitida entre 8h30 e 12h e a saída até 16h.
Circuito das cachoeiras
O circuito é formado pelas águas do córrego Independência, que desce pelo cerrado formando cinco cachoeiras: Pulo, Degraus, Prainha, Andorinhas. Entre a cachoeira da Prainha e a das Andorinhas, há duas piscinas naturais. Nestas cachoeiras é permitido o banho.
As trilhas do circuito têm extensão de aproximadamente 6 quilômetros (ida e volta) e apresentam dificuldade moderada.
A caminhada leva em média 4 horas de duração e não há nenhum comércio nessa área. Por isso, o visitante deve levar água, lanche e demais itens recomendados para caminhadas em ambientes naturais.
O acesso é feito a partir de uma trilha que se inicia na portaria principal do parque nacional, localizada no Véu de Noiva. Ao chegar ao posto de informação e controle, os visitantes deverão ler e assinar os termos de conhecimento de risco.
Não é permitida a entrada com bebida alcóolica no atrativo, assim como equipamentos para preparo de comida no local (como churrasqueiras, fogareiros e outros), animais domésticos ou drones. Menores devem estar acompanhados de pais ou responsáveis legais.
A entrada é permitida entre 8h30 e 12h e a saída até 16h ou até o alcance do limite máximo diário de visitantes, que é de 150 pessoas.
Casa de Pedra
A Casa de Pedra é uma gruta de arenito esculpida pelo córrego Independência. Conta a história que este lugar serviu de abrigo aos homens da Coluna Prestes durante sua viagem pelos sertões do Brasil.
Também é dito que a Casa de Pedra já foi local de refúgio para escravos fugitivos. Hoje, a gruta é habitada por morcegos e pequenos animais que a usam como abrigo.
O atrativo já foi cenário de diversas produções televisas, como a abertura da novela “Fera Ferida” (1993). Possui vestígios de inscrições rupestres. Pode ser acessada por quem visita o Morro São Jerônimo.
A Casa de Pedra é um atrativo que pode ser visitado com o acompanhamento de um condutor. A partir de 2020 o acesso passou a ser feito pelos visitantes com agendamento para o Morro de São Jerônimo.
Morro de São Jerônimo
O Morro de São Jerônimo é um dos pontos mais altos do Parque Nacional, com mais de 800 metros de altitude. Para visitar este atrativo é necessário fazer uma caminhada longa, com duração de cinco a seis horas, em estrada, trilha com aclive e declive, além de uma pequena escalada.
A subida ao Morro, embora não seja tarefa fácil, se feita da forma correta e seguindo as orientações recebidas, não apresenta grandes riscos, mas exige um bom condicionamento físico do visitante.
A visita deve ser feita com um condutor autorizado pelo parque nacional, com agendamento prévio e a assinatura de Termo de Conhecimento de Risco por cada visitante. O limite de visitantes é de 36 por dia, sendo até seis visitantes por guia.
O agendamento deve ser feito por um condutor autorizado em sistema de agendamento de visitas do ICMBio.
Cidade de Pedra
O nome do atrativo vem das formações rochosas encontradas no local. Em uma curta caminhada de 500 metros, o visitante chega a mirantes existentes na beira dos paredões da Chapada dos Guimarães, onde podem contemplar uma visão magnífica do Vale do Rio Claro e morrarias num desnível de aproximadamente 350 metros.
Lá embaixo, vê-se o contraste entre as veredas e o cerrado, formando na paisagem o mapa do Brasil, além das nascentes do rio Claro.
É comum avistar bandos de araras vermelhas sobrevoando os paredões, e pegadas de anta e onça pelo caminho. Corujas buraqueiras, seriemas e emas frequentam o cerrado do planalto.
O acesso à Cidade de Pedra é feito, a partir da Chapada dos Guimarães, seguindo-se por 10 Km na MT-251 em direção à Cuiabá. O visitante deve, então, entrar à direita na rodovia MT-020, que leva ao Distrito de Água Fria, por aproximadamente 10 km.
Na sequência, o visitante deve entrar à esquerda e seguir por mais 8 km, até a placa de estacionamento do atrativo. Considerando as condições da estrada, é obrigatório o uso de veículo 4×4.
É obrigatória a visita com guia ou condutor cadastrado e autorizado pelo Parque Nacional. O número máximo de visitantes é de 120 por dia. Cada condutor pode acompanhar até seis visitantes neste atrativo.
Como chegar
A cidade de Chapada dos Guimarães está localizada a cerca de 70 km de Cuiabá (MT). Para chegar lá, a opção mais comum é alugar um carro no aeroporto da capital mato-grossense, o que oferece maior flexibilidade para explorar a região.
A viagem de carro pela Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), que margeia e corta o parque em grande extensão, leva aproximadamente 1h30min e é tranquila, com boas condições de estrada.
De Cuiabá até a entrada principal do parque são 50 km. Se o ponto de partida for a cidade de Chapada dos Guimarães, a entrada está a 11 km de distância.
Quem não quer alugar um carro, a opção é optar pelos serviços de transfers oferecidos por diversos receptivos em Cuiabá, como a Confiança Turismo.
Também é possível pegar um ônibus na rodoviária de Cuiabá para Chapada dos Guimarães. Há ônibus praticamente a cada 1 hora e trinta minutos, mas vale a pena confirmar os horários de saída e se o ônibus é direto (sem paradas no percurso) ou tem parada no Véu de Noiva (Parque Nacional).
Quando ir
O parque nacional pode ser visitado o ano todo. O período de dezembro a março tem maior incidência de chuvas. De julho a outubro é época de seca, com altas temperaturas e possibilidade de incêndios florestais.
O parque abre todos os dias (inclusive finais de semana e feriados). Mas é bom ficar atento, pois alguns são abertos de acordo com a capacidade e com a adequação das estruturas e do sistema de controle e monitoramento do parque.
Dicas úteis
- Roupas e calçados apropriados: Use roupas leves, tênis ou botas de trilha, e chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Protetor solar e repelente: Essenciais para se proteger durante as caminhadas;
- Guia turístico: Algumas atrações exigem a presença de um guia, então é recomendável contratar o serviço com antecedência.
Onde se hospedar
A Chapada dos Guimarães e região oferece diversas opções de hospedagem que atendem a diferentes gostos e orçamentos, desde pousadas aconchegantes até hotéis mais sofisticados, como o resort Malai Manso, que é all inclusive.