O que os incas e a indústria espacial têm em comum?
Para prover os astronautas de boa alimentação em suas longas viagens interplanetárias, os cientistas começaram a estudar novos tipos de alimentos
Quem respondeu o chuño, acertou.
Você sabe o que é o chuño? Até alguns dias atrás, eu não sabia. Mas, lendo sobre os novos programas espaciais americanos e europeus dei de cara com o chuño. Trata-se de um alimento à base de batatas pisadas, secadas a frio, que pode ser mantido por muito tempo sem perder seu valor nutritivo.
Para prover os astronautas de boa alimentação em suas longas viagens interplanetárias, os cientistas começaram a estudar novos tipos de alimentos, não sintéticos, que pudessem ser conservados por muito tempo. E aí um pesquisador estudando os incas que também empreendiam grandes viagens, daquelas que hoje teriam a mesma distância que separa Estocolmo de Cairo, viu que os incas já haviam encontrado a resposta.
E, qual seria? O de um alimento feito basicamente de batatas secas e congeladas. Os aldeões do altiplano da Bolívia, Equador e Peru ainda hoje o preparam à moda dos incas, usando os dias quentes e as noites gélidas de junho para congelar as batatas. Depois de amassá-las com os pés para retirar a pele e o líquido restante, a pasta pode ser armazenada e consumida até uma década depois.
Mas, e o gosto? Melhor não perguntar muito, pois o sabor, para os que experimentam pela primeira vez, remete ao de um giz ou isopor. E, o cheiro de meias sujas. Mas calma lá! Para sobreviver você encara, não? Contudo, o chuño ganha pontos ao ser parecido com trufas. Além do que pode-se fazer como os descendentes dos incas que o servem apimentado com aji, uma pimenta andina, ou ainda com mel.