O que você precisa saber pra mochilar pela Bolívia, Chile e Peru

10/04/2017 17:56 / Atualizado em 13/04/2017 12:12

Como eu percebi que mó galera tá planejando um roteiro de mochilão pela América Latina bem parecido com o meu, mas tem preguiça ou não tem tempo mesmo de ler todo relato de 25 capítulos (caprichei nos detalhes do diário de viagem. Você pode ler tim tim por tim tim se quiser. É só clicar aqui e acompanhar todos os perrengues e experiências maravilhosas que eu e meus amigos vivenciamos), decidi fazer um resumão da viagem num só capítulo. Uhuullll!

Preciso frisar que eu compilei todas essas informações numa planilha super detalhada que você pode baixar aqui, imprimir e levar pro seu mochilão feliz e contente! Eu mesma levei essa planilha pra minha viagem e me ajudou muito em termos de negociação de valores em hostels e passeios, já que fechamos tudo na hora!

Você precisa ficar flexível pra mudanças de planos e de ideias ou, é claro, para os temidos imprevistos! - LoloStock - Fotolia

A melhor forma de organizar o seu roteiro é desenhar e pesquisar! Não tô de sacanagem! Eu mesma fiz uns 10 ou 15 mapas de possíveis trajetos e para cada mapa eu pesquisava as passagens de deslocamento entre cada lugar. No final, eu tinha várias opções de trajetos com valores finais diferenciados.

Geralmente nessa parte de planejamento eu uso um caderno ou folhas de ofício, canetas coloridas para marcar os trajetos em cada país e abro vários sites diferentes de pesquisa de passagens. Os que eu recomendo fortemente por compilarem valores de várias companhias diferentes e ainda mostrarem um panorama geral são: Skyscanner e eDreams pra passagens aéreas e Rome2rio pra passagens de ônibus, barco entre outras. Óbvio que sempre rolam várias pesquisas intensas no Google também, mas isso geral já faz, né?

Quantos lugares incríveis a gente conheceu, quantos amigos maravilhosos a gente fez, quantas fotos maravilhosas nós tiramos e quantas memórias inesquecíveis nós guardamos!
Quantos lugares incríveis a gente conheceu, quantos amigos maravilhosos a gente fez, quantas fotos maravilhosas nós tiramos e quantas memórias inesquecíveis nós guardamos!

Dica: Por mais barato que você ache uma passagem num desses sites de busca generalizada que mostram os preços de várias empresas ao mesmo tempo, não é aconselhado comprar diretamente por eles porque rola uma comissão que é embutida no valor final. O que é recomendado fazer é achar nesses sites a companhia que oferece o melhor preço e depois ir direto no site da companhia. Tendeu?

Nesse roteiro específico de mochilão, vocês precisam se preocupar com uma coisa muito importante além do valor final da viagem: altitude!

Li dezenas de relatos onde as pessoas passavam muito mal por causa da altitude a acabavam perdendo um ou dois dias de cama. Por isso, decidimos começar por Santa Cruz de La Sierra, partindo para Sucre e logo depois para o Uyuni para irmos nos aclimatando com a mudança brusca de altitude.

O meu roteiro fez total sentido para mim porque além de ir me aclimatando com a altitude, ainda fizemos um roteiro em forma de ciclo o que nos fez seguir sempre em frente em vez de fazer o que algumas pessoas fazem que é ir e vir em zigue zague aleatoriamente.

Importante ter um seguro viagem que cubra pelo menos o básico numa viagem em caso de emergência

Então, fica a dica! Desenhe muito, pesquise e leia muito antes de comprar suas passagens!

Quando você finalmente encontrar o roteiro que quer fazer (dias em cada lugar e rota), pesquise os valores e a viabilidade dos transportes entre cidades (joga no Google mesmo que ele te dá opções de sites de companhias de ônibus que fazem o trajeto que você quer ou usa o aplicativo Rome2rio para ter uma noção de deslocamento e valores). Às vezes a gente cria uns roteiros na nossa cabeça, mas nem sempre eles são viáveis.

Uma vez que você tenha checado a viabilidade e os valores de todos os transportes da viagem pra saber se o planejamento está dentro do seu orçamento, você compra as passagens que precisam ser compradas com antecedência pra já garantir.

Depois que você resolver a parte dos transportes, pesquise os hostels que você quer ficar pra ter todos os endereços anotados, pra não ter que ficar que nem uma barata tonta durante a viagem indo de hostel em hostel aleatoriamente.

Quem é brasileiro não precisa de visto para entrar na Bolívia, Chile ou Peru

Depois de ver a questão dos transportes e hospedagem, você vai para parte dos passeios! Pesquise todos os passeios que você quer fazer nos lugares que você está pensando em ir e liste de forma que te facilite na hora de fechar eles durante a viagem! Eu curto muito planilha (já deu para perceber, né?), mas você pode fazer do jeito que quiser, o bom é anotar os passeios e os valores para ter uma noção na hora de barganhar desconto!

Depois de tudo organizado e planejado é hora de relaxar e contar os dias para viagem!

Vacinas

A vacina contra febre-amarela é obrigatória, por lei, para entrar na Bolívia e no Peru (apesar deles cagarem baldes para isso, ninguém pediu pra ver nosso cartão de vacinação).

Se você já tomou essa vacina nos últimos 10 anos, ela ainda é válida e você só precisa ir a um posto de saúde que emita o Certificado Internacional. Se não, você se informa dos horários do seu posto de saúde, toma a vacina na hora e pede o Certificado Internacional (verifique se o posto que você está indo emite o certificado. Eu fui em um que me deram a vacina e 5 minutos depois já me deram o certificado).

Essa vacina precisa ser tomada com pelo menos 10 dias de antecedência da sua viagem e você precisa ter o Certificado Internacional para viajar!

Visto

Quem é brasileiro não precisa de visto para entrar na Bolívia, Chile ou Peru. Por causa dos acordos divos do Mercosul ficamos isentos de visto para permanência de até 90 dias! Se você for ficar mais do que 90 dias num desses países é bom se informar melhor porque vai precisar de visto sim!

Clique aqui para conferir outras dicas.  Se mesmo assim der merda e você ficar perdido, me manda um direct no Instagram ou um e-mail ([email protected]) que eu te ajudo a entender a planilha.

Relato por Maryana Teles, do blog Vida Mochileira