Operadora promove jornada fotográfica no deserto mais árido do mundo
Auroraeco realiza jornada fotográfica no deserto chileno com mentoria do renomado fotógrafo brasileiro Bob Wolfenson
A Auroraeco, operadora brasileira especializada em turismo de experiência e aventura, anunciou a segunda edição das Jornadas Fotográficas, projeto que une viagem, cultura e fotografia. Após o sucesso da primeira edição realizada no Peru, a iniciativa retorna em novembro com destino ao deserto do Atacama, no Chile, considerado o mais árido do planeta.
A proposta da viagem vai além da captura de imagens. Com duração de seis dias, entre 15 e 20 de novembro, o roteiro inclui hospedagem no Our Habitas Atacama, em San Pedro, no norte do Chile, e oferece aos participantes uma imersão artística e cultural sob a orientação do fotógrafo Bob Wolfenson.
Reconhecido por seu trabalho em estúdios e na fotografia de moda, Wolfenson assume o papel de mentor, propondo reflexões sobre o olhar fotográfico e a relevância das imagens produzidas em viagens.
A experiência busca estimular a expressão autoral dos participantes, incentivando a produção de registros que escapem dos estereótipos visuais comumente associados a destinos turísticos. A ideia é transformar o deserto chileno em um laboratório criativo, onde o céu límpido e as paisagens singulares funcionam como cenário para a construção de narrativas visuais mais profundas.
Segundo Guilherme Padilha, sócio-fundador e CEO da Auroraeco, a jornada é voltada a fotógrafos de todos os níveis que desejam ampliar seu repertório e vivenciar uma experiência transformadora. “Trata-se de uma oportunidade imperdível para quem busca inspiração e crescimento”, afirma.
Mentoria e provocação artística com Bob Wolfenson
A presença de Bob Wolfenson como mentor é um dos principais atrativos da jornada. Com décadas de carreira e trabalhos publicados em veículos como Vogue, Trip e Folha de S.Paulo, o fotógrafo traz uma abordagem crítica à fotografia de viagem. Para ele, o desafio está em evitar repetições e clichês, propondo uma produção visual que dialogue com a autenticidade do lugar e com a subjetividade de cada participante.
“Como fazer algo relevante em meio a tantos clichês de fotos de viagem e, ainda por cima, convencer o grupo a realizar algo à altura?”, questiona Wolfenson. A proposta é se distanciar do que o artista chama de “macumba para turista”, expressão inspirada em Oswald de Andrade, e buscar registros que reflitam a vivência real no território chileno.
Durante os dias de expedição, os participantes terão acesso a sessões de mentoria, discussões sobre composição, luz e narrativa, além de momentos de troca coletiva. A ideia é que cada fotógrafo desenvolva um projeto pessoal, com curadoria e orientação de Wolfenson, a partir das experiências vividas no Atacama.
A iniciativa também prevê a produção de um portfólio coletivo, que poderá ser exibido em eventos futuros promovidos pela Auroraeco, ampliando a visibilidade dos trabalhos realizados durante a jornada.
Paisagens e cultura atacamenha como fonte de inspiração
O deserto do Atacama é conhecido por sua diversidade de paisagens e pelas condições ideais para observação astronômica. Durante a jornada, os fotógrafos terão acesso a cenários como o Vale do Arco-Íris, as salinas povoadas por flamingos e as formações rochosas que compõem a geografia única da região. A proposta é explorar esses ambientes com um olhar atento à composição e à narrativa visual.
Além dos aspectos naturais, a jornada inclui encontros com comunidades locais, promovendo o contato direto com a cultura atacamenha. Essa dimensão da viagem busca enriquecer o repertório dos participantes, oferecendo elementos humanos e históricos que podem ser incorporados às imagens produzidas.
A Auroraeco destaca que a experiência foi desenhada para proporcionar momentos de contemplação e descoberta, respeitando o ritmo do grupo e o tempo necessário para a criação artística. A logística da viagem foi pensada para garantir conforto e segurança, sem comprometer a liberdade criativa dos participantes.rismo de experiência e valorização da expressão autoral
Com 26 anos de atuação, a Auroraeco tem se consolidado como referência em turismo de experiência na América Latina. A operadora aposta em roteiros que combinam natureza, cultura e desenvolvimento pessoal, com foco em públicos que buscam mais do que deslocamentos geográficos.
As Jornadas Fotográficas fazem parte dessa estratégia e representam uma aposta na valorização da expressão autoral como ferramenta de conexão com o território. A primeira edição, realizada no Valle Sagrado, no Peru, contou com a participação de fotógrafos brasileiros e estrangeiros e teve repercussão positiva entre os envolvidos.
Para a edição no Atacama, a expectativa é repetir o êxito e ampliar o alcance do projeto. A Auroraeco informa que as vagas são limitadas e que o processo de inscrição já está aberto. Interessados devem entrar em contato diretamente com a operadora para obter informações detalhadas sobre valores, requisitos e programação.
A iniciativa reforça a tendência de experiências turísticas que priorizam o conteúdo e a vivência, em detrimento do consumo rápido de destinos. Ao unir fotografia, cultura e paisagem, a jornada no Atacama propõe uma forma mais consciente e sensível de viajar.