Templo com milhares de ratos espalhados, macacos assaltantes e locais sagrados que inspiraram as posições sexuais do Kama Sutra. A Índia pode ser muito mais do que uma visita ao Taj Mahal ou passeios nas costas de um elefante.

Por isso, o Dubbi, site brasileiro colaborativo de dicas de viagem, selecionou cinco lugares exóticos para quem quer fugir do óbvio em uma visita à Índia.

Milhares de ratos

De todos os lugares da Índia, o templo da deusa Karni Mata, no Rajastão, é o mais surreal. Por lá, andam livremente milhares de ratos, em meio a hindus, turistas e um cheiro insuportável de urina e fezes –isso sem falar nos cadáveres dos roedores que acabam morrendo. Assim como em todos os locais sagrados do país, só é possível entrar descalço no lugar.

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A infestação começou, muito provavelmente, porque os fiéis oferecem leite, água e milho como oferenda à deusa, o que acabou atraindo os primeiros ratos. Para os indianos, os roedores dão proteção ao prédio e, por isso dedetizadores e ratoeiras são proibidos.

Sexo por todas as partes

Melhores que muitos sites pornográficos, os templos de Khajuraho, no sudoeste de Deli, têm esculturas de órgãos sexuais e representações de cenas de sexo por todos os lados. Algumas posições são tão inusitadas que fica difícil de acreditar que elas são possíveis de serem reproduzidas na vida real.

A sacanagem de Khajuraho inspirou o Kama Sutra, texto indiano considerado a bíblia das posições sexuais. Na região, são 25 templos, sendo que o mais notável deles é o Kandariya Mahadev, com as famosas cenas eróticas.

Mãos ao alto!

Se no Brasil nunca é demais ter o olho aberto para possíveis assalto, no templo jainista (uma das dezenas de religiões da Índia) de Ranakpur, no Rajastão, os trombadinhas são os macacos do lugar. Em grande quantidade, esses animais podem até parecer bonitinhos à primeira vista, mas sempre prontos para roubar algo de visitantes desatentos a seus pertences.

Mas a visita vale a pena. O templo impressiona pelo tamanho, beleza e arquitetura. Com o interior todo esculpido em mármore, e dezenas de esculturas de elefantes e outros animais, é uma das mais belas construções jainistas.

Om e sua moto

A Índia tem tantos deuses que fica é impossível saber quantos são. Um deles é representado por uma moto. Isso mesmo.

Tudo começou quando o jovem Om Banna realizou dois sonhos: casou-se e comprou uma motocicleta. Mas a alegria não durou muito, e ele acabou morrendo em um acidente de trânsito. Após a tragédia, a polícia levou o veículo para a delegacia, mas, no dia seguinte, ele teria desaparecido. Só teria sido encontrado onde Om tinha morrido. Pensando ser uma pegadinha, os policiais esvaziaram o tanque e acorrentaram a motocicleta no posto policial. Advinha? Ela teria voltado novamente ao local do acidente. Isso aconteceu diversas vezes, até que decidiram deixá-la por lá mesmo. Começava a lenda.

Moradores da região passaram a venerar Om e sua moto com oferendas, buzinadas e músicas, pedindo proteção. A motocicleta pode ser vista em um templo improvisado à beira da estrada, próximo à cidade de Jodhpur.

Varanasi

Quando o papo é sobre bizarrices da Índia, Varanassi é parada obrigatória. Considerada uma das cidade mais sagradas do país e venerada por hindus e budistas, ela fica às margens do rio Ganges. E é lá que acontece um pouco de tudo: pessoas tomam banho, lavam roupa, escovam os dentes e jogam os mortos na água. Tudo ao mesmo tempo, principalmente nos “ghats”, grandes escadarias de pedras que abrigam também rituais de adoração e cremação.