Os cinco golpes mais comuns no Marrocos; saiba como evitá-los

Por: Catraca Livre

Uma vez me disseram: “antes de você ir ao Marrocos, precisa se perguntar se sua cabeça é realmente aberta”. Depois que passei um mês no país, posso afirmar que a pergunta certa seria “o quão disposto você está a cair em golpes?”.

Não me levem a mal. O marroquino é um dos povos mais simpáticos e hospitaleiros que você vai conhecer, contanto que não esteja querendo seu dinheiro de turista. Eu não tenho dúvidas em recomendar as pessoas irem para lá, porém, tenham uma coisa em mente: vão tentar te passar a perna.

 

Eu sei que essa imagem incomoda também os próprios marroquinos. Me lembro que quando estávamos em Chefchaouen, um local nos disse “ah, vocês pretendem ir para Arnakesh?”, em referência a Marrakesh (Arnaque, em francês significa golpe).

Você deve estar pensando “ah, mas eu sou malandrão, sou do Rio (SP, BH, POA, ou qualquer outra grande capital). Não vou cair nesses golpes”. Reveja seus conceitos, amigo.

Decidi fazer esse post para você, mesmo que seja um viajante experiente, não caia nos principais golpes do país.

Golpes

O falso amigo

“Hey my friend, where you from”, “Amigo, amigo, que tal?”. Sempre, em qualquer rua de qualquer Medina do Marrocos, você vai ouvir isso. Além da morte, é a única certeza da vida. E no começo você vai achar legal, que o cara está sendo simpático e tal. Isso é um golpe.

 

O que eu acho mais impressionante é que eles falam umas 5 línguas, além do árabe. Todo esse esforço exclusivamente para te passar a perna. Eles primeiro te perguntam de onde você é, depois falam que tem um irmão/irmã morando lá. Aí te convidam para conhecer um restaurante, uma tapeçaria ou qualquer outro estabelecimento em que eles possam ganhar uma comissão.

Até aí tudo bem, mas quando ouve um “não”, ficam agressivos e, em alguns casos até te xingam. Eu digo isso porque aconteceu comigo em Fez algumas vezes. Eu fui tentei visitar uma das principais tinturarias do país e o dono do estabelecimento tentou vender alguns produtos “de qualidade top”. Quando viu que não ia comprar, ofendeu a mim e minha namorada. Esse é o golpe mais comum.

 

Como evitar: Quando te abordarem na rua, ignore. Diga “no, thanks” e ande. Ou, se quiser ser mais simpático, “chukran” (obrigado em árabe). Se você é um cara mais na esportiva, eu desenvolvi um sistema de “golpe reverso”. Quando eles me abordam, eu pergunto de que cidade do Marrocos eles são, falo que tenho uma irmã morando lá, cito algumas frases do Clone como “inshalá ou salamu aleikum” e pergunto se ele quer comprar algum item que já está pesado na mochila e não vou usar mais. Eles ficam surpresos/incomodados e te deixam em paz.

O falso guia

Mais ou menos na mesma pegada do falso amigo, o falso guia tem a proposta de te levar para seu hostel . Geralmente são crianças ou adolescentes. Tudo começa com um “posso te ajudar, está perdido?. Depois ele te guia pela Medina, puxa assunto, fala que ama o seu país, etc. Quando você chega ao hostel, ele te COBRA POR UM SERVIÇO QUE VOCÊ NÃO PEDIU.

 

Como evitar: Confesso que em algumas medinas, com em Marrakesh, as ruas são estreitas e tudo parece um labirinto. Além de dizer não para esse molecada, recomendo baixar um mapa ou ter as direções abertos no Google Maps. Um mapa que eu uso, mesmo sempre travando, é o City Maps2go. Apesar de travar demais, ele quebra um galho por ser off-line.

Confira os outros golpes no post completo aqui.