Ouro Preto: muito além das igrejas históricas

27/04/2016 09:28 / Atualizado em 07/05/2020 03:01

Museus e igrejas são a base do turismo de Ouro Preto e das cidades históricas de Minas Gerais. Igreja São Francisco de Assis, Igreja Santa Efigênia, Museu do Oratório, Matriz Nossa Senhora do Pilar têm obras de Aleijadinho, Ataíde e muitos outros grandes nomes da arte sacra brasileira. Mas Ouro Preto possui uma vida que vai além desse roteiro histórico.

É mostrar essas atrações alternativas que o Dubbi, plataforma colaborativa de viajantes, se propõe nesse texto.

Quanto tempo ficar

Pelo menos três dias para pode dizer que conheceu bem Ouro Preto. “Não é uma cidade muito grande, mas tem muito o que se fazer nela”, diz o escritor Fernando Palacios, que passou dois meses na cidade por causa de seu próximo livro de ficção, ambientado lá. “O brasileiro quando viaja para as cidades históricas, viaja de um jeito meio apressado. Uma só tarde é impossível para dizer que conheceu”, diz.

As ladeiras

Ao visitar Ouro Preto esteja preparado para as inúmeras (e íngremes) ladeiras. Todo viajante que já foi aconselha levar um sapato adequado para caminhadas. “Só a ambição humana pela busca do ouro justifica fazer um assentamento numa região como Ouro Preto”, conta o escritor Fernando Palacios, que, em dois meses na cidade, gastou muita sola de sapato.

Vista panorâmica de Ouro Preto[/img]

Maria Fumaça

Ir para as cidades históricas de Minas Gerais e não fazer um passeio de Maria Fumaça é como ir para Roma e não ver o papa. São duas as mais famosas: a de São João del Rei até Tiradentes e a de Ouro Preto até Mariana. Nessa última, o trajeto leva cerca de uma hora e custa R$ 56 ida e volta. Saídas de Ouro Preto acontecem sextas e sábados, às 10h e 14h30 e domingos às 10h e 16h. A vegetação que acompanha o trajeto é um atrativo à parte, com serras, minas e cachoeiras.

Minas

Minas Gerais não tem esse nome à toa. O estado guarda dezenas de minas, boa parte delas de ouro, que ajudou a alavancar a economia na era da mineração, nos séculos 18 e 19. A Mina do Jeje, entre Ouro Preto e Mariana, é uma das mais visitadas. São 160 metros em meio a túneis, escadarias e rampas, em espaços apertados que trazem à mente as condições desumanas dos escravos africanos que trabalhavam nesses lugares e por conta disso tinham a expectativa de vida diminuída.

A Mina do Chico Rei e a Mina do Veloso são outras que valem a pena encaixar no roteiro se sobrar tempo.

Não é só Ouro Preto

Embora muitas das atrações estejam em Ouro Preto, é preciso lembrar que a cidade não se concentra só ali: ao todo são 13 distritos. A viajante Carolina Araújo indica Santo Antonio do Salto e Lavras Novas, ricas em beleza natural, especialmente belas cachoeiras. Passeios diários para os distritos duram o dia inteiro e custam cerca de R$ 70. São Bartolomeu e Santo Antonio do Leite também valem a visita.

Onde ficar

A viajante Ana Paula Vasques, de São Roque, recomenda o Brumas Hostel, ao lado do Museu da Inconfidência (r. Antônio Pereira, 43). “Tem quarto para casal, é bem mais barato do que uma pousada e está bem localizado. O café da manhã é simples, mas não falta o delicioso pão de queijo”, diz. Na alta temporada, reserve-o com antecedência.