Paranaense vai de Ushuaia até ao Alaska de moto
Foram 18 países, mais de 90 mil quilômetros rodados e inúmeras histórias para contar. Tudo isso sobre duas rodas. Estes números definem um pouco da segunda aventura que o paranaense Mauro Coutinho Damasceno, 55 anos, viveu durante quase dois anos junto com a sua moto na Expedição Continente Americano, que começou em 2015 e foi de um extremo a outro –de Ushuaia ao Alaska.
A ideia inicial era viajar sozinho, mas no meio do planejamento e percurso, Mauro fez muitas amizades e, assim, teve companhia durante toda a viagem.
O motociclista é um exemplo para quem pensa em se aventurar sobre duas rodas em viagens de longas distâncias. Ele conta que para seguir sem ter grandes imprevistos e problemas, planejou a expedição durante meses, comprou uma moto nova e, é claro, guardou dinheiro e buscou patrocínios.
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“Foi a grande viagem da minha vida, a que ninguém poderia ter feito por mim. Tudo o que eu havia visto até então desde a minha infância até agora, pela televisão, cinema ou revistas, eu pude ver pessoalmente nessa viagem. Basta ter coragem, determinação e planejamento”, explica.
Os cuidados com a companheira de viagem foram essenciais para o êxito da expedição. Ao todo, foram dez revisões completas, dez trocas de óleo e aproximadamente sete mil litros de gasolina.
Mauro reforça que quando se faz uma viagem como essa, de longa distância, algum contratempo aparece no meio do caminho, como por exemplo, tombos, chuva, neve, frio, calor, mas aí é preciso saber se adaptar. Para ele, o maior problema foi em relação à tentativa de assalto, que ocorreu por duas vezes, uma no Brasil, quando saía da cidade de Pelotas (RS), e outra em Sucre, na Bolívia.
“Fui perseguido por dois motociclistas em uma tentativa de assalto a mão armada, mas consegui despistar e fugir pelas ruas da cidade”.
Por isso, se você quer viajar de moto para longas distâncias, precisa ter um planejamento detalhado, cuidado e determinação. Mauro já tinha realizado a Expedição Primavera, em 2009, onde viajou pelo Brasil, indo do Oiapoque ao Chuí, e visitando todas as capitais brasileiras. Foram 118 dias e 30 mil quilômetros rodados.
“É preciso estar atento a tudo, se organizar e estar preparado para imprevistos, usar equipamentos de segurança, cuidar da manutenção da moto e de você. Depois disso, é só colocar o pé na estrada e deixar fluir o seu espírito aventureiro”, diz.