Polo de Ecoturismo em São Paulo surpreende os visitantes
Conhece o Polo de Ecoturismo de São Paulo? Que tal um passeio de barco? Ou visitar a maior reserva ecológica de Mata Atlântica sem sair do município?
Segundo o MTur (Ministério do Turismo), que descreveu as tendências do turismo em 2024, “a conscientização ambiental e o desejo de minimizar impactos negativos no meio ambiente têm fortalecido a priorização de viagens ecológicas”.
E o Polo de Ecoturismo de São Paulo vem justamente de encontro a essa demanda dos viajantes: de conhecer, educar e preservar ao mesmo tempo. Ele corresponde a 28% do território do município de São Paulo e inclui roteiros turísticos por Parelheiros, Marsilac e Ilha do Bororé.
Eu fiz o circuito de Parelheiros através do programa “Vai de Roteiro” criado pela Secretaria Municipal de Turismo de São Paulo, que leva o visitante para os passeios, sempre com um roteiro diferente a cada sábado e domingo.
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É gratuito e inclui transfer de ida e volta, seguro e guias especializados que sabem tudo sobre a região, deixando o tour ainda mais legal e divertido! É cobrado apenas a entrada nas atrações e/ou refeições. Os ingressos devem ser retirados no site do Sympla.
O dia começou com uma travessia de barco pela represa de Guarapiranga, que é uma fonte de abastecimento de água de São Paulo, mas também abriga atividades náuticas e esportes aquáticos.
Passamos por lugares que jamais pensei que existisse, como a Ilha dos Eucaliptos, considerada a maior ilha de São Paulo (e eu que nem sabia que São Paulo tinha uma ilha!), um verdadeiro refúgio para as aves e animais que ali habitam.
Quem faz essa travessia de barco é a empresa Vivant SP, que também organiza diversas experiências a bordo na represa.
Também visitei o Parque Natural Municipal Jaceguava, que oferece trilhas auto guiadas com nível fácil e médio, passando por dois biomas: o Cerrado e a Mata Atlântica. Lá é proibida a entrada de pets devido à presença de animais silvestres. Bugios e bichos preguiça costumam dar as caras pelo parque!
O parque, com 420 hectares, foi construído em uma área doada pelo governo de SP como forma de compensação ambiental pela construção do trecho sul do Rodoanel. Um parque natural tem como propósito a preservação da natureza e proteção de ecossistema, vida selvagem e paisagens naturais.
O sítio Planta Feliz foi outra grande surpresa deste roteiro, apresentando aos paulistanos a técnica de compostagem de resíduos orgânicos – desde o resto de comida da nossa casa até virar adubo e voltar para a terra, completando o ciclo do alimento sem qualquer intervenção química.
A Planta Feliz atende desde residências até grandes geradores, como empresas e restaurantes. Além de realizarem a coleta pelos bairros da cidade e depois a compostagem no sítio em Parelheiros, eles também vendem os adubos orgânicos produzidos ali.
Em meio à Mata Atlântica, Parelheiros nos reserva atividades culturais, como a Casa da Girafa, uma “casa ateliê” construída pelas mãos do artista plástico Luiz Cardoso. Com sua casa aberta a visitações, ele revela todos os detalhes do local, que levou sete anos para ser concluído e leva tantos curiosos de plantão atrás de inspirações e muita criatividade.
O Centro Paulus pode ser considerado um refúgio em meio a natureza, que une arte e contemplação. Reúne hotel, galeria de arte com obras de artistas brasileiros e ainda um centro de treinamento que recebe cursos de diferentes temas – geralmente reservado por empresas que buscam um local diferenciado para levar seus colaboradores.
Conhecer essa parte de São Paulo foi riquíssimo para abrir o olhar para o lugar que moramos. Uma das frases que mais me marcou durante esse passeio veio de um dos guias que nos acompanhou: “São Paulo não termina no autódromo de Interlagos”.
O quanto você conhece de São Paulo?