Pontos remotos do Brasil são declarados unidades de conservação

Em parceria com Viagem em Pauta
26/03/2018 15:12 / Atualizado em 05/05/2020 10:06

Eles ficam a mais de mil quilômetros da costa brasileira e não têm acesso permitido para turistas. Ainda assim essa deveria ser considerada a melhor notícia desse incerto e caótico 2018.

São Pedro e São Paulo, considerado o menor e mais isolado arquipélago tropical do planeta, segundo o ICMBio, e o arquipélago de Trindade e Martim Vaz, a pouco mais de a mil quilômetros da costa de Vitória, foram declarados unidades de conservação federais marinhas.

Vista aérea da ilha de Trindade
Vista aérea da ilha de Trindade

O decreto foi assinado por Michel Temer, no último dia 19 de março, dando origem a duas APAs (Área de Proteção Ambiental) de mais de 90 milhões de hectares.

Em nota, o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), que gerenciará as novas áreas protegidas, afirmou que, com a medida, o Brasil passa de 1,5% de áreas marinhas protegidas para 25%.

Com a proteção, todas as ilhas oceânicas brasileiras, incluindo Fernando de Noronha e o Atol das Rocas, passam a ser unidades de conservação.

Arquipélago de São Pedro e São Paulo
Arquipélago de São Pedro e São Paulo

“O ano de 2018 já pode ser considerado histórico para o ICMBio com a criação hoje destas quatro unidades. Proteger essas áreas marinhas é conservar a natureza, as espécies e também ordenar o uso dessas áreas”, declarou, em nota, Ricardo Soavinsk, presidente do ICMBio.

O Arquipélago de São Pedro e São Paulo tem formação geológica única no mundo e seu isolamento geográfico garante a concentração de espécies endêmicas.