Pontos turísticos do Paraná guardam história da imigração holandesa
Entre as atrações da região dos Campos Gerais está o maior museu histórico em área aberta do Brasil
No início do século 20, famílias de pecuaristas e agricultores holandeses se estabeleceram na região dos Campos Gerais, no Paraná.
A cultura da pecuária leiteira veio na bagagem, e assim se formou a comunidade de Carambeí, atraindo outros grupos holandeses para a região após a 2ª Guerra, formando as colônias de Castrolanda e Arapoti.
As três colônias holandesas cresceram na produção agropecuária em forma de cooperativas, denominadas atualmente Frísia, Castrolanda e Capal. Da união destas grandes cooperativas, nasce a holding Unium.
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Hoje, os lugares que serviram de moradia e trabalho para esses imigrantes são pontos de turismo histórico no Paraná.
Para Koob Petter, presidente da ACBH (Associação Cultural Brasil – Holanda), esses pontos turísticos são culturalmente ricos. “Não se apaga a memória, mas é preciso preservá-la para que seja passada de geração para geração. Manter uma estrutura original e promover visitações é uma forma de enaltecer nossa cultura”, comenta.
Confira abaixo alguns desses pontos conhecidos na região:
Parque Histórico de Carambeí
Parque Histórico de Carambeí é um complexo museal de caráter sociocultural e educativo que visa resgatar, preservar e difundir a história e memória de Carambeí, as experiências que moldaram a cidade e sua gente. É o maior museu histórico a céu aberto do Brasil em um terreno de 100 mil metros quadrados, utilizado como referência em produção cultural.
É responsável por promover o estilo de vida holandês com o compromisso da preservação da memória do imigrante que se estabeleceu na antiga colônia. Preza pelas manifestações históricas e culturais representadas em seu patrimônio material e imaterial, ambos presentes em espaços com reproduções arquitetônicas da vida do colono no início do século 20.
Onde: Av. dos Pioneiros, 4.050, Carambeí (PR)
Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)
Centro Cultural Castrolanda
O Centro Cultural Castrolanda reúne os espaços de cultura e memória da comunidade, como o Memorial da Imigração Holandesa inaugurado em 2001 e o Museu Histórico de Castrolanda inaugurado em 2016.
Localizado dentro do Memorial de Imigração Holandesa, o Moinho de Vento “De Immigrant” (ou O Imigrante, em português) é uma réplica em tamanho original do moinho Woldzigt, localizado no norte da Holanda. A atração tem 37 metros de altura e asas com envergadura de 26 metros –de uma ponta a outra.
O moinho é considerado um dos maiores do mundo e foi projetado e construído pelo arquiteto holandês Jan Heijdra, especialista em moinhos de vento. Além disso, toda a estrutura de madeira foi feita sem o uso de pregos.
Já o Museu Histórico de Castrolanda, construído para representar as casas de fazenda típicas do norte holandês, em que a residência é unida ao estábulo, conta com um acervo de móveis e objetos que foram doados pelas famílias dos pioneiros. O espaço do estábulo que originalmente era usado para animais, depósito e maquinários, hoje é utilizado para exposições que contam a história da imigração.
Onde: Rua do Moinho, 244, Castrolanda
Quanto: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia-entrada)
Museu do Imigrante Holandês
Localizada em Arapoti (PR), a estrutura onde hoje fica o Museu do Imigrante Holandês foi inaugurada em 1963 pela Cooperativa Central de Laticínios, e funcionou como estação de recebimento de leite e produção de manteiga até 1979.
Em 2005, a sede foi comprada pela comunidade Colônia Holandesa e transformada em museu. O ambiente é decorado com móveis como os trazidos pelos holandeses na época, reproduzindo o estilo de vida. Além disso, conta também com maquinário, utensílios e ferramentas agrícolas originais.
Onde: Rua Geert Leffers, s/n, Arapoti
Quanto: R$ 5