Prédios históricos e fazendas de café são atração em São Carlos

Com orçamento apertado, mas querendo viajar no feriado de Carnaval? Que tal conhecer São Carlos, no interior de SP?

Assim como muitas cidades do interior paulista, São Carlos tem um Carnaval mais tradicional com bailes em clubes, desfile de blocos e bandas embalados pelas antigas marchinhas.

Por ser uma cidade universitária –além da UFSCar, USP, Unesp têm campus em São Carlos–, a folia está garantida.

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Conhecida como a “capital da tecnologia”, a cidade também abriga patrimônios históricos muito bem conservados e fazendas de café, que abrem as portas aos visitantes.

Atrações ideais para quem curte um passeio mais contemplativo.

Patrimônios históricos

Entre as dezenas de prédios históricos de São Carlos, destacam-se o palacete Conde do Pinhal, Edifício Euclides da Cunha e antiga Estação Ferroviária, ambos tombados pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo).

Atual sede da secretaria municipal de Educação, o palacete foi construído em 1893 para ser a residência de um dos fundadores da cidade, o Conde do Pinhal.

Em estilo eclético, o imóvel foi projetado e construído pelo arquiteto italiano David Pietro Cassinelli. Era um dos mais luxuosos da cidade à época.

Pietro Cassinelli também foi responsável por outras obras importantes da cidade como o palacete Bento Carlos, o Teatro São José e a sede da Fazenda Santa Maria.

Prestes a completar 119 anos, o edifício Euclides da Cunha, sede da Câmara Municipal, é outra atração histórica de São Carlos.

Construído em estilo eclético francês pelo arquiteto franco Victor Dubugra, o prédio foi concebido para abrigar o Fórum e a Cadeia Pública.

Outro lugar que merece uma parada é Estação Cultura, que funciona onde antes era antiga estação ferroviária. Hoje o local abriga o Museu São Carlos, o Arquivo Histórico e Público da cidade e o espaço cultural que oferece uma extensa programação de mostras e exposições.

Fazendas de café

A região de São Carlos abriga diversas fazendas cafeeiras. Algumas oferecem aos visitantes um mergulho nos tempos áureos do café.

Muitas delas ainda mantêm a arquitetura original e conservam suas características como as rodas d’água que geravam energia que alimentava a máquina de beneficiamento do café.

Uma das fazendas que abrem as portas aos visitantes é a Santa Maria do Monjolinho. Parte do antigo casarão foi transformado em museu. É possível ver objetos, livros, fotografias e louças da época.

Um dos objetos raros ali exposto é um exemplar do jornal publicado no dia da abolição. A fazenda ainda abriga uma estação de trem, que teve parte transformada em restaurante.

Outra fazenda que recebe visitantes é Pinhal, que abriga centenas de espécies de árvores e animais silvestres. A propriedade é testemunho das mudanças da arquitetura rural paulista ao longo dos séculos 19 e 20.

Rota de peregrinos

Nos últimos anos São Carlos também se transformou em destino de peregrinos. Isto graças a uma das ramificações do Caminho da Fé, trajeto inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha.

Os romeiros partem da Catedral, passam pelo Santuário Nossa Senhora da Babilônia e seguem para as cidades de Tambaú, Casa Branca, Andradas e Campos do Jordão, chegando até ao Santuário de Nossa Senhora de Aparecida.

A viagem pode variar de 17 a 20 dias (caminhada), e de sete a dez dias (bicicleta).

Como chegar

Para quem sai de São Paulo, a principal via de acesso é a rodovia Washington Luís (SP-310). Para quem vai de ônibus, a ClickBus tem a rota partindo do Terminal Rodoviário Tietê com destino a São Carlos.

Para não cair em roubada, consulte se os prestadores de serviços turísticos são cadastrados pelo Ministério do Turismo