Projeto leva turistas para conhecer a Amazônia sem maquiagem
Turismo comunitário em território indígena
Dormir em rede, tomar banho de rio, participar de rituais e preparar a farinha. É assim, com atividades que fazem parte do dia a dia dos indígenas, que o projeto Serras Guerreiras de Tapuruquara leva turistas para conhecer a Amazônia –mais especificamente, as terras indígenas médio Rio Negro I e Médio Rio Negro II, entre os municípios de Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas.
Criado a partir do interesse de cinco comunidades em desenvolver um turismo que valoriza sua cultura, gera renda e o engajamento dos jovens, o projeto organiza viagens experimentais com roteiros desenvolvidos e guiados pelos próprios moradores.
As chamadas expedições são uma importante etapa para avaliar e melhor estruturar o turismo de base comunitária, uma alternativa para o desenvolvimento sustentável da região.
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Neste ano, são cinco datas disponíveis, entre os meses de setembro e novembro. Há três opções do roteiro Iwitera, com um perfil mais aventureiro (13/09, 18/10 e 29/11), e duas opções do Maniaka, com pegada mais cultural (22/09 e 15/11).
Todos partem de Manaus e incluem transporte a partir de lá, alimentação e as atividades previstas nas programações. Cada data tem um limite de 11 participantes –para conferir os valores e garantir seu lugar, acesse aqui e faça sua inscrição.
Apesar de diferentes, os dois roteiros proporcionam uma imersão nas paisagens amazônicas e no estilo de vida dos indígenas. Você tem a chance de explorar a mata e o rio, subir nas Serras Guerreiras de Tapuruquara (um território sagrado para os locais), participar de festas e rituais, conhecer métodos da agricultura tradicional e do cultivo na floresta e aprender a confecção de artefatos e utensílios de fibra e cerâmica.
A hospedagem se dá em alojamentos coletivos equipados com redes — é assim que os moradores recebem seus parentes e visitantes. E cada comunidade conta com uma estrutura com biombos para troca de roupa e banheiros ecológicos, instalados especificamente para o desenvolvimento do turismo.
O projeto Serras Guerreiras de Tapuruquara foi desenvolvido pela ACIR (Associação das Comunidades Indígenas do Rio Negro) em parceria com a ONG Garupa, o ISA (Instituto Socioambiental) e a Foirn (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro). Também conta com o apoio da Funai (Fundação Nacional do Índio) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Para mais informações, acesse www.serrasdetapuruquara.org
Por Bruna Tiussu, da Garupa