Projeto leva turistas para conhecer a Amazônia sem maquiagem

Turismo comunitário em território indígena

18/04/2019 20:10 / Atualizado em 05/05/2020 12:27

Dormir em rede, tomar banho de rio, participar de rituais e preparar a farinha. É assim, com atividades que fazem parte do dia a dia dos indígenas, que o projeto Serras Guerreiras de Tapuruquara leva turistas para conhecer a Amazônia –mais especificamente, as terras indígenas médio Rio Negro I e Médio Rio Negro II, entre os municípios de Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas.

Visitantes e locais tomando banho de rio na Amazônia
Visitantes e locais tomando banho de rio na Amazônia - Divulgação/Garupa

Criado a partir do interesse de cinco comunidades em desenvolver um turismo que valoriza sua cultura, gera renda e o engajamento dos jovens, o projeto organiza viagens experimentais com roteiros desenvolvidos e guiados pelos próprios moradores.

As chamadas expedições são uma importante etapa para avaliar e melhor estruturar o turismo de base comunitária, uma alternativa para o desenvolvimento sustentável da região.

Os roteiros se destacam pela troca com os povos locais
Os roteiros se destacam pela troca com os povos locais - Divulgação/Garupa

Neste ano, são cinco datas disponíveis, entre os meses de setembro e novembro. Há três opções do roteiro Iwitera, com um perfil mais aventureiro (13/09, 18/10 e 29/11), e duas opções do Maniaka, com pegada mais cultural (22/09 e 15/11).

Todos partem de Manaus e incluem transporte a partir de lá, alimentação e as atividades previstas nas programações. Cada data tem um limite de 11 participantes –para conferir os valores e garantir seu lugar, acesse aqui e faça sua inscrição.

Apesar de diferentes, os dois roteiros proporcionam uma imersão nas paisagens amazônicas e no estilo de vida dos indígenas. Você tem a chance de explorar a mata e o rio, subir nas Serras Guerreiras de Tapuruquara (um território sagrado para os locais), participar de festas e rituais, conhecer métodos da agricultura tradicional e do cultivo na floresta e aprender a confecção de artefatos e utensílios de fibra e cerâmica.

Oportunidade de conexão com a natureza e a cultura regional
Oportunidade de conexão com a natureza e a cultura regional - Divulgação/Garupa

A hospedagem se dá em alojamentos coletivos equipados com redes — é assim que os moradores recebem seus parentes e visitantes. E cada comunidade conta com uma estrutura com biombos para troca de roupa e banheiros ecológicos, instalados especificamente para o desenvolvimento do turismo.

O projeto Serras Guerreiras de Tapuruquara foi desenvolvido pela ACIR (Associação das Comunidades Indígenas do Rio Negro) em parceria com a ONG Garupa, o ISA (Instituto Socioambiental) e a Foirn (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro). Também conta com o apoio da Funai (Fundação Nacional do Índio) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Para mais informações, acesse www.serrasdetapuruquara.org

Por Bruna Tiussu, da Garupa