Projeto quer criar megatrilha de 3.000 km pela mata atlântica

Caminho vai conectar o Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul

Do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul caminhando Essa é a proposta de uma megatrilha de 3.000 quilômetros pelo litoral unindo os dois Estados, passando por São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Vista do Parque Estadual Pico do Paraná (PR), parte do traçado do Caminho da Mata Atlântica
Créditos: Ernesto Castro/WWF-Brasil
Vista do Parque Estadual Pico do Paraná (PR), parte do traçado do Caminho da Mata Atlântica

Batizado de Caminho da Mata Atlântica, o projeto é uma iniciativa WWF-Brasil, com o apoio do ICMBio, CBME, Abeta, além de federações de montanhistas regionais, órgãos estaduais e grupos municipais.

O traçado macro do Caminho vem sendo construído por toda a cadeia montanhosa da Serra do Mar, do Parque Nacional dos Aparados da Serra (RS) ao Parque Estadual do Desengano (RJ), passando por mais de 70 cidades.

Voluntários trabalham na sinalização do Caminho da Mata Atlântica, na trilha dos Sete Degraus, no Parque Nacional da Bocaina, em Paraty (RJ)
Créditos: Divulgação/WWF-Brasil
Voluntários trabalham na sinalização do Caminho da Mata Atlântica, na trilha dos Sete Degraus, no Parque Nacional da Bocaina, em Paraty (RJ)

A demarcação da megatrilha está sendo feita pelo movimento Borandá, uma iniciativa do Programa Mata Atlântica e Marinho do WWF-Brasil, com bases em experiências nacionais e internacionais e de uma análise de custo benefício.

De acordo com o WWF-Brasil, optou-se pela utilização preferencial pela pintura rústica em troncos ou rochas.

Traçado

Mapa mostra os parques nacionais e estaduais que estarão na megatrilha que vai ligar o RJ ao RS
Créditos: Divulgação/WWF-Brasil
Mapa mostra os parques nacionais e estaduais que estarão na megatrilha que vai ligar o RJ ao RS

O traçado vai conectar trilhas e travessias, muitas já existentes e algumas históricas. Por enquanto, foi definido um eixo principal, com trilhas bate-e-volta para atrativos importantes e algumas alternativas de trajeto para perfis específicos de trilheiros (para quem vai de barco, bicicleta, cavalo, entre outros).

Para elaborar o traçado, foram priorizadas áreas protegidas, trilhas e roteiros já existentes, incluindo passagens por atrativos importantes e comunidades que tenham demonstrado interesse no projeto. Além disso, segundo o WWF-Brasil, buscou-se adequar o trajeto para que existam lugares para pernoite e outras estruturas de apoio próximas.

O projeto foi inspirado nos caminhos norte-americanos como a Appalachian Trail, que segue o litoral leste dos EUA, ligando mais de 90% das unidades de conservação do país.