Projeto reúne histórias de moradores da Cisjordânia

Por: Márcio Diniz

Sumud (صمود) em árabe significa resistência.  Na Palestina ocupada, existir é uma forma de luta.

Campo de refugiados de Aida, em Belém, na Cisjordânia

A expressão árabe assumiu esse papel a partir de 1967, ano em que Israel passou a controlar também os territórios da Cisjordânia e de Gaza.

Os sentidos expressos na palavra não encontram correspondente direto em outro idioma. “Existir é resistir”. Essa é a tradução escolhida pelos palestinos para tentar transmitir a história contida na palavra.

Jenin, terceira maior cidade da Cisjordânia
Créditos: Picasa
Jenin, terceira maior cidade da Cisjordânia

Ao longo de pouco mais de um mês, os amigos Jonas Kulakauskas, Shajar Goldwaser e Taís Hirata viajaram por Israel e pelos territórios ocupados. Da aventura surgiu o projeto “Sumud – Faces da Resistência“, projeto que reúne perfis de pessoas comuns e histórias que explicam um pouco o que é o dia a dia da ocupação na Cisjordânia.

“Não é nossa proposta traçar aqui um panorama completo sobre a questão, missão que dificilmente um único projeto poderia cumprir. Nossa intenção é compartilhar alguns dos relatos que tivemos o privilégio de ouvir e que, hoje, sentimos o compromisso de narrar”, conta Taís.

Slikha Muhtaseb, professora e fundadora da ONG palestina Youth and Children Initiative, é uma das retratadas