Quatro regras para fugir da crueldade com animais no turismo

Parques que cobram por selfies e shows com animais escondem crueldade

Em parceria com ladobviagem
01/07/2020 08:39

É clássico. A pessoa paga por selfies com o animal selvagem, visita supostos santuários para carregar filhotes e compra passeio para montar em elefantes. Depois, justifica tudo isso pelo amor aos animais.

Mas ele não sabe que, por trás dessas práticas, há muita crueldade.

E quando o turista paga pela atração, ele ajuda a financiar exploração e tortura.

Um leão, que atinge 80 km /h na caça,  é obrigado a viver em poucos  m2 em zoológicos
Um leão, que atinge 80 km /h na caça,  é obrigado a viver em poucos  m2 em zoológicos - Pixabay

O Lado B Viagem e o Catraca Livre Viagem listaram quatro regras básicas que todo viajante que ama bichos deve se ater.

Vamos lá.

1 – Veja-os livres e nunca encoste

Animais selvagens devem estar livres, no habitat. Prefira trilhas e destinos que oferecem safáris responsáveis em reservas naturais.

Alguns desses lugares ainda mantêm programas de proteção de animais em extinção, como de rinocerontes.

Jamais visite animais presos em zoológicos. Na maior parte das vezes, esses animais foram retirados da natureza e passaram a viver solitários em celas minúsculas, nas quais mal se movimentam.

Leões chegam a atingir a velocidade de 80 km/h na natureza. Mantidos em cativeiro, não se exercitam, morrem cedo e deprimidos pelo cárcere e solidão.

Também nunca chegue perto para selfies e nem tente passar a mão. Neste link você pode ver as 5 regras para fazer um safári.

Quando estiver na natureza para vê-los, lembre-se que você está na casa dele. Não interfira no local, fale baixo, movimente-se pouco, fotografe e vaze.

2 – Desconfie de santuários

Lugares que permitem alimentar filhotes, carregar animais ou oferecem shows de truques escondem crueldades e só visam lucro.

Animais caçados na natureza vivem em grades, cruzam forçadamente e têm seus filhotes arrancados para turistas fazerem fotos.

Um triste exemplo é o leãozinho bebê que teve as pernas quebradas para fazer selfies com turistas.

Mesmo os lugares que pedem só doação em troca de selfies ou da famosa mamadeira para filhote de tigre, caia fora. Não financie.

Se tiver dúvida de como funcionam esses lugares horrorosos uma boa dica é assistir à série A Máfia dos Tigres, da Netflix

Santuário de verdade resgata, recupera e, se possível, devolve na natureza, sem cobrar ingresso de visitante.

3 – Não pague por shows

Orcas não são assassinas. Elas enlouquecem em tanques minúsculos forçadas a aprender truques para entreter turistas, como já mostrou o documentário Blackfish.

Na natureza, elas podem viver de 30 a 70 anos e em parques, elas morrem, em média, aos 14 anos, ae acordo com a Peta (People for the Ethical Treatment of Animals)

Golfinhos e baleias nadam mais de 200 km por dia. Mas capturados para viverem presos em tanques mal conseguem se movimentar.

Assim também circos e parques com animais que torturam animais para aprenderem truques. Um urso ou um elefante, por exemplo, só “aprendem a dançar” quando os pés são queimados em chapas quentes ao som de uma música.

Assim, associam a música à dor, e “dançam”. Não pague por isso, não ajude a mais animais serem explorados por lucro.

4 – Não monte

Não interessa se cavalos estão “acostumados” à montaria. Não monte, tampouco em cavalos, como dromedários e elefantes.

Destinos turísticos exploram os animais sem folga, colocam turistas muito pesados, fazem os animais trabalharem sob sol forte, sob chicotada e muitas vezes, sem água ou comida.

Animais usados no turismo chegam a desmaiar na rua, exaustos por puxar carruagens e levar turistas.

Muitos ainda são abandonados à própria sorte depois que passa a temporada, pois cuidar desses animais é caro, e, se não dão lucro, não valem o investimento.

Elefantes e mais animais selvagens são separados da mãe muito bebês e torturados para acostumar com a montaria.

A tortura é chamada de “quebrar o espírito”do animal. Fuja disso.