Rio de Janeiro registra maior queda de preço na hospedagem

Baixa temporada atrai viajantes com preços mais baixos, revela pesquisa da plataforma Kayak

14/09/2025 21:58

O Rio de Janeiro aparece como o destino doméstico mais procurado para hospedagem entre 1º de setembro e 15 de novembro de 2025, segundo levantamento da plataforma Kayak. Além de liderar em interesse, a cidade também registrou a maior queda no preço médio da diária: R$ 396, com redução de 32% em relação ao mesmo período de 2024.

O dado reforça uma tendência observada na chamada baixa temporada —período que antecede o feriado da Proclamação da República e marca a transição para o verão. Apesar de ser tradicionalmente associado a menor fluxo turístico, o intervalo entre setembro e novembro tem mostrado alta demanda e boas oportunidades de economia.

Rio de Janeiro é não só o mais desejado, como o destino doméstico com maior queda no preço da diária
Rio de Janeiro é não só o mais desejado, como o destino doméstico com maior queda no preço da diária - Yuri de Mesquita Bar/iStock

De acordo com a pesquisa, entre os 15 destinos mais procurados para hospedagem, nove são brasileiros e cinco internacionais. Além do Rio, cidades como Gramado e João Pessoa também apresentaram queda nos preços das diárias, de 4% e 1%, respectivamente. Já São Paulo, Porto Seguro e Fortaleza mantiveram os valores estáveis, o que os torna opções viáveis para quem busca viajar com inteligência e controle de gastos.

No cenário internacional, Buenos Aires se destaca como alternativa econômica, com redução de 3% no preço médio da diária. Paris, por outro lado, registrou aumento de 9%, mas segue entre os cinco destinos mais buscados por brasileiros para o período, ao lado de Madri, Roma, Lisboa e Orlando.

Aumento nas buscas e queda nos preços

O levantamento do Kayak mostra que, comparado ao mesmo período de 2024, as buscas gerais por acomodação —nacionais e internacionais— cresceram 6%, enquanto os preços médios caíram 9%. Isso indica que, mesmo com maior interesse por viagens, há espaço para economia, especialmente para quem planeja com antecedência.

O interesse por viagens internacionais também se intensificou: houve aumento de 13% nas buscas por voos e de 8% nas pesquisas por hospedagem fora do país. A combinação de alta demanda com queda nos preços reforça o potencial da baixa temporada como oportunidade para explorar novos destinos com mais tranquilidade.

O Caribe está entre os destinos preferidos dos brasileiros para viagens internacionais
O Caribe está entre os destinos preferidos dos brasileiros para viagens internacionais - Bodler/iStock

Na análise por continentes, a Ásia surpreende com crescimento de 75% nas buscas por voos em relação a 2024. Em seguida aparecem Caribe (53%), Oriente Médio (36%), África (22%) e Europa (18%). Apesar disso, a América do Sul segue como a região mais procurada pelos brasileiros, seguida por Europa, América do Norte, Ásia e Caribe.

Entre os destinos nacionais mais buscados para voos, o Nordeste mantém sua força. João Pessoa teve aumento de 42% nas buscas, seguida por Porto Seguro (18%). Recife, Fortaleza, Maceió, Salvador e Natal também aparecem entre os favoritos, consolidando a região como principal escolha dos brasileiros para viagens domésticas.

Comportamento do viajante e oportunidades

O levantamento revela que, mesmo fora da alta temporada tradicional, o interesse por viagens continua forte. A queda nos preços em destinos populares e o equilíbrio entre buscas nacionais e internacionais mostram que o comportamento dos viajantes está cada vez mais atento às vantagens da baixa temporada.

Para quem busca economia, o período entre setembro e novembro oferece boas oportunidades —seja para explorar o Brasil com mais tranquilidade ou para embarcar em uma viagem internacional com custos mais acessíveis.

Para Gustavo Vedovato, country manager do Kayak no Brasil, os dados mostram que a baixa temporada tem se consolidado como uma boa janela de oportunidade para viajantes. “Além de um menor fluxo de turistas e clima favorável, é um período que combina preços mais convidativos, como no caso das hospedagens, que apresentaram queda de 9% nos preços médios comparado com o mesmo período do ano passado”, afirma.

Mas Gustavo ressalta que não basta saber qual é o período considerado de baixa temporada no turismo e automaticamente achar que vai economizar. É importante acompanhar as variações nos preços para saber o melhor momento de fazer as reservas, assim como em qualquer outra época do ano.