Rio é eleito melhor destino do afroturismo; confira passeios imperdíveis
Rio é eleito melhor destino do afroturismo e oferece vivências marcantes em história, gastronomia e cultura; Confira um roteiro de passeios imperdíveis
Com uma combinação potente entre paisagens icônicas e uma história negra pulsante, o Rio de Janeiro foi escolhido como o principal destino de afroturismo do Brasil. O reconhecimento veio por meio da plataforma Guia Negro em parceria com a Embratur, destacando a capital fluminense como um local essencial para vivências conectadas às raízes afro-brasileiras.

Em diferentes pontos da cidade, iniciativas valorizam a herança africana de forma sensível e educativa. Na Gamboa, o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab) apresenta uma exposição permanente e rodas de conversa que mergulham nos legados da diáspora africana. Na mesma rua, uma visita ao Instituto de Pesquisa Pretos Novos complementa o circuito cultural.
A experiência também é gastronômica. No Largo de São Francisco da Prainha, tradição e sabor se encontram entre as baianas do acarajé e ótimos restaurantes, como o Dois de Fevereiro (@dois.de.fevereiro) e a Casa Omolokum (@casaomolokum). Ao redor, o Morro da Conceição convida para um passeio por mirantes e ateliês que respiram história e arte.

A Pequena África, reconhecida pela Unesco como Patrimônio Mundial, oferece uma rota imperdível para quem busca se aprofundar no passado negro da cidade. O Cais do Valongo serve como ponto inicial para visitas guiadas organizadas por agências como a Conectando Territórios. No roteiro estão incluídos Pedra do Sal, Jardim Suspenso e igrejas, pontos emblemáticos da cultura afro-brasileira no Rio.
Os quilombos urbanos também se destacam pela resistência e hospitalidade. O Quilombo Sacopã, na Lagoa, recebe o público com eventos regados a música e feijoada. Em Jacarepaguá, o Quilombo do Camorim realiza trilhas e programação cultural caprichada aos fins de semana, unindo natureza e ancestralidade.
Para os amantes do samba, dois lugares são paradas obrigatórias: a tradicional roda na Pedra do Sal, às segundas e sextas, às 19h, e o já consagrado Samba do Trabalhador, às segundas, às 16h30, no Clube Renascença, no Andaraí, sob o comando de Moacyr Luz.
A cultura afro também ganha espaço em projetos educativos. O Centro de Artes Calouste Gulbenkian, na Praça XI, promove atividades voltadas à valorização das expressões negras e abriga iniciativas como a do grupo Afroaçaí, que oferece oficina gratuita de percussão.

Em Madureira, um evento mensal presta homenagem às mulheres negras que preservam saberes e sabores: a Feira das Yabás, onde se celebra samba de roda e quitutes afro-brasileiros. Uma das atrações mais procuradas é a famosa feijoada da Tia Surica, da Portela, servida em clima de festa e tradição.