Transiberiana: oito fusos e mais de 160 horas de viagem
Há algum tempo tenho ouvido falar da famosa Rota Transiberiana, a maior ferrovia do mundo, que fica na Russia. Fiz um estudo de como seria uma viagem para lá, custos e outros detalhes e compilei nesse artigo.
A Russia é o país com maior área do planeta, cobrindo mais de um nono da área terrestre. Ela fica localizada no norte da Eurásia e faz fronteira com diversos países, entre eles China, Mongólia e Coréia do Norte.
Alguns trens e vagões de passageiros de longo percurso que transitam pela Transiberiana pleiteiam o título de recordistas. Até maio de 2010 transitava pela ferrovia o trem nº 53/54, cujo percurso de Kharkov a Vladivostok era o mais extenso do mundo. A viagem cobria 9714 km de distância em 174 horas e 10 minutos.
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Atualmente, o percurso mais longo do mundo percorrido por um vagão de passageiros pertence à viagem de Kiev a Vladivostok, na qual a distância de 10259 km é percorrida em 187 horas e 50 minutos.
O trem de passageiros que vence com maior velocidade o percurso Moscou – Vladivostok é o de nº 1/2 “Rússia”. São 146 horas ou quase 7 dias de viagem. Em média, esse trem transporta 200 mil pessoas anualmente e, por isso, é frequentemente chamado de “o principal trem do país”.
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Moscou
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Vladimir
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Nizhny Novgorod
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Kirov
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Perm (Rio Kama)
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Ekaterinburg (Urais)
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Tyumen
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Omsk (Rio Irtysh)
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Novosibirsk (Rio Ienissei)
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Krasnoyarsk
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Irkutsk (lago Baikal)
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Ulan-Ude
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Khabarovsk
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Ussuriysk
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Vladivostok
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Junho/julho – mais turistas, calor, tudo mais caro;
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Abril/maio/agosto/setembro – menos turistas, tempo ameno, preços médios;
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Outros meses: frio, neve, paisagem diferente, muito barato e raros turistas;
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Melhores lugares são no início do vagão, cama de baixo;
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Melhores trens têm a numeração mais baixa (002 > 394);
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Platskart (3ª classe) não é horrível como falam: 4 camas na cabine aberta e 2 na janela (evite essas);
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Kupê (2ª classe) é honesta. Cabines fechadas com 4 camas. Mas meio sem graça. Vale nos trechos longos se tiver preço bom;
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Lux ou CB (1ª classe) cara, impessoal e, na minha opinião, sem o espírito da Transib. Mas se você quiser conforto, pegue.
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O visto para entrada na China custa entre R$100 e R$300, dependendo do número de entradas que ele o permitirá ter no país. Como muito provavelmente não irei à China duas vezes em um ano só (o limite do visto é de um ano), eu escolheria o de uma entrada só, que cusa R$100,00 (USD304). Veja os preços dos vistos aqui.
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Pesquisando no website do Transiberian Express, encontrei passagens no trem #100 com valores entre USD197 a USD381, dependendo da classe (2ª e 3ª, apenas) e localização da cabine. No trem #002, os preços vão de USD269 a USD726, tornando sua viagem um pouco mais confortável (pois há 1ª classe) e mais rápida (cerca de um dia a menos). Os valores no site da Russian Railways não estão tão diferentes disso não.
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Assumindo a passagem de trem de USD197, seu orçamento parcial está em USD501 (ou ¢466,00 para facilitar minhas contas). Tudo mais que você vier a gastar, será com hospedagem nas suas paradas, alimentação e outros gastos pessoais. Fora seu deslocamento até a Russia, pois não sei de onde você sairá, acredito que com mais ¢1000 a ¢1500 você faz uma super trip! Segundo o Fabrício, do blog Falando Russo, no estilo budget, a viagem pode sair por US$ 2.000 (com todas as passagens, alimentação e hospedagens), que é mais ou menos a minha previsão.
Entenda um pouco melhor como é essa super trip que atravessa a Russia de ponta a ponta! Para mais dicas de viagem e links completos não mostrados neste post, visite o website e o facebook do Brazilian Globetrotter.