Roteiros para viajar na história do Brasil no feriado

Cidades coloniais no Rio e na Bahia recontam o passado do país

23/08/2018 18:12 / Atualizado em 05/05/2020 11:44

Um dos maiores prazeres de uma viagem é conhecer um pouco da história local, e o Brasil, com seu extenso território, oferece várias opções de destinos para quem quer aprender mais sobre o país.

Aproveitando o clima de celebração de 7 de Setembro, listamos roteiros para quem quer redescobrir o Brasil através do turismo.

Costa do Descobrimento (Bahia)

O Marco Zero do Brasil em Porto Seguro, no sul da Bahia
O Marco Zero do Brasil em Porto Seguro, no sul da Bahia - Marcio Filho/MTur

Se em 1500, as caravelas de Pedro Álvares Cabral foram as primeiras a aportar na Bahia, hoje o destino é consagrado como uma das regiões mais belas e desejadas do país. Foi em Porto Seguro que a colonização no Brasil se iniciou.

A rota pela Costa do Descobrimento, tombada como Patrimônio Natural Mundial pela Unesco,inclui o Marco do Descobrimento e o Museu de Porto Seguro e as paradisíacas Arraial D’Ajuda e Trancoso.

Cidade Histórica de Porto Seguro
Cidade Histórica de Porto Seguro - Marcio Filho/MTur

Para quem quiser mergulhar na história da cultura indígena da região, a Pousada Tutabel, em Trancoso, oferece a experiência de conhecer uma aldeia Pataxó. A visita é uma parceria com a aldeia da Caldeira e conta com palestra, tour pelas ocas, degustação de peixe e a possibilidade de pernoite.

A exuberante Mata Atlântica, que surpreendeu os primeiros portugueses a chegar no Brasil, também pode ser observada na Reserva Particular do Patrimônio Natural Rio do Brasil, uma área de 975 hectares restaurada pelos proprietários da Pousada Tutabel.

A Pousada Tutabel fica a apenas 8 minutos do Quadrado, centro do distrito de Trancoso
A Pousada Tutabel fica a apenas 8 minutos do Quadrado, centro do distrito de Trancoso - Divulgação

O Rio do Brasil foi o primeiro a ser mapeado no país, em 1502, e pode ser percorrido em um tour de caiaque.

A Pousada Tutabel é referência de luxo e serviço de qualidade no litoral baiano. Com localização privilegiada, a pousada fica em uma faixa de areia exclusiva da praia de Itapororoca e a alguns minutos do badalado Quadrado, o coração de Trancoso.

Cidades históricas do Rio de Janeiro (RJ)

Petrópolis 

Já o Rio de Janeiro, capital nacional entre 1763 e 1960, preserva as ruas de pedras e os casarões, que transportam os turistas a um passado distante.

O Palácio Rio Negro foi construído em estilo eclético em 1889 por encomenda do produtor de café Manoel Gomes de Carvalho, o Barão de Rio Negro, que ocupou a propriedade até 1894
O Palácio Rio Negro foi construído em estilo eclético em 1889 por encomenda do produtor de café Manoel Gomes de Carvalho, o Barão de Rio Negro, que ocupou a propriedade até 1894 - Wania Corredo/MTur

Com a capital do Brasil sendo transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, as cidades cariocas ganharam destaque. O clima ameno da região serrana conquistou Dom Pedro 2º, que coroou Petrópolis com um refúgio de verão para a corte portuguesa. O casarão hoje abriga o Museu Imperial e guarda relíquias do Segundo Reinado (1840-1889), como joias, móveis e documentos.

Palácio Quitandinha construído a partir de 1939 pelo empreendedor mineiro Joaquim Rolla para ser o maior cassino hotel da América do Sul.
Palácio Quitandinha construído a partir de 1939 pelo empreendedor mineiro Joaquim Rolla para ser o maior cassino hotel da América do Sul. - Wania Corredo/MTur

É também em um casarão construído em 1875 que está o Hotel Solar do Império. Logo na entrada, as imponentes colunas neoclássicas e os jardins surpreendem. O chá da tarde no restaurante Imperatriz Leopoldina e o café da manhã, servido a qualquer hora do dia, são um dos destaques.

Fachada do Museu Imperial, em Petrópolis
Fachada do Museu Imperial, em Petrópolis - Wania Corredo/MTur

A localização privilegiada coloca alguma das principais atrações da cidade a uma pequena caminhada do hotel.

Já Paraty foi fundada em 1667 e rapidamente se tornou um polo econômico. A cidade se desenvolveu no entorno da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios e ainda hoje preserva as construções que marcaram época, com ruas de pedras irregulares e casarios coloridos.

Vista panorâmica do Centro Histórico de Paraty
Vista panorâmica do Centro Histórico de Paraty - Rogério Cassimiro/MTur

É ali no Centro Histórico que se destaca a Pousada Literária, hospedagem oficial da Flip, a maior festa literária nacional. A pousada tem um ambiente sofisticado e aconchegante, que se destaca entre os mais românticos do destino. São apenas nove suítes, 13 apartamentos e três vilas. Há ainda a possibilidade de se hospedar na Casa no Saco do Mamanguá, que fica ilhada em um braço de mar.

Casas coloniais no Centro Histórico de Paraty
Casas coloniais no Centro Histórico de Paraty - Rogério Cassimiro/MTur

Cercada por uma densa mata, Paraty guarda trilhas abertas nos séculos 18 e 19 e que levam para inúmeras cachoeiras. A cidade também é ponto de partida para deliciosos passeios de barco em direção a ilhas e praias da região, como Trindade, Ilha do Araújo e Ilha dos Cocos.

A Pousada Literária ocupa um casario colonial totalmente restaurado.
A Pousada Literária ocupa um casario colonial totalmente restaurado. - Divulgação

Pertencendo ao mesmo grupo da Pousada Literária, a Fazenda Bananal, construída no século 17, pode completar a experiência em Paraty. Aberta recentemente para visitação, a Fazenda Bananal reconta a história dos diversos ciclos de produção no Brasil: desde a cana, o açúcar e a farinha de mandioca aos dias de hoje.

A sede da Fazenda Bananal, remanescente das antigas fazendas do período colonial
A sede da Fazenda Bananal, remanescente das antigas fazendas do período colonial - Divulgação

Com um olhar voltado para sustentabilidade, a Fazenda Bananal apoia o desenvolvimento da agropecuária sustentável para visitantes e agricultores familiares locais. Na atividade educacional, crianças e adultos aprendem sobre a importância da produção sustentável para a saúde e a proteção da natureza. Além de restaurar o casarão, o grupo responsável pela Fazenda Bananal se dedica ao reflorestamento da área de Mata Atlântica e já plantou cerca de 21 mil mudas desde 2015.