Saiba como é usar site que planeja viagem sem revelar destino

11/07/2017 14:36

Já pensou se preparar para uma viagem da qual você não faz ideia do destino a menos de 24 horas de partir? Pois é, isso aconteceu comigo há algumas semanas –e foi uma das experiências mais loucas que eu já vivi.

Recebi em casa um pacote da Instaviagem que revelava onde eu passaria meu final de semana ao lado da minha melhor amiga, a Heloísa. Ao rasgar o envelope eu descobri o destino: São Roque, uma simpática cidadezinha a apenas 66 km de São Paulo, com muita natureza, bons restaurantes e vinhos.

 
  - Willy Brito

Escolhi ir de carro, e, após uma pequena parada para compras no gigantesco Catarina Fashion Outlet, finalmente cheguei ao meu destino surpresa. Fui direto para o Hotel Villa Rossa, que é bem grande e tem até um mapa para gente poder se localizar lá dentro. Me senti em um daqueles resorts enormes em Riviera Maya, no México, sabe? O quarto era espaçoso e aconchegante, com uma decoração provençal — o banheiro tinha iluminação perfeita para a maquiagem, coisa rara de se achar. Ao abrir a janela, eu dava de cara com a natureza. Tem coisa mais gostosa? O Instaviagem não poderia ter escolhido um hotel melhor para mim. Amei!

Depois, eu e a Helo fomos nos divertir um pouco no Ski Mountain. Para chegar lá em cima, onde fica a pista de esqui, pegamos um teleférico. Ela morreu de medo, mas para mim foi tranquilo, apesar do meu medo de altura. Primeiro andei na pista de esqui, mas o ápice foi o tobogã que a gente desceu dentro de uma espécie de saco. Eu não conseguia parar de rir da Heloísa descendo meio torta. (Nem ela sabe explicar o que aconteceu, foi hilário!). É o melhor brinquedo do lugar, só não fomos de novo porque tinha que pegar o teleférico mais uma vez.

Eu não entendo muito de vinhos, mas a cidade de São Roque é cheia de vinícolas. Tem até o “Roteiro do Vinho”, que você vai andando na estrada e parando nas vinícolas, fazendo pequenas degustações da bebida e também de queijos e outros aperitivos. A Vinícola Goés é a mais conhecida por lá, afinal, todos nós já vimos uma garrafa de vinho Goés na nossa frente alguma vez na vida. E eu aprendi algo sobre ela: é a única a cultivar, na própria cidade, as desejadas uvas cabernet sauvignon. Mais um pouco e viro uma enóloga.

Para comer, eu indico muuuito o restaurante português Quinta do Olivardo. Tinha mais carro estacionado ali do que em muitos shoppings de São Paulo. Eu nunca vi uma coisa dessa, no meio do nada um restaurante bombar desse jeito. Na parte de fora tinha uma feirinha deliciosa, que dava para pedir vinho. Deu até para aprender sobre a cultura portuguesa. No restaurante, eles servem “vinhos dos mortos”, que tinham sido enterrados e retirados da terra um ano depois, reproduzindo uma tradição portuguesa de esconder as garrafas para evitar saques. Bem curioso…

Foi perfeito para me divertir a noite inteira e voltar para São Paulo no dia seguinte. Dessa vez sem surpresas.

Por Karen Bachini, do blog E ai Beleza