Saiba como organizar sua viagem a Machu Picchu
Machu Picchu, a cidade sagrada dos incas, é um dos destinos favoritos de brasileiros e turistas de todo o mundo que visitam o Peru. Considerado Patrimônio da Humanidade desde os anos 1980, o sítio arqueológico é considerado uma união entre a ação humana e a beleza da natureza.
Mas organizar uma viagem para lá requer alguns cuidados. Por isso, o Dubbi preparou um manual para o viajante conhecer a “cidade perdida dos incas” sem sustos.
Cuidado com as chuvas
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Em janeiro de 2010, mais de 200 brasileiros e outros turistas ficaram ilhados em Machu Picchu por causa das chuvas. Por isso é preciso atenção. A temporada de dezembro a março é a época menos indicada para visitas, por ser a temporada de chuvas. De junho a setembro quase não chove, então a chance de temporais inundarem a região é menor.
É possível dormir em Machu Picchu?
Por ser um sítio arqueológico, não são permitidas hospedagens na cidade sagrada. Há apenas o Belmond Sanctuary Lodge, único hotel vizinho da cidade inca. Como ele é um hotel de luxo (e muito caro), a melhor opção para os viajantes é hospedar-se em uma das diversas opções de Aguas Calientes, cidade mais próxima do acesso a Machu Picchu. Existem desde opções de hostels na faixa dos R$ 50 a diária até hotéis em torno de R$ 150 a R$ 1 mil por dia.
Aguas Calientes
Também conhecida como Machu Picchu Pueblo, é a principal porta de entrada para a atração e última chance para comprar ingressos a Machu Picchu, que variam de R$ 110 a R$ 210. O lugar é parada obrigatória para praticamente todos os viajantes: mesmo quem chegou às ruínas por trilha, provavelmente voltará de trem, cuja estação fica no pequeno povoado de menos de 2 mil habitantes. O local possui ainda dezenas de opções de bons restaurantes, lojas de souvenires e até locais com águas termais –que dão o nome à cidade.
Vale a pena ir pela trilha?
O acesso a Machu Picchu pode ser feito de trem, estrada ou trilha. A Trilha Inca é a mais procurada, mas apenas 500 pessoas por dia podem fazer o roteiro. Caso as vagas se esgotem, há outras opções: a Trilha Inca da Selva e a Salkantay.
Trilha Inca – Dura de 2 a 4 dias. Como a procura é grande, recomenda-se reservar com três meses de antecedência. Sai em torno de R$ 1.500.
Trilha Inca da Selva – Leva de 2 a 5 dias. É a mais barata das trilhas e a mais radical, com um trecho de rafting (descer corredeiras em botes). O percurso pode ser feito de bicicleta. Custa cerca de R$ 750.
Salkantay – Demora de 5 a 7 dias. É considerada a mais difícil das três, por ter altitudes acima de 4 mil metros. Pede-se bom preparo físico e roupas de frio. A paisagem deslumbrante, contudo, compensa o esforço. Sai por volta de R$ 1.200.
Vale Sagrado dos Incas
Para quem deseja chegar de trem em Machu Picchu, um dos roteiros indicados é ir pelo Vale Sagrado dos Incas, que sai de Cuzco e passa por sítios arqueológicos repletos de histórias da civilização inca, como em Pisac, Chinchero, Ollamtaytambo, Moray. Um bilhete oficial do governo, que custa cerca de R$ 70, permite a entrada. Agências de turismo também fazem diferentes roteiros pelas cidades. Delas, é possível chegar de trem até Aguas Calientes.
As duas montanhas
Machu Picchu tem duas montanhas. Wayna Pichu tem 350 metros e Machu Picchu 650 metros de altura. Depende muito do fôlego, mas não é nenhuma maratona chegar ao topo das duas. Quanto a paisagem, ambas valem a pena. Para escalá-las, é necessário desembolsar um valor a mais no ingresso, que gira em torno de R$ 20.
Altitude
Praticamente todos os viajantes sentem, em graus diferentes, os efeitos da altitude. Conhecido no Peru como “soroche” (ou mal de altitude), pode incluir dores fortes de cabeça e até vômito. No topo das montanhas de Wayna Picchu e Machu Picchu, por exemplo, são cerca de 3 mil metros acima do nível do mar. Para amenizar os danos, alguns conselhos:
– se possível, fique dois ou três dias antes em uma cidade elevada, como Cuzco, para o organismo se adaptar;
– evite carne ou alimentos pesados, porque são de difícil digestão e seu metabolismo já está acelerado para lidar com a falta de ar causada pela altitude;
– os moradores acreditam que as folhas de coca ajudam a amenizar os sintomas.