Salões subterrâneos revelam o outro lado das belezas de Minas
Não é preciso ser um especialista em arqueologia ou espeleologia para desvendar segredos e belezas, escondidos sob a terra em Minas Gerais. Nem mesmo um turista ao melhor estilo “caçador de tesouros”.
Segundo dados do Cecav (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas), vinculado ao ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), há 6.303 cavidades registradas em Minas Gerais, incluindo grutas, cavernas, abrigos e lapas.
Nem todas as grutas têm potencial para visitação turística, seja pela sua localização e dificuldade de acesso, seja pelas suas características espeleológicas que podem demandar um isolamento, ou ainda pela falta de segurança devido às condições naturais.
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Mas em 11 unidades de conservação estaduais, sob gestão do IEF (Instituto Estadual de Florestas), há grutas abertas à visitação, sendo as principais no Monumento Natural Estadual Gruta Rei do Mato, Monumento Natural Estadual Peter Lund, Parque Estadual do Sumidouro e no Parque Estadual Lapa Grande.
O MN Peter Lund, localizado no município de Cordisburgo, é o que recebe mais visitantes. Principal atrativo do monumento natural, a Gruta de Maquiné é considerada o berço da paleontologia brasileira. Possui sete salões com belíssimas formas arquitetônicas, esculpidas pelo trabalho da água durante milênios, que encantam e instigam a imaginação dos visitantes. Abrigam, ao longo de 650 metros, belas esculturas naturais e estalactites de diversas formas no teto da caverna.
No ranking da visitação, em seguida encontra-se o Parque Estadual do Sumidouro, em Lagoa Santa, com registro de 33.470 visitantes. No local está a Gruta da Lapinha, descoberta por volta de 1835 pelo naturalista dinamarquês Peter Lund.
Lapinha abriga nos 511 metros de extensão oito salões que podem ser visitados e recebem nomes relacionados às características das formações rochosas, encontradas em diferentes partes da gruta.
O terceiro monumento mais visitado é a Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas, que registrou a entrada de 18.728 visitantes. Impressiona pela sua dimensão de 998 metros de extensão, onde são encontradas estalactites e estalagmites raras em todo o mundo.
A Rei do Mato é considerada por especialistas uma gruta “viva”, já que está em contínuo processo de formação, devido à ação da água. Na Grutinha, que fica ao lado da Rei do Mato, existem pinturas rupestres, feitas com sangue e gordura vegetal, que datam de 6 mil anos.
Cuidados necessários
Para apreciar tanta beleza é preciso estar ciente dos cuidados que devem ser tomados. As formações rochosas não podem ser tocadas, pois, uma vez interrompido o seu processo de formação, serão necessários milhões de anos para nova formação.
É indicado o uso vestuário confortável e calçados fechados. As visitas devem ser feitas com o acompanhamento de um guia para evitar possíveis acidentes e proporcionar uma maior compreensão sobre os atrativos e preservação. Alimentos, por exemplo, também não são permitidos no interior das grutas.
Com informações da Agência Minas