Samoa Americana, paraíso tropical no coração da Polinésia
O território situado na Polinésia ganha destaque no longa “Quem Fizer Ganha”, que está em cartaz nos cinemas brasileiros
Localizada no Pacífico Sul, no meio do caminho entre o Havaí (EUA) e a Nova Zelândia, o arquipélago de Samoa Americana é um daqueles paraísos na terra.
Com cerca de 55 mil habitantes, o território –pouco maior que o da cidade de Aracaju–, com 199 km², é formado por cinco principais ilhas: Tutuila, Aunu’u, Tau, Ofu e Olosega, e dois atóis –Rose e Swains.
O arquipélago tem como capital a cidade de Pago Pago –sendo ela o único porto de escala dos turistas.
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Parte das belezas de Samoa Americana, que é administrada pelo Serviço Nacional de Parques dos EUA, pode ser vista nas telonas com a estreia de “Quem Fizer Ganha”, da Searchlight Pictures.
Baseado em fatos reais, o filme dirigido por Taika Waititi conta a história da seleção nacional de futebol da Samoa, que sofreu a maior goleada da história, perdendo para a Austrália de 31 a 0 em 2001.
Além de relatar o momento histórico, “Quem Fizer Ganha” apresenta de forma emocionante e divertida, a cultura e os costumes locais da população samoana.
Samoa Americana
Com paisagens de tirar o folego, a Samoa Americana é o lugar perfeito para quem procura sol, tranquilidade e um mar cristalino.
Porém, mais do que lindas paisagens, o arquipélago preserva sua rica cultura através de suas vestimentas, comida e danças típicas bem presentes em todo o território. Conheça abaixo alguns costumes e lugares para visitar.
Haka, a dança típica
Sendo amante de esportes ou não, você provavelmente já deve ter visto nas redes sociais vídeos do time da Nova Zelândia realizando uma dança típica antes de começar a partida.
Tal coreografia é conhecida como Haka, uma dança tribal maori –povo indígena da Nova Zelândia que habitava as terras bem antes dos colonizadores britânicos chegarem– utilizada por diversas seleções para demonstrar sua força e unanimidade perante o adversário.
A dança surgiu em 1820 pelo chefe maori Te Rauparaha após ele escapar de um clã rival. Em “Quem Fizer Ganha” é possível acompanhar e entender como esse costume é tão importante para os times a partir da experiencia da seleção da Samoa.
Comidas típicas
Apesar de não ter destaque no enredo do filme, não podemos deixar de falar sobre os pratos tradicionais do país.
O Palusami, que consiste em um pacote de taro embrulhado em uma folha de taro, cozido em leite de coco e servido com peixe fresco ou carne de porco.
Outra iguaria é o Oka’i Faásaina, uma mistura de atum crus, óleo de coco e limão com legumes e ervas – perfeito para quem ama frutos do mar.
Estilo samoano
Além da autenticidade na dança e na culinária, o povo samoano também transmite sua identidade e linhagem ancestral em suas vestimentas.
Com elementos indígenas, o guarda-roupa deles representa toda a sua história, fé e união um com o outro.
Para a figurinista Miyako Bellizzi, de “Quem Fizer Ganha”, pesquisar e buscar os tecidos tradicionais da Samoa Americana foi um trabalho de amor, mas também muito reflexivo e indicativo das comunidades indígenas onde o recurso mais valioso é a população local no terreno.
“Foi realmente empolgante incorporar peças tradicionais e aprender sobre elas através das pessoas neste filme”, compartilha Bellizzi. “Muitas das pessoas que escalamos vinham com coisas que usavam e me mostravam fotos de suas famílias em casa na Samoa Americana – isso foi super útil”.
O que fazer em Samoa Americana
Um dos principais pontos turísticos é o Parque Nacional do Samoa Americana, que é divido entre as ilhas Tutuila, Ofu e Tau, possuindo 36,4 km² de extensão, sendo 10,2 km² só de ecossistema aquático.
No local é possível realizar mergulhos pelas praias de águas cristalinas e caminhadas pelas florestas tropicais. Além de apreciar corais naturais e montanhas vulcânicas com ladeiras íngremes.
Outro ponto imperdível é o Museu Jean P. Haydon, localizado na capital Pago Pago. O local é dedicado a cultura e história da Samoa Americana com exposições de utensílios típicos, coleções de clubes de guerra, tatuagens tradicionais e fotografias históricas.
De Pago Pago a O’Ahu
Por razões logísticas, a produção decidiu gravar o filme na ilha de de O’ahu, no Havai. Durante o processo de pesquisa descobriram que o local tinha vários elementos de design e locais necessários para recriar a pequena ilha do Pacífico 2.500 milhas ao sul.
“Seria muito difícil rodar um filme na Samoa Americana”, explica Taika Waititi, diretor do filme. “Mas queríamos um lugar o mais próximo possível. E o Havaí – O’ahu em particular – tem muito espaço de estúdio e equipes, então isso fez sentido” complementa.
Mas de forma mais comovente, O’ahu, uma ilha no meio do Oceano Pacífico, falou sobre os laços ancestrais visceralmente profundos que unem o Triângulo Polinésio em uma família extensa.
“Estar no Havaí, cercado e abraçado por essa família havaiana e polinésia foi muito familiar para mim. Moro no Havaí há muitos anos, minha segunda filha nasceu lá. Há laços pessoais profundos para mim e filmar lá fala com a comunidade maior da Polinésia das Ilhas do Pacífico também”.