Tanzânia é destino de contemplação de vida selvagem

Destino que vale a pena pelas paisagens e pelo contato com os pequenos vilarejos do caminho

Em parceria com entaovah
30/10/2018 15:00 / Atualizado em 29/09/2022 15:12

Toda vez que falamos em safári, o mundo todo longo pensa na África do Sul, esquecendo-se que tem todo o continente a ser explorado, ainda mais preservado e autêntico.

O destino escolhido pelo @entaovah foi a Tanzânia, com o famoso safári e com o impressionante Lake Natron, um lago alcalino super remoto com um imponente vulcão ativo.

Um destino de muita estrada, mas que vale a pena pelas paisagens e pelo contato com os pequenos vilarejos do caminho.

A Tanzânia é destino de contemplação de vida selvagem e de belas paisagens
A Tanzânia é destino de contemplação de vida selvagem e de belas paisagens - Patrícia G. Graf

Por ser menos visitados, o planejamento é um pouco mais difícil e a busca mais cuidadosa, mas deixo todas as cartas na manga que usei!

Assanti sana significa muito obrigada em suahili e foi exatamente o que queríamos dizer a todo momento!

Maasai

Crianças da tribo maasai, a maior da Tanzânia
Crianças da tribo maasai, a maior da Tanzânia - Patrícia G. Graf

A maior tribo da Tanzânia são os maasai e eles estavam nos acompanhando por toda a viagem. Um povo simples que ainda vive do pastoreio e da mata, com traços expressivos e olhares marcantes começa a viver também do turismo, como guias ou vendendo artesanatos típicos.

Eles recentemente puderam de fato integrar a sociedade, indo viver nas cidades e frequentando as escolas e universidades, tendo a escolha de ficar ou voltar às suas tribos com mais conhecimento e transformação.

Os maasai ainda fazem seus rituais apesar de estarem adaptando, já que algumas práticas como a circuncisão são proibidas no país, isso sem perder a identidade e a história.

Arusha

Um dos quartos do hotel Tellamande, em Arusha, na Tanzânia
Um dos quartos do hotel Tellamande, em Arusha, na Tanzânia - Patrícia G. Graf

Chegamos em Arusha, fazendo escala em Dar Es Salaam até Kilimanjaro, onde pegamos o carro que nos levou até o Tellamande, nosso hotel para o início da viagem!

Como iríamos acampar o restante dos dias, definimos por ficar mais confortáveis e o Tellamande foi uma ótima escolha. Jantamos no próprio restaurante do hotel que também é um bar e dormimos aproveitando a cama maravilhosa!

O despertar era antes das cinco da manhã, e o café foi antecipado.

Pontualmente estavam Jumbe, nosso guia e Prochest nosso cozinheiro. Eles realmente fizeram nossa viagem muito especial, não medindo esforços para satisfazer nossa curiosidade e nosso incontrolável querer mais!

Fechamos tudo (de Arusha ao Lake Natron) direto com um dos hotéis, o Maasai Giraffe Eco Lodge que foram extremamente gentis adequando todos nossos sonhos e possibilidades em 69 e-mails (risos nervosos). Não se esqueçam de pedir pela dupla imbatível de guias!

Vale lembrar que nesse tipo de viagem, a refeição geralmente é feita nos próprios lodges e em piqueniques durante o passeio!

Ngorongoro

O passeio por Ngorongoro foi de um dia com MUITA ação animal
O passeio por Ngorongoro foi de um dia com MUITA ação animal - Patrícia G. Graf

A viagem seria longa e fomos passando por diversos vilarejos que foram nos dando a sensação da viagem e o começo da percepção desse povo e desse país singular.

Chegando “no pé” da cratera, começamos a subir em uma espécie de excitação e ansiedade pelo que estaria por vir.

No topo veio aquela vista estonteante de um grande buraco cheio de vida e perfeito mostrando a força da natureza. Só dava para chorar!

O passeio foi de um dia com MUITA ação animal! Via-se o tempo todo já que os animais nem entram e nem saem da cratera, o que faz com que tenha que Ngorongoro tenha que ser muito preservado para que a famosa cadeia alimentar balanceada não morra!

Seguimos pelo pôr do sol para o Serengeti.

Serengeti

Um dos pontos altos foi com certeza a cheeta que comia uma gazela com urubus, esperando para quando ela terminasse
Um dos pontos altos foi com certeza a cheeta que comia uma gazela com urubus, esperando para quando ela terminasse - Patrícia G. Graf

O parque Serengeti é enorme e os animais estão livres, por isso a busca é maior e mais atenta. Eles fazem travessias longuíssimas passando para o Quênia, por isso a época é importante para que se tenha certeza de muitos animais e se der sorte, get some action.

Fomos entre março e abril e não indicaria época melhor!

Dos big five só não vimos o rinoceronte branco, que o último macho havia morrido naquele mesmo mês da nossa visita.

No mais, estavam todos lá, lindos e imponentes sem nem perceber que realizavam nosso sonho. Reis leões e filhotes brincalhões, elefantes se divertindo na lama, búfalos em travessia, leopardo preguiçoso, famílias de girafas, zebras destemidas, gnus babões e babuínos levando os filhotes a tiracolo!

Um dos pontos altos foi com certeza a cheeta que comia uma gazela com urubus, esperando para quando ela terminasse. Os urubus atacam e uma hiena faceira percebe e oportunidade e acaba com a graça dos urubus. De tirar o fôlego!

Foram dias geniais e o camping não atrapalhou em nada. Ouvíamos os animais enquanto dormimos e acordamos com girafa no quintal, ou seja, genial.

Lake Natron

À primeira vista do lago faz um silêncio de pura contemplação
À primeira vista do lago faz um silêncio de pura contemplação - Patrícia G. Graf

O caminho para o Lake Natron foi de aproximadamente oito horas, com uma parada de mais três na saga gasolina no deserto! Mas valeu cada quilômetro rodado.

Às paisagens iam mudando, os animais pouco vistos até irmos chegando em um ambiente salubre, menos verde e mais seco. Foi o maior transformar de paisagem que já vi na vida. Uma imensidão sem fim de céu, povoados e alegria.

À primeira vista do lago faz um silêncio de pura contemplação, de quem não quer perder nada e nunca mais quer esquecer.

Chegamos no Massai Giraffe Eco Lodge, para uma experiência imersiva com a tribo, já que são eles que trabalham e cuidam do hotel, que é administrado por Lepaha, um maasai e Ingrid, uma belga apaixonada pelo lugar.

O Massai Giraffe Eco Lodge oferece uma experiência imersiva com a tribo
O Massai Giraffe Eco Lodge oferece uma experiência imersiva com a tribo - Patrícia G. Graf

A experiência foi em um crescente! Começando com um impressionante pôr do sol no lago, com nosso guia Mateu <3 de onde víamos o Quênia, seguido por um jantar delicioso. No dia seguinte fomos fazer uma trilha desafiadora até às cachoeiras da região que não terminamos e acabamos em uma cachoeira mais próxima e ainda linda! Voltando para o hotel pudemos participar de um ritual de matar, tomar o sangue e comer uma cabra, sentindo pela primeira vez a força de um ritual Maasai.

Como se já não estivesse bom, fomos convidados a um casamento que aconteceria em uma boma (conjunto de casas) vizinha e só nós de outsiders.

O destino escolhido pelo @entaovah foi a Tanzânia, com o famoso safári e com o impressionante Lake Natron
O destino escolhido pelo @entaovah foi a Tanzânia, com o famoso safári e com o impressionante Lake Natron - Patrícia G. Graf

Foi o ápice, dançar com eles e viver aquilo, claro, respeitando o espaço, o lugar e às pessoas foi indescritível.

No dia seguinte, pegamos um ônibus no meio do nada para retornar a Arusha, apesar de eu indicar fretar um carro fortemente. Ficamos no mesmo Tellamande e seguimos a Zanzibar.

Mas aí é outra história!

Já foi ver? Entao vah!

O @entaovah é um perfil no Insta de dicas para viajantes que não tem vergonha de turistar mas que adora parecer um local.

O perfil é novo, mas a história é de vida inteira, feita com muito cuidado buscando pequenas descobertas! Já são mais de 30 países e 53 cidades brasileiras. Não uso filtros, porque gosto das cores como são.

Faço roteiros bem personalizados e que realize os seus sonhos, filtrando pra você todas às um milhão e oitocentas possibilidades entregues pelo Google e blogs! Além do roteiro express, 10 dicas maravilhosas em 05 horas!

Já me mandou um DM com seu próximo destino? Então vah!

Relato por Patricia G. Graf