The Crags, o paraíso da vida selvagem na África do Sul

Região concentra os principais santuários de vida selvagem do país

Uma região ainda pouco conhecida dos brasileiros, onde a natureza brota em abundância, situado na famosa Route Garden (Rota Jardim, na tradução livre), The Crags é sem sombra de dúvida o paraíso da vida selvagem na África do Sul.

Entre mar e a floresta, essa região rural é o berço da maior concentração de santuários de vida selvagem do país.

The Crags oferece uma vasta opção de atrações para todos os gostos, bolsos e idades, desde aqueles que curtem praias, montanhas, animais, atividades de aventura, enocultura e principalmente aqueles que buscam sossego.

Vista da região do The Crags, o paraíso da vida selvagem na África do Sul
Créditos: André Araújo
Vista da região do The Crags, o paraíso da vida selvagem na África do Sul

Em termos de acomodação, as escolhas também são variadas, pois o lugar possui desde hotel, hostel, guest-houses(pousada), lodges (alojamento rural) e até tendas de luxo.

Devido a atmosfera rural, existem muitas fazendas e vilarejos na região e os pequenos restaurantes oferecem alimentação natural onde tudo é produzido no local sem uso de agrotóxicos.

Para quem ama animais e aprecia o contato com a natureza, o The Crags é o lugar perfeito.

As atrações

O Birds of Eden abriga mais de 3.500 aves de 220 espécies
Créditos: André Araújo
O Birds of Eden abriga mais de 3.500 aves de 220 espécies

São muitas as atrações no The Crags, principalmente aquelas baseadas no turismo sustentável, dentre elas, destaco três santuários imperdíveis:

O Birds of Eden é a casa de mais de 3.500 aves de 220 espécies, em uma grande floresta, o visitante tem a chance de ver os belos pássaros, caminhando sobre passarelas de madeira suspensa. Existem tantas aves no local, que provavelmente muitas delas você não deve conhecer a existência, como o belo Turaco.

O local ainda possui cachoeiras, riachos, lagos e também facilidades como lanchonete e loja de souvenirs, além é claro de toda a natureza exuberante ao redor.

Um outro santuário muito interessante também é o Jukani, que acolhe diversas espécies de felinos desde tigres brancos, leões brancos, hienas, cheetahs, leopardos, onças, pumas etc. Todos os animais vivem em amplas áreas arborizadas em uma região preservada, e através de uma visita guiada, o visitante tem a chance de aprender sobre estes animais e ao mesmo tempo ter uma maior consciência ecológica.

A poucos quilômetros dali fica o santuário Monkeyland, que abriga mais de 700 primatas em uma imensa floresta, onde todos vivem livremente, convivendo em harmonia entre as espécies. São desde gibões, macacos pregos, lêmures e diversos outros que habitam a floresta, através de uma visita guiada, o visitante passeia por trilhas tendo a chance de observa-los de pertinho, além de aprender sobre a importância da preservação da vida selvagem no país.

Todos os animais dos três santuários foram resgatados de maus tratos, tendo uma nova chance de viver em segurança em seu habitat natural, além disso nenhum dos três possui fins lucrativos, baseando-se exclusivamente no eco turismo sustentável.

Cavalgada

Outro passeio incrível nos arredores é a cavalgada, o visitante escolhe a duração do tour, de 1h, 2h, meio dia ou o dia inteiro e na cia de um guia, o grupo vai desbravando a região através de suas fazendas, vilarejos rurais e claro a floresta.

Fazer uma cavalgada é uma das atrações em The Crags
Créditos: André Araújo
Fazer uma cavalgada é uma das atrações em The Crags

Dependendo da duração, a uma pausa para almoço ou piquenique nos jardins de um belo hotel. Em alguns trechos é possível galopar e até mesmo ver animais selvagens tais como babuínos e pássaros.

Praia

Outras opções de passeios na região e arredores são quadriciclo, arvorismo, descida no rio em boias, trilhas na mata e outros tours legais. Para aqueles que adoram praia, a poucos quilômetros encontra-se o Nature’s Valley, uma vila de casas com uma bela e quase deserta praia.

Vista da praia de Nature’s Valley
Créditos: André Araújo
Vista da praia de Nature’s Valley

No entanto, não recomendo se hospedar no Nature’s Valley, a menos que o turista seja um surfista, caso contrário, ficar no The Crags é a melhor opção pela variedade de atrações.

Onde ficar

Apesar da região ser pequena, The Crags possui inúmeras opções de acomodações, confira abaixo uma relação de acordo com o gosto e bolso de cada um.

Vista dos chalés do Four Fields Farm
Créditos: André Araújo
Vista dos chalés do Four Fields Farm

Em uma área arborizada, está o Four Fields Farm, chalés muito aconchegantes e com muito verde ao redor, sendo a casa também de alguns cavalos já “aposentados” que vivem tranquilamente no local.

Outra opção são os chalés de madeira do Moon shine on Whiskey creek, localizados em uma bela área preservada, com uma bela vista da varanda para a gigantesca floresta. Para os aventureiros, existe uma trilha nos arredores que leva até um riacho, aproximadamente 45 minutos de caminhada.

Vista de um dos chalés do Moonshine
Créditos: André Araújo
Vista de um dos chalés do Moonshine

Ambos os locais acima são self-catering, ou seja não possuem refeições incluídas.

Aqueles que preferem mais conforto, poderão ficar no lodge Hog Hollow Lodge que possui uma linda vista para a floresta, além de piscina e passeios a cavalo. Porém se a grana estiver muito curta, a opção pode ser o hostel Wild Spirit Backpacker Lodge, que possui uma atmosfera hippie com quartos coletivos e área de camping, para quem quer gastar pouco e não se importa muito com a limpeza.

As tendas do Africamps têm capacidade para hospedar até cinco pessoas
Créditos: André Araújo
As tendas do Africamps têm capacidade para hospedar até cinco pessoas

Mas se preferir uma acomodação inusitada, então se hospedar em uma tenda pode ser uma ótima opção. As tendas Africamps têm capacidade para cinco pessoas, e é como se fosse uma casa completa, pois possui dois quartos, sala/cozinha com lareira, banheiro com chuveiro quente e um belo deck de frente para a floresta. Puro exotismo.

Dica: Na África do Sul, o check-in inicia sempre às 14h e o check-out às 10h.

As tarifas variam de acordo com a época (alta, média e baixa temporada) mas são mais baratos do que as acomodações no Brasil. Evite os meses junho, julho e agosto quando é inverno e chuvoso no país.

Onde comer

Os restaurantes na região são simples, porém, estilosos e com uma boa variedade de refeições. Um deles é o Nature’s Way Farm Stall, que possui uma padaria/mercearia e também serve refeições –todos os alimentos são produzidos na própria fazenda localizada atrás do estabelecimento.

É possível comer e observar os animais do local desde cães, patos, porcos, cabritos, vacas e coelhos.

Em uma visita à África do Sul, não deixe de conhecer esse pedacinho belo do país, onde a natureza ainda permanece preservada.

Relato por André Araújo, do blog África Eterna