Tio e sobrinho vão de Foz do Iguaçu a Ushuaia a bordo de um Fusca

04/11/2016 15:48 / Atualizado em 07/05/2020 04:23

Ir de Foz do Iguaçu (Paraná) até Ushuaia, cidade argentina mais austral do mundo, a bordo de um Fusca. Parece loucura? Para Antônio Armando Czamanski, 60 anos, e Raphael Czamanski Pizzino, 28 anos, tio e sobrinho respectivamente, não!

Eles percorreram mais de 13 mil quilômetros em um Fusca modelo 1973 no começo do ano.

“Foi um mês de estrada, de horas exaustivas, mas renovadoras, que deixaram em nossa mente cartões-postais imunes a qualquer amnésia”, diz Raphael, que é fotógrafo profissional e professor na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde dá aulas de fotografia.

Raphael conta que a ideia da aventura surgiu há cerca de dois anos durante uma viagem às Cataratas do Iguaçu que fez com o tio, que é engenheiro agrônomo aposentado e mora em Palotina, cidade próxima a Foz. “Empolgados, começamos a conversar sobre a possibilidade de ir com o épico fusquinha até o fim do mundo. Amadurecemos a ideia, sincronizamos as férias e fomos em janeiro desse ano”.

 
 

Indagado sobre o porquê do Fusca, Raphael diz que o carro “representa a simplicidade”. “Muitas pessoas diriam que é loucura, que não é razoável dirigir tanto com um carro tão antigo e sem “conforto’. Na verdade, o que mais bloqueia as pessoas de realizarem seus sonhos é o medo. A sociedade consumista nos incita a sempre achar que precisamos consumir mais para atingir um determinado objetivo. Nossa ideia é mostrar que não, que tudo é possível para quem tem vontade”.

De acordo com Raphael, o custo da viagem foi de R$ 6 mil. Para dormir, eles optaram por cidade pequenas –como como San Ignacio Miní, Cañuelas e Bahía Blanca– por questões de segurança. “O carro é guerreiro, mas possui vulnerabilidades: não é necessário ser nenhum mestre do crime para arrombá-lo”.

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