Trekking pelos vulcões de Tongariro, na Nova Zelândia

O Tongariro Alpine Crossing é uma experiência incrível para quem gosta de aventura e natureza. Com mais de 700 mil Km², o Parque Nacional de Tongariro, na ilha norte da Nova Zelândia, reúne vulcões ativos e extintos, montanhas, lagos cor de esmeralda e uma paisagem incrível que tem um significado cultural e religioso para o povo Maori, já que representa a ligação espiritual deles com a natureza. Não é à toa que o lugar foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1993 e escolhido como cenário da trilogia “O Senhor dos Anéis”.

O parque mais antigo da Nova Zelândia reúne opções de caminhadas de níveis mais e menos difíceis, mas a mais procurada é a Tongariro Alpine Crossing, que tem 19,4 km e dura de 6 a 9 horas, dependendo do seu ritmo e preparo. A caminhada começa em um local plano, onde existem pequenas pontes e passarelas, passa por locais pedregosos, desfiladeiros e subidas íngremes, até alcançar a borda de um vulcão, passar pelos lagos de cores inacreditáveis e terminar em uma descida em meio à um campo e depois uma floresta. No geral não é nada muito difícil, nem requer muito preparo físico, até porque dá pra andar com tranquilidade e parar pra descansar sempre que for preciso.

Fiz o trekking durante o verão, quando todo o gelo já havia derretido e o pouquinho que restava estava no topo dos vulcões, bem longe do nosso alcance. Durante o inverno, parte do parque se transforma em uma estação de esqui, mas a paisagem continua igualmente linda e impressionante em qualquer época do ano e as trilhas compensam cada passo.

Caminhar por aquela imensidão quase sem interferência humana durantes horas, passando por paisagens que eu nem imagina existir e estar do outro lado do mundo, quase no final de um intercâmbio de 2 meses me fizeram pensar. Pensar minha vida e no quanto eu estava feliz por ter vivido tudo aquilo. Pensar no que eu faria quando voltasse para o Brasil. Pensar no quanto eu adorava viajar e ter esse tipo de experiência e principalmente me fez entender o quanto o fim de uma jornada —tanto de intercâmbio, quanto de trekking– nos transforma, nos faz mais tolerantes, mais maduros e mais independentes.

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Por Ligia Antoniazzi, do blog Vamos Fugir

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